Gideon Levy

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Gideon Levy
Gideon Levy
Nascimento 2 de junho de 1953 (70 anos)
Tel Aviv
Cidadania Israel
Alma mater
Ocupação jornalista, escritor
Prêmios
  • Emil Grunzweig Human Rights Award
  • Prémio Olof Palme (2015)
  • Prêmio Sokolov (2021)
  • Preis für die Freiheit und Zukunft der Medien (2003)
Empregador(a) Haaretz

Gideon Levy (em hebraico: גדעון לוי, Tel-Aviv, 2 de junho de 1953) é um jornalista e escritor israelense. Levy escreve artigos de opinião e uma coluna semanal para o jornal Haaretz que muitas vezes se concentram na ocupação israelense dos territórios palestinos. Levy ganhou prémios pelos seus artigos sobre os direitos humanos nos territórios ocupados por Israel. Em 2021, ele ganhou o principal prêmio de jornalismo de Israel, o Prêmio Sokolov.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Entre 1978 e 1982, Gideon Levy foi conselheiro de Shimon Peres.

Como jornalista, foi correspondente de guerra do Ha'aretz em Sarajevo, durante a Guerra dos Bálcãs.

Muito crítico em relação à política do governo de Israel em relação aos territórios ocupados, Levy publica semanalmente, na sua coluna Twilight Zone, uma crônica sobre violações de direitos civis dos palestinos. Seu tema preferencial é a denúncia do recurso sistemático à violência, por parte do governo de Israel, e do que considera manipulação da opinião pública do seu país - o que, segundo sua opinião, desumaniza tanto o povo israelense como os seus adversários.

Levy já recebeu prêmios por sua atuação na defesa de direitos humanos, mas, por outro lado, já foi também acusado pelo governo israelense de ser um possível risco de segurança para seu país. Foi chamado de "propagandista do Hamas", por uns,[1] e de "heróico jornalista", por outros.[2]

Entre outros prêmios, Levy recebeu o prêmio Anna Lindh de jornalismo em 2008, por promover o diálogo entre culturas.[3] A Associação pelos Direitos Civis em Israel concedeu-lhe o prêmio Emil Grunzweig em 1996,[4] por promover os direitos humanos.Suas colunas são frequentemente citadas pelo New York Times[5] e outros jornais do mundo. O Le Monde o qualificou como um espinho no flanco de Israel[6] Der Spiegel qualificou-do de o mais radical comentarista de Israel.[7]

Seus oponentes, porém, consideram Levy como um anti-israelense que apoia o radicalismo palestino.[8] Ben Dror Yemini, editor do Maariv, acusa Levy de fazer propaganda para o Hamas.[1] Itamar Marcus, diretor do Palestinian Media Watch, escreve, no website da Arutz Sheva, publicação que apoia os assentamentos israelenses na Cisjordânia: "[One of] the current Israeli heroes [of the Hamas], from whom the Palestinians garner support for their ways, [is] Gideon Levy ..."[9][10]

Gideon Ezra, membro do parlamento ligado ao partido Kadima chegou a sugerir que os serviços de segurança monitorizassem Levy, considerando-o um risco à segurança de Israel.[11]

A escritora Irit Linur promoveu uma campanha pelo cancelamento de assinaturas do Ha'aretz em 2002.[12] "It is a person's right to be a radical leftist, and publish a newspaper in accordance with his world view... However Haaretz has reached the point where its anti-Zionism has become stupid and evil," she wrote.".[12]

Referências

  1. a b Yemini, Ben Dror (17 de janeiro de 2009). «Conscience pimps - סרסורי מצפון» (em hebraico). Ma'ariv 
  2. Johann Hari: Will Gaza, like Iraq, descend into civil war? The independent, 14 de dezembro de 2006 (em inglês).
  3. Gideon Levy wins Anna Lindh Journalistic Prize for his exceptional writings on the challanges of the region
  4. «מקבלי אות זכויות האדם ע"ש אמיל גרינצוויג ז"ל». Consultado em 31 de março de 2010. Arquivado do original em 19 de agosto de 2010 
  5. Ver, por exemplo,Eric Etheridge, "Morning Skim: Kinsley on Debt, Testing Obama, Israel’s Direction", 20 de fevereiro de 2009 ou Thomas Friedman, "Wanted: An Arab Sharon", 11 de janeiro de 2006
  6. Gideon Lévy : une épine dans le flanc d'Israël Le Monde, 4 de setembro de 2006 (em francês)
  7. Problems at Israel's Haaretz: A Newspaper Without a Country
  8. Amnon Dankner, Maariv, 1° de maio de 2002, citado em Gaby Weiman, "Ten Dilemmas of Journalism in Days of Terror"
  9. מרכוס, איתמר (5 de junho de 2009). «גיבורי הפלסטינים: גדעון לוי, עמירה הס, ודני רובינשטיין» (em hebraico). Arutz Sheva 
  10. השראה לתעמולת חמאס: גדעון לוי
  11. אירועי תקשורת Israel Democracy Institute (em hebraico)
  12. a b Irit Linur's letter (citação) News First Class (em hebraico)
    [a]Tradução em inglês: it is a person's right to be a radical leftist, and publish a newspaper in accordance with this world view... However Haaretz reached a stage where its anti-Zionism turns too frequently to silly and mean journalism. Original:

    זכותו של אדם להיות שמאלני-רדיקלי, ולהוציא עיתון בהתאם להשקפת עולמו... אבל "הארץ" הגיע לשלב בו האנטי-ציונות שלו הופכת לעתים קרובות מדי לעיתונות מטופשת ומרושעת.

    [b]Tradução em inglês: When Gideon Levy accuses Israel of turning Marwan Barghouti from a peace seeker to an impresario of suicide bombings, it is as logical an interpretation, just as the claim that the wave of attacks on the September 11 were a plot by the Mossad. In a private conversation with him, he told me one time that he would not travel a hundred meters to save the life of a settler, and it seems to me that his loves and hates have been long tainting his heart-rending reports from the occupied Palestinian territories. Original:

    כשגדעון לוי מאשים את ישראל בהפיכתו של מרואן ברגותי משוחר שלום לאמרגן פיגועי התאבדות, זו פרשנות הגיונית, ממש כמו הטענה שגל הפיגועים ב-11 בספטמבר הוא מזימה של המוסד. בשיחה פרטית איתו, אמר לי פעם שהוא לא היה נוסע מאה מטר כדי להציל את חייו של מתנחל, ונראה לי שאהבותיו ושנאותיו מכתימות כבר מזמן את דיווחיו הנוגעים ללב מהשטחים הפלשתינים הכבושים.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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