Psicoterapia da forma

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A psicoterapia da forma[1] (em alemão: gestalt) ou gestalt-terapia[2] é uma forma de psicoterapia que enfatiza a responsabilidade pessoal e se concentra na experiência do indivíduo no momento presente, na relação terapeuta-cliente, nos contextos ambientais e sociais da vida de uma pessoa e nos ajustes autorreguladores que as pessoas fazem como resultado de sua situação geral. Foi desenvolvido por Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman nas décadas de 1940 e 1950, e foi descrito pela primeira vez no livro Gestalt Therapy de 1951.[3]

Situação atual[editar | editar código-fonte]

Formação de terapeutas[editar | editar código-fonte]

Abordagem pedagógica[editar | editar código-fonte]

Muitas organizações de treinamento em psicoterapia da forma existem em todo o mundo. Ansel Woldt afirmou que o ensino e o treinamento dela são construídos sobre a crença de que as pessoas são, por natureza, buscadoras de saúde. Assim, compromissos como autenticidade, otimismo, holismo, saúde e confiança tornam-se princípios importantes a serem considerados quando envolvidos na atividade de ensino e aprendizagem – especialmente a teoria e a prática da terapia da forma.[4]

Associações[editar | editar código-fonte]

A Associação para o Avanço da Terapia da Forma realiza uma conferência internacional bienal em vários locais — a primeira foi em Nova Orleães, em 1995. As conferências subsequentes foram realizadas em São Francisco, Cleveland, Nova Iorque, Dallas, St. Pete's Beach, Vancouver (Colúmbia Britânica), Manchester (Inglaterra) e Filadélfia. Além disso, realiza conferências regionais e a sua rede regional gerou conferências regionais em Amesterdão, no sudoeste e no sudeste dos Estados Unidos, na Inglaterra e na Austrália. Sua Força-Tarefa de Pesquisa gera e estimula projetos de pesquisa ativos e uma conferência internacional sobre pesquisa.[5]

A Associação Europeia de Terapia da Forma, fundada em 1985 para reunir psicoterapeutas da forma individuais europeus, institutos de formação e associações nacionais de mais de vinte nações europeias.[6]

A Gestalt Austrália e Nova Zelândia foram formalmente estabelecidas na primeira Conferência de Terapia da Forma realizada em Perth em setembro de 1998.[7]

Limitações[editar | editar código-fonte]

Foi demonstrado que a Terapia da Forma não foi projetada nem destinada ao tratamento de adolescentes jovens, especialmente aqueles que manifestam distúrbios psiquiátricos ou comportamentais graves.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ribeiro, Jorge Ponciano (17 de março de 2021). Gestalt-terapia: refazendo um caminho. [S.l.]: Summus Editorial 
  2. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Academia Brasileira de Letras.
  3. Perls, Fritz; Hefferline, Ralph; Goodman, Paul (1951). Gestalt Therapy: Excitement and Growth in the Human Personality (em English). [S.l.]: The Gestalt Journal Press: New Edition. ISBN 0939266245 
  4. Woldt, A. (2005) Pre-text: Gestalt pedagogy: Creating the field for teaching and learning, in Ansel Woldt & Sarah Toman (eds), Gestalt Therapy, History, Theory, and Practice. London, UK: Sage Publications.
  5. «AAGT – Association for the Advancement of Gestalt Therapy». www.aagt.org 
  6. «EAGT European Association for Gestalt Therapy». www.eagt.org 
  7. GANZ Gestalt Australia & New Zealand
  8. Neill RB (1979). «Gestalt therapy in a social psychiatric setting: the 'oil & water' solution». Adolescence. 14 (56): 775-796 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Perls, F. (1969) Ego, Hunger, and Aggression: The Beginning of Gestalt Therapy. New York, NY: Random House. (originally published in 1942, and re-published in 1947)
  • Perls, F. (1969) Gestalt Therapy Verbatim[ligação inativa]. Moab, UT: Real People Press.
  • Perls, F., Hefferline, R., & Goodman, P. (1951) Gestalt Therapy: Excitement and growth in the human personality. New York, NY: Julian.
  • Perls, F. (1973) The Gestalt Approach & Eye Witness to Therapy. New York, NY: Bantam Books.
  • Brownell, P. (2012) Gestalt Therapy for Addictive and Self-Medicating Behaviors. New York, NY: Springer Publishing.
  • Levine, T.B-Y. (2011) Gestalt Therapy: Advances in Theory and Practice. New York, NY: Routledge.
  • Bloom, D. & Brownell, P. (eds)(2011) Continuity and Change: Gestalt Therapy Now. Newcastle, UK: Cambridge Scholars Publishing
  • Mann, D. (2010) Gestalt Therapy: 100 Key Points & Techniques. London & New York: Routledge.
  • Truscott, Derek (2010). «Gestalt therapy». Becoming an effective psychotherapist: adopting a theory of psychotherapy that's right for you and your client. Washington, D.C.: American Psychological Association. pp. 83–96. ISBN 978-1-4338-0473-1. OCLC 612728376 
  • Staemmler, F-M. (2009) Aggression, Time, and Understanding: Contributions to the Evolution of Gestalt Therapy. New York, NY, US: Routledge/Taylor & Francis Group; GestaltPress Book
  • Woldt, A. & Toman, S. (2005) "Gestalt Therapy: History, Theory and Practice." Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
  • Bretz, HJ; Heekerens, HP; Schmitz, B (1994). «Eine Metaanalyse der Wirksamkeit von Gestalttherapie» [A meta-analysis of the effectiveness of gestalt therapy]. Zeitschrift für klinische Psychologie, Psychopathologie und Psychotherapie (em alemão). 42 (3): 241–60. ISSN 0723-6557. PMID 7941644 
  • Toman, Sarah; Woldt, Ansel, eds. (2005). Gestalt Therapy History, Theory, and Practice pbk. ed. [S.l.]: Gestalt Press. ISBN 0761927913 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]