Grupo dos 15

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O Grupo dos 15 (G15), oficialmente Grupo de Consulta e Cooperação Sul-Sul,[1][2][3] foi estabelecido na nona reunião de cúpula do movimento dos Não-Alinhados em Belgrado, Iugoslávia em setembro de 1989. Foi proposta a cooperação e a entrada para outros grupos internacionais, tais como a Organização Mundial de Comércio (OMC) e o grupo das oito nações ricas e industrializadas (G8). É composto dos países da América do Norte, da América do Sul, da África, e da Ásia com um objetivo em comum, o crescimento e a prosperidade. O G15 focaliza na cooperação entre países nas áreas de investimento, de comércio, e de tecnologia. A sociedade do G15 expandiu a 18 países, mas o nome permaneceu o mesmo. Os países do acordo são: Argélia, Argentina, Brasil, Chile, Egito, Índia, Indonésia, Irã, Jamaica, Quênia, Nigéria, Malásia, México, Peru, Senegal, Sri Lanka, Venezuela e Zimbabwe. O Irã entrou para o G15 na reunião de cúpula dos Não-Alinhados de 2006 em Havana.

História[editar | editar código-fonte]

O Grupo dos 15 (G-15) foi formado em 1989 como uma associação de países, que juntos, poderiam desempenhar um papel influente no cenário do terceiro mundo durante as nove cúpulas não alinhadas realizadas em Belgrado. Os principais objetivos por trás da formação deste grupo foram fortalecer o espírito de cooperação entre os principais países em desenvolvimento do mundo e trabalhar para uma ponte para os então países industrializados do G-7. Os membros fundadores desse grupo foram Argentina, Brasil, Jamaica, México, Peru,e Venezuela (das Américas); Egito, Argélia, Senegal, Nigéria e Zimbábue (do continente africano) e; Índia, Malásia e Indonésia (da Ásia) e a Yugoslávia (único representante europeu). Em 1997, o Quênia se juntou ao grupo, durante a 7ª Cúpula e dois anos depois, o Sri Lanka também o fez, durante a 9ª Cúpula. Durante a 10ª Cúpula, o Irã foi aceito, assim como a Colômbia, contúdo o país latino-americano optou por não aderir-se ao grupo, enquanto que o Irã aceitou, participanto do grupo a partir da 11ª Cúpula. O Chile também se juntou ao grupo. Alguns membros fundadores deixaram a associação, sendo eles o Peru e a Iugoslávia, o último se deu pelo fato de o país ter deixado de existir.

Países-membros[editar | editar código-fonte]

Região Membro Líder
África
 Argélia
Presidente
Abdelaziz Bouteflika
 Egito
Presidente
Abdul Fatah Khalil Al-Sisi
 Nigéria
Presidente
Bola Tinubu
 Quénia
Presidente
Uhuru Kenyatta
 Senegal
Presidente
Macky Sall
 Zimbabwe
Presidente
Emmerson Mnangagwa
América
 Argentina
Presidente
Alberto Fernández
 Brasil
Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
 Chile
Presidente
Gabriel Boric
 México
Presidente
Andrés Manuel López Obrador
 Venezuela
Presidente
Nicolás Maduro/Juan Guaidó
(disputado)
Ásia
 Indonésia
Presidente
Joko Widodo
 Irã
Presidente
Ebrahim Raisi
 Malásia
Primeiro-ministro
Mahathir bin Mohamad
 Sri Lanka
Presidente
Maithripala Sirisena

Cúpulas do G15[editar | editar código-fonte]

Data País anfitrião Líder anfitrião Cidade
1 de Junho de 1990  Malásia Mahathir bin Mohamad Kuala Lumpur
27 de Novembro de 1991  Venezuela Hugo Chávez Caracas
21 de Novembro de 1992  Senegal Abdou Diouf Dakar
28 de Março de 1994  Índia P. V. Narasimha Rao Nova Delhi
5 de Novembro de 1995  Argentina Carlos Menem Buenos Aires
3 de Novembro de 1996  Zimbabwe Robert Mugabe Harare
28 de Outubro de 1997  Malásia Mahathir bin Mohamad Kuala Lumpur
11 de Maio de 1998  Egito Hosni Mubarak Cairo
10 de Fevereiro de 1999  Jamaica P. J. Patterson Montego Bay
10ª 19 de Junho de 2000  Egito Hosni Mubarak Cairo
11ª 30 de Maio de 2001  Indonésia Abdurrahman Wahid Jacarta
12ª 27 de Fevereiro de 2004  Venezuela Hugo Chávez Caracas
13ª 14 de Setembro de 2006  Cuba Raúl Castro Havana
14ª 17 de Maio de 2010  Irã Mahmoud Ahmadinejad Teerã
15ª 24 de Abril de 2012  Sri Lanka Mahinda Rajapaksa Colombo

14.ª cúpula do G15[editar | editar código-fonte]

A 14.ª Cúpula do G15 realizou-se no dia 17 de maio de 2010 na capital iraniana, Teerã.[4] O evento acontece em um momento delicado da política externa iraniana, já que o país se defende de acusações a respeito do seu programa nuclear. Para evitar mais sanções do Conselho de Segurança da ONU, o governo iraniano concordou em fazer o enriquecimento de urânio no exterior, depois de negociações com o Brasil e a Turquia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. vagner. «Cooperação Internacional, Política Externa e Saúde:» (PDF). observatoriohistoria.coc.fiocruz.br. p. 21. Consultado em 13 de agosto de 2018 
  2. «ANAIS DO SENADO FEDERAL» (PDF). 2 de dez de 1992. p. 9920. Consultado em 13 de agosto de 2018 
  3. Vizentini, Paulo Gilberto Fagundes (2003). Relações internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. [S.l.]: Editora Fundação Perseu Abramo 
  4. «"Ahmadinejad destaca papel do G15 para um novo mundo" Notícia da Agência AngolaPress». www.portalangop.co.ao