Gabriel Zellmeister

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Gabriel Zellmeister
Nascimento Gabriel Douglas Zellmeister

Gabriel Zellmeister é um publicitário brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho e neto de asquenazitas alemães perseguidos pelo nazismo,[1][2] autor, diretor de criação e co-autor de campanhas como Itaú o Banco Eletrônico, Atari o Inimigo nº 1 das Crianças, Unibanco o Banco Único, Casais Unibanco, Cachorro da Cofap, dezenas de filmes do Garoto Bombril, campanha de contra-capas de revistas Bombril (que se tornou o livro "1001 Anúncios de Bombril") entre centenas de outras para empresas como O Boticário, Natura, Mercedes Benz, Fiat, BMW, Ferrari, Editora Globo, Paralelamente criou dezenas das disputadas camisetas W/Brasil, de capas de discos e de livros...

Ainda na W/Brasil, foi responsável pela criação de outras centenas de anúncios e comerciais memoráveis que podem ser vistos nos anuários do Clube de Criação de São Paulo das últimas décadas. O filme Hitler (1989), criado em parceria com Nizan Guanaes para a Folha de S. Paulo é um dos dois únicos comerciais brasileiros que constam entre os 100 maiores comerciais do mundo em todos os tempos.

Em 1991, em protesto contra os "anúncios fantasma" (falsos comerciais feitos para vencer festivais de publicidade), criou editou e produziu o "gibizão", um enorme livro com os trabalhos feitos naquele ano pela W/Brasil sob o título "A W/Brasil Mata a Cobra e Mostra o Pau", hoje um item de colecionador da publicidade brasileira.

O início: começou a trabalhar em publicidade como redator e diretor de arte em 1966, aos 15 anos, passando por várias agências como: Panam, Delta, HotShop, Lintas, Almap.

Em 1975, já como diretor de arte consagrado e reconhecido nacional e internacionalmente, chegou a largar a publicidade para se dedicar às artes plásticas, porém ao ver a qualidade de obras de artistas contemporâneos como De Kooning, Bacon, Freud, Rothko, Hockney, Dubuffet, Kiefer, LeWitt, Cornell... (que, aliás, "inspiram" obras de dezenas de novos pseudo-artistas até os dias de hoje), e também percebendo a manipulação do mercado de arte, decidiu, em 1982, retornar à publicidade.

Atendendo a reiterados convites de seus amigos Washington Olivetto e Francesc Petit, foi fazer dupla com Olivetto na DPZ, onde permaneceu até 1986. Ainda naquele ano foi ser Vice Presidente nacional da SGB de Sani Sirotsky e Calé, onde, em 6 meses, conquistaram 5 contas e ganharam o premio de melhor anuncio do ano.

Após a saida de Gabriel da DPZ, coincidentemente Javier LLussá Ciuret, fundador e ex Presidente da Gelato e ex Diretor Administrativo da DPZ, convidou Washington associar-se à GGK. Ainda em 1986, a GGK passou a chamar-se W/GGK, para a qual imediatamente chamaram Gabriel Zellmeister para ser co-Diretor de Criação.

Em 1989, quando a W/GGK já estava consagrada como a melhor e a mais premiada agência do Brasil – e entre as 5 melhores do mundo –, Javier, Gabriel e Washington compraram a participação acionária dos suíços, formando a W/Brasil.

Os 3 sócios lideraram a empresa por mais 18 anos transformando-a naquela que foi considerada a melhor e mais premiada agência do mundo, colecionando cases de sucesso e fazendo campanhas que até hoje permanecem entre as mais notórias da história da propaganda brasileira e da publicidade mundial.

No início dos anos 90 formaram a Prax Holding adquirindo participacao acionaria nas agencias Lew Lara, Registrada, Guimarães Profissionais, Thymus Branding, Agencia Escala.

Em 2007 Gabriel e Javier afastaram-se da W/Brasil para, em 2008 finalmente saírem da sociedade, doando suas participações acionárias. Em 2010 a McCann Erickson assumiu a W/ alterando sua marca para W/McCann.

Atualmente Gabriel atua como empresário e conselheiro estratégico; é colecionador de arte; apenas faz trabalhos esporádicos de criação pro-bono para algumas editoras e empresas com as quais "sente afinidade intelectual e de postura social". Vive entre São Paulo, Nova Iorque e Lisboa.

Referências

  1. «A suposta esterilização de mulheres nordestinas com o uso de contraceptivo na água». Jornal Jurid. 16 de junho de 2010. Consultado em 8 de abril de 2022 
  2. Barbos, C.A.S. (2021). A Obra-Prima da Informação Inútil. Porto Alegre: Simplíssimo. 85 páginas. ISBN 9786558901136