Furacão Karl (1980)

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Furacão Karl
Furacão categoria 1 (SSHWS/NWS)
imagem ilustrativa de artigo Furacão Karl (1980)
Furacão Karl no pico de intensidade em 26 de novembro
Formação 25 de novembro de 1980
Dissipação 29 de novembro de1980
(Extratropical depois de 28 de novembro)

Ventos mais fortes sustentado 1 min.: 140 km/h (85 mph)
Pressão mais baixa 985 mbar (hPa); 29.09 inHg

Fatalidades Nenhum directo
Danos Nenhum
Inflação 1980
Áreas afectadas Sem áreas terra

Parte da Temporada de furacões no oceano Atlântico de 1980

O Furacão Karl foi um tardio e incomum ciclone tropical formado durante a Temporada de furacões no oceano Atlântico de 1980. Atingiu a posição 1 na Escala de furacões de Saffir-Simpson, sendo desenvolvido no centro de outro ciclone extratropical sobre o Atlântico Norte. Depois de ser classificado como um ciclone subtropical em 25 de novembro, tornou-se mais independente da sua tempestade de origem e cresceu, originando diretamente um furacão. Em 26 de novembro, diminuiu sua intensidade, e finalmente, dissipou quando se fundiu com outro sistema.

Karl detém o recorde pela formação mais setentrional de um ciclone tropical ou subtropical em novembro, no Oceano Atlântico. Ele também atingiu a força de um furacão numa latitude incomum, e foi um dos mais ativos no registro em termos de ciclones tropicais. Entretanto, circulou em águas abertas e não teve quaisquer efeitos sobre a terra. Foi a 11ª tempestade da temporada, e devido à falta de danos, seu nome não foi retirado.

História meteorológica[editar | editar código-fonte]

Mapa demarcando o percurso e intensidade da tempestade, de acordo com a escala de furacões de Saffir-Simpson
Chave mapa
     Depressão tropical (≤62 km/h, ≤38 mph)
     Tempestade tropical (63–118 km/h, 39–73 mph)
     Categoria 1 (119–153 km/h, 74–95 mph)
     Categoria 2 (154–177 km/h, 96–110 mph)
     Categoria 3 (178–208 km/h, 111–129 mph)
     Categoria 4 (209–251 km/h, 130–156 mph)
     Categoria 5 (≥252 km/h, ≥157 mph)
     Desconhecido
Tipo tempestade
triangle Ciclone extratropical, baixa remanescente, distúrbio tropical, ou depressão monsonal

Se originou numa área de baixa pressão formada em torno de um sistema frontal, próximo ao sudeste dos Estados Unidos. No dia seguinte, a tempestade adjuntou às províncias marítimas do Canadá e foi reforçada para 1000 milibares. Em 24 de novembro, o amplo ciclone estava localizado ao sul de Newfoundland, e já no início do dia posterior, uma massa de convecção desenvolveu-se sobre seu centro.[1] Ele evoluiu para um vórtice separado, e devido à falta de agentes para inibir o cisalhamento do vento, um pequeno ciclone foi desenvolvido.[2] Tornou-se uma tempestade subtropical em 00:00 UTC, antes de adentrar num ciclone maior.[1][3] Cerca de 18 horas depois, a tempestade fortaleceu e ganhou características tropicais suficientes para se designar um furacão,[3] sendo acompanhada pela formação de um olho.[2] Na época, ela estava situada em torno de 610 milhas (1,110 km) a oeste dos Açores.[1] Embora o desenvolvimento de um ciclone tropical dentro de uma tempestade tropical seja raro, não é inédito. Um furacão não identificado em novembro de 1991, também foi formado dessa maneira.[4]

Depois de ter sido classificado como um furacão, Karl foi gradualmente reforçado, e sua circulação tornou-se mais distinta das nebulosidades circundantes. Uma calha que emergiu na América do Norte dirigiu o furacão para o leste,[1] e em 26 de novembro, atingiu o sua maior intensidade, com ventos máximos de 85 mph (140 km/h) e pressão atmosférica de 985 milibares (hPa; 29.09 inHg). Karl manteve essa força por cerca de 18 horas até começar a enfraquecer gradualmente, uma vez que acelerou sua direção ao nordeste.[3] Em 27 de novembro, o olho da tempestade tornou-se mais desigual, o ciclone passou a 230 milhas (370 km) dos Açores e começou a mostrar sinais de deterioração.[1][5] Ele se fundiu com outro sistema próximo e foi dissipado em 28 de novembro.[1][3]

Recordes[editar | editar código-fonte]

Satellite view of the hurricane near its peak

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f Miles B. Lawrence. «Hurricane Karl Preliminary Report» (em inglês). National Hurricane Center. Consultado em 5 de maio de 2013 
  2. a b Gilbert B. Clark (25 de novembro de 1980). «Tropical Cyclone Discussion Hurricane Karl» (em inglês). National Hurricane Center. Consultado em 5 de maio de 2013 
  3. a b c d Hurricane Specialists Unit (2009). «"Easy to Read HURDAT 1851–2008» (em inglês). National Hurricane Center. Consultado em 5 de maio de 2013 
  4. Richard Pasch and Lixion Avila (26 de março de 1992). «Atlantic Hurricane Season of 1991» (PDF) (em inglês). National Oceanic and Atmospheric. Consultado em 5 de maio de 2013 
  5. Gilbert B. Clark (27 de novembro de 1980). «Tropical Cyclone Discussion Hurricane Karl» (em inglês). National Oceanic and Atmospheric. Consultado em 5 de maio de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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