Getting to Know the General: The Story of an Involvement

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Getting to Know the General: The Story of an Involvement
Um lobo solitário (BR)
Autor(es) Graham Greene
Idioma inglês
País  Inglaterra
Gênero Memórias
Editora Simon and Schuster
Formato 9.3 x 5.4 x 1.1 in
Lançamento 1984
Páginas 249
ISBN 978-0671541606
Edição brasileira
Editora Globo
ISBN 9788525037022

Getting to Know the General: The Story of an Involvement é o título do livro de não-ficção do escritor inglês Graham Greene, publicado originalmente em 1984. Nele o autor relata sua amizade e admiração pelo líder panamenho Omar Torrijos (1929 - 1981), que governou seu país desde 1968 até sua morte.[1]

Recomendado por Fidel Castro a Torrijos, Greene foi por este convidado a visitar o Panamá em 1976, a fim de colaborar na campanha em favor da soberania panamenha sobre a Zona do Canal. O livro narra essa visita do escritor ao país, acompanhado pelo sargento "Chuchu" (José de Jesús Martínez), amigo pessoal de Torrijos. Greene acabaria por representar o Panamá nas negociações com os EUA sobre a questão e, aparentemente, foi bem sucedido: em 1978, celebrou-se o tratado que, finalmente, passou ao Panamá o controle da Zona do Canal.[1]

Em Getting to Know the General, o escritor traça uma imagem simpática do líder panamenho, ao mesmo tempo em que critica a política dos EUA em relação ao Panamá e a Cuba. A admiração de Greene por Torrijos devia-se à sua luta pelo Canal do Panamá, controlado pelos Estados Unidos desde 1903, ou seja, desde que o Panamá se tornara independente da Colômbia (com apoio dos EUA).[1] O livro levanta a hipótese de que o líder panamenho, morto num desastre aéreo em 1981, teria sido assassinado. Anos mais tarde, John Perkins, em seu livro "Confissões de um Assassino Econômico", acusaria os "chacais" da CIA pelos assassinatos de Omar Torrijos e de Jaime Roldós, presidente do Equador - ambos mortos em 1981.[2]

Greene empreendeu diversas outras viagens à América Latina, que foram tema de romances, contos e memórias. Em 1938, ele foi ao México; nas décadas de 1950 e 1960, visitou o Haiti, Cuba e Paraguai; em 1972, esteve no Chile; em 1976 e 1983, no Panamá e, finalmente, esteve na Nicarágua, em 1980 e 1986. Em suas obras o autor revela um compromisso político com a região, abordando essencialmente quatro temas: a religião, a política, o sentimento antiamericano e o militarismo.[3]

Segundo seus críticos, os relatos de Greene expressam uma visão muito particular ou mesmo parcial acerca dos povos e países que visitou, os quais teriam sido tratados como paisagens mais imaginárias do que factuais - constituindo a chamada Greeneland. [4]O escritor, porém, negava que seus relatos fossem puramente ficcionais e insistia que os lugares do mundo sobre os quais escrevia eram "cuidadosa e precisamente descritos."[3]

Referências

  1. a b c Marie Bartošová (2007). «The Naïve and Innocent - The Role of Americans in Graham Greene's novel» (PDF). Masaryk University Faculty of Arts. Consultado em 1 de dezembro de 2011 
  2. Confessions of an Economic Hit Man: How the U.S. Uses Globalization to Cheat Poor Countries Out of Trillions. Democracy Now! 9 de novembro de 2004
  3. a b Benz, Stephen Connely (Inverno de 2003). «Taking Sides: Graham Greene and Latin America». Journal of Modern Literature, Volume 26, Nº 2, pp. 113-128. Consultado em 1 de dezembro de 2011 
  4. Greeneland Revisited. Por Alan Riding. NY Times, 2 de dezembro de 2001.


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