Genius loci

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Genius loci é um termo latino que se refere ao "espírito do lugar", e é objeto de culto na religião romana. Segundo Sérvio, em Vergilii Aeneidos Commentarius ("Comentário à Eneida de Virgílio"), 5, 95, "nullus locus sine Genio" ("nenhum lugar é sem um Gênio").

A associação entre espírito e lugar originou-se talvez da assimilação do Gênio aos Lares, a partir da era de Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.). Mas, de acordo com o Movimento Tradizionale Romano, o Genius loci não se confunde com os Lares, que são os gênios (genii) do lugar que o homem possui ou por onde ele passa, enquanto o Genius loci é o gênio do lugar habitado e frequentado pelo homem.

Transposição do conceito para a arquitetura[editar | editar código-fonte]

Modernamente, genius loci tornou-se uma expressão adotada pela teoria da arquitetura para definir uma abordagem fenomenológica do ambiente e da interação entre lugar e identidade, tal como propõe Christian Norberg-Schulz.[1]

A expressão genius loci diz respeito, portanto, ao conjunto de características sócio-culturais, arquitetônicas, de linguagem, de hábitos, que caracterizam um lugar, um ambiente, uma cidade. Indica o "caráter" do lugar. O termo é utilizado por Aldo Rossi[2] quando se refere à preocupação com o local e o entorno do terreno das suas futuras construções.

Referências

  1. NORBERG-SCHULZ, Christian. Genius loci. Towards a phenomenology of architecture. Londres, Academy Editions, 1980.
  2. ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade , Marsilio, Pádua 1966, n. e. Quodlibet, Itália 2011n.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Patterson, Barry (2005). The Art of Conversation with the Genius Loci. [S.l.]: Cappall Bann Books. ISBN 1-86163-169-3 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre mitologia romana é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.