Globo Filmes

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Globo Filmes
Globo Filmes
Razão social Globo Comunicação e Participações S.A.
Subsidiária
Slogan Cinema que fala nossa língua
Atividade Coprodutora e Produtora de filmes
Fundação 25 de dezembro de 1998 (25 anos)
Fundador(es) Roberto Marinho
Sede Brasil Rio de Janeiro, RJ
Proprietário(s) Globo[1]
Website oficial Página oficial

A Globo Filmes[2] é uma coprodutora de cinema brasileira integrante da empresa Globo, criada em 1998 como braço cinematográfico da TV Globo. A empresa atua em parceria com outras produtoras independentes nacionais e distribuidoras nacionais e internacionais.

Embora significativa parcela das realizações da produtora se encontre apoiada no sistema de produção através da captação de recursos das leis federais de incentivo à cultura, em parceria com produtoras independentes responsáveis pela captação de recursos e produção física dos longas, várias outras produções cinematográficas foram realizadas sem a necessidade de utilização de dinheiro público, através de investimento próprio e patrocínios, entre as quais O Auto da Compadecida, Caramuru, a invenção do Brasil e A Grande Família. Ao todo, a Globo Filmes participou da produção de mais de 200 filmes que alcançaram mais de 190 milhões de espectadores nas salas de cinema, formou parcerias com cerca de 80 produtores independentes e sempre esteve comprometida com a cultura brasileira através da busca de conteúdo nacional de qualidade e com potencial popular. Preocupada em desenvolver projetos que aproximem cada vez mais o público brasileiro do cinema nacional, a Globo Filmes já produziu um leque diversificado de gêneros cinematográficos: obras infantis, como as de Xuxa e Renato Aragão; adultos de várias espécies, como Tropa de Elite 2, Os Normais 2, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, Meu Nome Não é Johnny, e Casa de Areia; e os voltados à família, como A Grande Família, O Auto da Compadecida e Caramuru, a invenção do Brasil.

A empresa também trouxe para a grande tela, filmes provenientes de programas como Casseta e Planeta e Os Normais, além de outros projetos derivados de um produto originalmente exibido na televisão aberta, através do formato de minissérie (como em O Auto da Compadecida) e caso especial (como em Lisbela e o prisioneiro). Além disto, algumas coproduções tiveram destaque no cenário internacional e em festivais, como Tropa de Elite 2 (Festival de Sundance e Berlim), Cidade de Deus (indicado a 4 Oscar), Olga (vendido para mais de 35 países), Carandiru (Seleção Oficial de Cannes), Que Horas Ela Volta? (Festival de Sundance e Berlim), Aquarius (Seleção Oficial de Cannes), entre outros. Os lançamentos da empresa costumam contar com o apoio de divulgação do Grupo Globo, que envolve veículos de todos os tipos como jornais, rádios, revistas, televisão e internet, que se torna um diferenciador para a disputa de mercado por parte daqueles filmes coproduzidos ou apoiados pela Globo Filmes.[3]

Em 2022, a Globo Filmes anuncia a mudança de logo.[4]

História[editar | editar código-fonte]

O primeiro filme coproduzido pela Globo Filmes foi Simão, o fantasma trapalhão, lançado em 1998. Já em 1999, foi a vez do filme Zoando na TV protagonizado pela apresentadora Angélica e com as participações dos famosos atores globais Márcio Garcia, Danielle Winits, Miguel Falabella, Paloma Duarte e Bussunda. O roteiro e a direção foram também entregues para "profissionais da casa", no caso Carlos Lombardi e José Alvarenga Júnior, respectivamente. No mesmo ano foram lançados Orfeu, de Cacá Diegues, e O Trapalhão e a Luz Azul.

A partir do ano 2000, a produtora passou a contar com títulos de grande bilheteria. Primeiro foi lançado Bossa Nova, de Bruno Barreto. Depois, utilizando um material já exibido em rede nacional, a Globo Filmes produziu versões para O Auto da Compadecida, que atingiu um público total de 2.157.166 espectadores. O filme primeiro foi captado em película cinematográfica de 16 mm, fato novo até então em minisséries, somente depois passou por um processo conhecido como transfer que habilita o filme para o 35 mm, a bitola profissional das salas de exibição comercial cinematográfica.

Em 2001 foram lançados A Partilha, Caramuru, a invenção do Brasil e Xuxa e os Duendes. Caramuru também foi adaptado ao formato de longa a partir de uma minissérie originalmente captada no formato HDTV, que teve o tempo de duração reduzido em uma hora, contando com imagens captadas no Brasil e em Portugal.

Em 2002 a Globo Filmes coproduziu dois filmes de grande sucesso de bilheteria, ambos com mais de 2 milhões de espectadores, Cidade de Deus e Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas. O primeiro foi indicado a 4 prêmios do Oscar no mesmo ano e foi considerado um dos 100 melhores filmes de todos os tempos pela revista ‘Time’[5].

A partir de 2003 a empresa passou a coproduzir um maior número de títulos por ano, alcançando neste ano um total de 21.213.993 espectadores, com 11 filmes. Foram lançados sucessos como Carandiru, Os Normais e Lisbela e o prisioneiro, adaptação da peça teatral, que já havia sido adaptada para um especial de 50 minutos pela TV Globo. No cinema, Lisbela e o prisioneiro se tornou um dos filmes mais vistos no ano de 2003, quando alcançou um público pagante expressivo de 3.174.643 de espectadores.

A presença da empresa Globo Filmes no mercado de cinema brasileiro foi elogiada por Cineastas e produtores como Luiz Carlos Barreto e Cacá Diegues nos anos 2000, enquanto que Walter Salles e Nelson Pereira dos Santos se posicionaram contra.[3]

A Globo Filmes figurou entre os dez filmes mais assistidos da Retomada. Suas coproduções recordistas de público são encabeçadas pelo esucesso de Tropa de Elite 2, filme brasileiro mais visto de todos os tempos com mais de 11 milhões de espectadores, seguido por, Se Eu Fosse Você 2, que levou ao cinema mais de 6 milhões de pessoas. O longa-metragem 2 Filhos de Francisco, lançado em 2005, alcançou um público de 5 milhões, pouco mais que De Pernas Pro Ar 2, Carandiru, Minha Mãe É Uma Peça e 'Nosso Lar, produções que chegaram à casa dos 4 milhões. Outros sucessos como Até Que A Sorte Nos Separe 2, Se Eu Fosse Você e De Pernas Pro Ar atingiram mais de 3 milhões de espectadores cada um. Juntos, eles levaram mais de 52 milhões de pessoas às salas de exibição.[6]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Década de 1990[editar | editar código-fonte]

1998[editar | editar código-fonte]

1999[editar | editar código-fonte]

Década de 2000[editar | editar código-fonte]

2000[editar | editar código-fonte]

2001[editar | editar código-fonte]

2002[editar | editar código-fonte]

2003[editar | editar código-fonte]

2004[editar | editar código-fonte]

2005[editar | editar código-fonte]

2006[editar | editar código-fonte]

2007[editar | editar código-fonte]

2008[editar | editar código-fonte]

2009[editar | editar código-fonte]

Década de 2010[editar | editar código-fonte]

2010[editar | editar código-fonte]

2011[editar | editar código-fonte]

2012[editar | editar código-fonte]

2013[editar | editar código-fonte]

2014[editar | editar código-fonte]

2015[editar | editar código-fonte]

2016[editar | editar código-fonte]

2017[editar | editar código-fonte]

2018[editar | editar código-fonte]

2019[editar | editar código-fonte]

Década de 2020[editar | editar código-fonte]

2020[editar | editar código-fonte]

2021[editar | editar código-fonte]

2022[editar | editar código-fonte]

2023[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. O filme estreou-se nas plataformas digitais através do serviço Globoplay.
  2. O filme teve sua estreia adiada em março devido a pandemia de COVID-19, ao não ser mais exibida nos cinemas, foi exibida no Telecine, através nos respectivos canais de televisão por assinatura e no serviço de plataforma digital em 16 de setembro.
  3. Estreou-se no dia 15 de agosto nos canais Telecine, através da Telecine Premium e no serviço de streaming.

Referências

  1. «Todas as marcas». Somos Globo. Consultado em 10 de março de 2023. Todas as marcas: TV Globo, Globoplay, Globo.com, G1, GE, Gshow, Cartola, Receitas, Giga Gloob, Globo Filmes, GNT, Multishow, SporTV, Globonews, Premiere, Futura, Combate, Viva, Canal Off, Gloob, BIS, Modo Viagem, Gloobinho, Telecine, Canal Brasil, Universal TV, Syfy, Megapix, Studio Universal, Sexy Hot, For Man, Playboy, Venus, Sextreme. 
  2. «Empresas do Projeto Uma Só Globo» (em inglês). Globo.com. Consultado em 3 de janeiro de 2021 
  3. a b GATTI, André Piero. Distribuição e Exibição na Indústria Cinematográfica Brasileira (1993-2003). 357 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
  4. «Para se integrar com as plataformas da casa, Globo Filmes apresenta nova marca». propmark.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2022 
  5. http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1953094_1953142_1953383,00.html
  6. «Evolução do mercado | Filme B - o maior portal sobre o mercado de cinema no Brasil». www.filmeb.com.br. Consultado em 31 de agosto de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]