Gafanhoto-do-milho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gafanhoto do milho)
Como ler uma infocaixa de taxonomiagafanhoto de milho

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Família: Pyrgomorphidae
Género: Sphenarium
Espécie: S. purpurascens
Nome binomial
Sphenarium purpurascens
Charpentier, 1845

O gafanhoto de milho (Sphenarium purpurascens) é um inseto ortóptero da família dos pirgomorfas, que encontra-se no México e Guatemala.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Seu corpo adulto é resistente, afiada para o anterior e posterior (fusiforme), pouco tem vestígios de asas (são braquípteros). Da cor verde-oliva brilhante com manchas pretas em todo o corpo. O macho é visivelmente magro (0,8 centímetros em seu ponto mais largo) do sexo feminino (até 1,5 cm). Os olhos são preeminentes, a cabeça é triangular, mais largo que longo, as antenas são mais alongados do que no masculino e composto por 14 juntas. Vive entre as plantas e preferem se alimentar de girassol selvagem (Helianthus annuus L.), que usa tanto as folhas,ramos e pétalas.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Cópula.

Cabem-se ligando as porções terminais do abdome, o macho "monta" a fêmea e acasalamento dura 6 a 7 horas. A fêmea deposita a ooteca entrar em seu abdome no chão e enterrar a uma profundidade de 3 a 5 cm, em solos não auditadas, ao longo das estradas, drenos, arestas e cumes. Quando as fêmeas são ovipositoras, sofrem descoloração do verde ao castanho. Os ovos medem 0,4 milímetros de comprimento, são ovais, marrom brilhante, enquanto que seus polos (extremidades) são mais obscuros. Cada ooteca pode conter cerca de 30 ovos.

Metamorfose[editar | editar código-fonte]

O sphenarium purpurascens em seu habitat.

Na primeira fase, o óvulo nasce em uma ninfa pequena em cerca de 0,6 mm., de cor parda e pálida com manchas escuras. O sexo pode identificar e nos machos, o que é claramente a placa subgenital. Na segunda fase, o chefe da ninfa é mais alongado, a cor é manchas escuras mais acentuadas e há uma evolução na perna. Na terceira fase, as manchas escuras, antes de formar circular, torna-se irregular e assumem vários tons de verde, vestígios de asa amarela, cinza ou preto aparecem e os pés são mais longos, genitália alargada, facilitando diferenciação sexual. Na quarta fase, o corpo alarga-se no meio de até 16 mm, as antenas já apresentam os 14 segmentos, os olhos têm listras pardas e amarelas sobre fundo castanho-claro e as patas se aumentam da espessura e a genitália externa se tornam ainda mais evidente. Na quinta fase, o corpo é esticado pela distensão dos segmentos abdominais, os olhos são grandes e negros, os restos alares são mais visíveis e as patas são considerados mais desenvolvidos.

Uso[editar | editar código-fonte]

Desde tempos imemoriais, é coletado para consumo humano. O teor de sua proteína é superior a 70%. Sua colheita, cultura e comercialização como o prato típico é uma fonte significativa de renda para as comunidades rurais da América Central. Seu uso é feito a partir da terceira fase da ninfa, embora o produto mais comercializado a partir da quinta fase, e como um adulto. Normalmente são cozidos e assados e comidos em diversas receitas, como moído é usado para fazer bolos. Outras 19 espécies de gafanhotos são usados para alimentação.

Muitos dos agricultores e especialmente as empresas agrícolas consideram esta espécie como praga e até mesmo, de acordo com as autoridades fitossanitárias, é classificada como a praga mais importante no estado de Tlaxcala, a colheita de gafanhotos de milho para a alimentação pode tornar-se um método de controle alternativo eficaz e rentável.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Alfaro, Lemus AL 1995. Alfaro, Lemus AL 1995. "Biología de Sphenarium purpurascens. Charp. (Orthoptera: Acrididae) y patogenicidad de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. en laboratorio, Chapingo, México". "Biology of purpurascens Sphenarium. Charp. (Orthoptera: Acrididae) e patogenicidade de Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin. No laboratório, Chapingo, México. Tes. Thes. Lic. UACH. UACH Lic.
  • Anaya Rosales, Socorro y Jesús Romero-Nápoles 1999. Anaya Rosales, Socorro e Jesus Romero-Nápoles 1999. "El consumo de chapulín de la milpa (Sphenarium purpurascens W.) como método alternativo para su control". "O consumo de gafanhoto de milho (Sphenarium purpurascens W.) como um método alternativo de controle. Montecillo: Instituto de Fitosanidad del Colegio de Postgraduados. Montecillo: Instituto de Fitosanidad do Colégio de Pós-Graduação.
  • Cano Santana, Zenón 1997. Cano Santana, Zeno 1997. Identificación de los estadios de desarrollo de Sphenarium purpurascens (Orthoptera: Pyrgomorphidae) a partir del tamaño de su cabeza. Identificação das fases de crescimento purpurascens Sphenarium (Orthoptera: Pyrgomorphidae) a partir do tamanho da cabeça. Folia Entomologica Mexicana, 100: 65-66. Folia Entomologica Mexicana, 100: 65-66.
  • Cueva Del Castillo, Raúl y Edgar Garza L. Cueva Del Castillo, Raul e Edgar L. Garza 2006. 2006. "Elección masculina de pareja en Sphenarium purpurascens (charpentier) (Orthoptera: Pyrgomorphidae). ¿pueden los machos evaluar la experiencia reproductiva de las hembras?"; Folia Entomológica Mexicana 45 (2): 165-170. "Eleição Sphenarium purpurascens parceiro masculino (Charpentier) (Orthoptera: Pyrgomorphidae)." Machos podem avaliar a experiência reprodutiva feminina? "Folia Entomologica Mexicana 45 (2): 165-170.
  • Serrano Limón, G. Serrano Limon, G. y J. e J. Ramos Elorduy 1990. Elorduy Raza 1990. "Biología de Sphenarium purpurascens Charpentier (Orthoptera: Acrididae) y algunos aspectos de su comportamiento"; Anales del Instituto de Biologia Ser. "Biology of Sphenarium purpurascens Charpentier (Orthoptera: Acrididae) e alguns aspectos do seu comportamento" Anais do Instituto de Biologia Ser Zoología. Zoology. 59 (2) : 139-152. 59 (2): 139-152. UNAM UNAM

Ver também[editar | editar código-fonte]