Fushimi Inari-taisha

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Fushimi Inari Taisha (伏見稲荷大社?) é o templo central de Inari Ōkami, localizado em Fushimi (Quioto), Japão. O templo situa-se na base da montanha que também se chama Inari e que está a 233 metros acima do nível do mar, além de incluir trilhas montanha acima para muitos templos menores que se espalham por 4 quilômetros e levam aproximadamente 2 horas para percorrer o percurso.[1]

Desde o Japão antigo, Inari era visto como o patrono dos negócios, sendo que os mercadores e os artesões tradicionalmente adoravam ao Inari. Cada um dos toriis no Fushimi Inari Taisha foi doado por um ramo dos negócios japoneses. Mas primeiramente, Inari era o deus do arroz.

Fala-se que este templo popular tem mais de 32 mil sub-templos por todo o Japão.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Um caminho de toriis pela montanha
Vista da frente do haiden
Um caminho de toriis pela montanha visto de lado

O templo tornou-se objeto do mecenato imperial durante o início do período Heian.[3] Em 965, o Imperador Murakami decretou que os mensageiros carregassem relatos escritos de eventos importantes para o kami guardião do Japão. Esses heihaku foram inicialmente apresentados para 16 templos, incluindo o templo de Inari.[4]

De 1871 a 1946, o Fushimi Inari-taisha foi oficialmente nomeado um kanpei-taisha (官幣大社?), o que significa que ele permaneceu como o templo mais apoiado pelo governo.[5]

Estruturas[editar | editar código-fonte]

As estruturas mais antigas foram construídas em 711 na colina de Inariyama no sudoeste de Quioto, mas o templo foi realocado em 816 a pedido do monge Kukai. A estrutura principal do templo foi construída em 1499.[6]

No fundo da colina estão o portão principal (楼門? rōmon, "portão da torre") e o templo principal (御本殿? go-honden). Atrás deles, no meio da montanha, o templo interior (奥宮? okumiya) é alcançável por um caminho alinhado com milhares de torii. No topo da montanha estão dezenas de milhares de túmulos (? tsuka) para o culto privado.

Raposa[editar | editar código-fonte]

As raposas (kitsune), considerada como mensageiras, são frequentemente encontradas nos templos de Inari. Uma peculiaridade delas é uma chave (para o celeiro de arroz) em suas bocas.

Ao contrário de muitos templos xintoístas, o Fushimi Inari Taisha, ao manter templos Inari típicos, possui uma visão aberta do principal objeto adorado (um espelho).

Um desenho em Kitsune: Japan's Fox of Mystery, Romance and Humor, de Kiyoshi Nozaki, de 1786, mostrando o templo, diz que o seu portão de entrada de dois andares foi construído por Toyotomi Hideyoshi.

O templo atrai alguns milhões de visitantes no Ano Novo Japonês, 2,69 milhões nos três dias em 2006, segundo relatos da polícia, sendo o maior número no oeste do Japão.

Acesso[editar | editar código-fonte]

O templo está logo do lado de fora da Estação de Inari, da Linha de Nara da JR, a 5 minutos da Estação de Quioto. É uma caminha curta da Estação Fushimi-Inari da Linha Principal da Keihan Electric Railway.[7]

Entorno[editar | editar código-fonte]

Na chegada ao templo existem várias lojas de doces vendendo (辻占煎餅 tsujiura senbei?), uma forma de biscoito da sorte que data pelo menos do século XIX, e que acreditava-se ter como origem os biscoitos da sorte sino-americanos.[8][9]

Cultura popular moderna[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «全国のお稲荷さんの総本宮、伏見稲荷大社を参拝しました。» [Nationwide Inari Shrines, I visited the Fushimi Inari-taisha.] (em japonês). Consultado em 28 de março de 2014 
  2. Motegi, Sadazumi. «Shamei Bunpu (Shrine Names and Distributions)». Encyclopedia of Shinto. Consultado em 31 de março de 2010 
  3. Breen, John et al. (2000). Shinto in History: Ways of the Kami, pp. 74-75.
  4. Ponsonby-Fane, Richard. (1962). Studies in Shinto and Shrines, pp. 116-117.
  5. Ponsonby-Fane, Richard. (1959). The Imperial House of Japan, pp. 124.
  6. Nussbaum, Louis-Frédéric et al. (1998). Japan encyclopedia, p. 224.
  7. Fushimi Inari Shrine, How to get there
  8. Lee, Jennifer 8. (16 de janeiro de 2008). "Solving a Riddle Wrapped in a Mystery Inside a Cookie" The New York Times. Acessado em 16 de janeiro de 2008.
  9. 8. Lee, Jennifer (16 de janeiro de 2008). «Fortune Cookies are really from Japan.». The Fortune Cookie Chronicles. Consultado em 21 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 25 de julho de 2011 

Notas[editar | editar código-fonte]

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