Ganho secundário

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Ganhos secundários é o termo usado na psicologia e na medicina para se referir a benefícios que um transtorno ou doença pode fornecer ao paciente que possa justificar o desejo do paciente em continuar doente[1]. Exemplos de benefícios comuns em continuar doente são mais atenção de amigos e parentes, diminuição de responsabilidades, licença trabalhista, uso de certos remédios, afastamente da escola, ou mesmo uma aposentadoria precoce. Benefícios secundários podem influenciar o resultado de cirurgias e tratamentos[2]. É o principal reforçador para o comportamento da hipocondria. O ganho secundário pode ser subconsciente.

Existe também o ganho primário, que é o ganho direto da doença, como poder descansar o dia inteiro, e o ganho terciário, que é o ganho dos parentes com a doença, como uma licença por motivo de doença em família como permissa nas leis trabalhistas brasileiras[3].

Em Psicanálise, entende-se como ganho secundário as vantagens advindas da neurose, as quais apresentam soluções menos conflituosas entre a dimensão crítica da mente e o desejo de origem inconsciente. Disto resulta o alívio da tensão psíquica.

Segundo Freud, estaria justamente no ganho secundário a grande dificuldade do tratamento psicanalítico.

Referências

  1. Jeffrey Dersh, Peter B. Polatin, Gordon Leeman and Robert J. Gatchel. The Management of Secondary Gain and Loss in Medicolegal Settings: Strengths and Weaknesses. Journal of Occupational Rehabilitation. Volume 14, Number 4, 267-279, DOI: 10.1023/B:JOOR.0000047429.73907.fa
  2. Secondary gain influences the outcome of lumbar but not cervical disc surgery. George J Kaptain, Christopher I Shaffrey, Tord D Alden, Jacob N Young, Edward R Laws Jr, Richard Whitehill. Surgical Neurology - September 1999 (Vol. 52, Issue 3, Pages 217-225)
  3. [1]
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