Gonçalo Junior

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gonçalo Junior
Nascimento Gonçalo Silva Júnior
1967 (57 anos)
Guanambi, BA
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, argumentista de banda desenhada
Prêmios
  • Troféu Bigorna de melhor jornalista especializado (2008)
  • Troféu Bigorna de melhor livro sobre quadrinhos (Maria Erótica e o Clamor do Sexo, 2010)
  • Medalha de incentivo (Prêmio Angelo Agostini) (2003)
Obras destacadas A Guerra dos Gibis: a Formação do Mercado Editorial Brasileiro e a Censura aos Quadrinhos, Maria Erótica e o Clamor do Sexo
Página oficial
http://goncalo.junior.blog.uol.com.br/

Gonçalo Junior (Guanambi[1], 1967) é jornalista, escritor e pesquisador nas áreas de cinema, imprensa, música e histórias em quadrinhos. É autor de 40 livros. Nasceu em Guanambi (BA) e se mudou com a família ainda menino para Salvador (BA), onde estudou Jornalismo (Universidade Federal da Bahia, 1993) e Direito (Universidade Católica do Salvador, 1997).

Iniciou a carreira de jornalista na década de 1980 como cartunista e roteirista de histórias em quadrinhos, além de produzir fanzines sobre o tema[2]. Dentre eles, A Folha dos Quadrinhos (1983), Quadrinhos Magazine (1984), Livre Cativeiro (1989) e Balloon (1991).

Trabalhou nos jornais Jornal da Bahia, Tribuna da Bahia, Bahia Hoje, Gazeta Mercantil e Diário de S. Paulo. Em outubro de 1997, mudou-se para São Paulo, onde reside até hoje. Colaborou em importantes publicações como Playboy, Folha de S. Paulo, Bravo!, Entrelivros, Almanaque Abril, Trip, Revista Voe Gol, Mais!, MAG, Dufry, RG, Lola, Imprensa, A Tarde, Revista Izzo, Private Brokers, Revista Shopping Cidade Jardim, Jornal da Associação Brasileira de Imprensa, etc. Entre 2007 e 2010, editou desde o primeiro número a revista de cultura trimestral Personnalité, para clientes do Banco Itaú - foi o responsável pelos 13 primeiros números. Trabalhou como coordenador de imprensa no Memorial da América Latina entre 2012 e 2013, onde criou o guia de programação mensal e a TV Memorial, além de organizar uma série de eventos e exposições. Atualmente, é editor da revista Brasileiros - trabalha desde abril de 2013.

Como escritor, ganhou quatro vezes o Troféu HQ Mix. O primeiro, de 1997, com a pesquisa A Incrível Guerra dos Gibis - Quadrinhos e Censura, 1894 a 1964,[3] que serviu de base para o livro A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964 (editora Companhia das Letras), que foi escolhido o melhor livro teórico sobre quadrinhos no Troféu HQ Mix de 2005. No ano seguinte, recebeu mais uma vez a premiação, dessa vez na categoria Grande contribuição, pelos livros e pesquisas na área de quadrinhos.Em 2013, levou o prêmio como melhor livro teórico do ano, com E Benício criou a mulher.[4][2]

Em 2011, seu livro Alceu Penna e As Garotas do Brasil: Moda e Imprensa - 1933 a 1975 foi escolhido como a melhor biografia no Prêmio Jabuti de Literatura, mas foi desclassificado após o anúncio do prêmio porque foi considerado não inédito: em 2004 o autor havia lançado de forma independente uma tiragem de 300 exemplares de uma outra versão da biografia de Alceu Penna. A de 2004 tinha 138 páginas, sendo que a de 2011, cuja tiragem foi de 5.000 exemplares, possui 352 páginas. Além disso, o volume de informações é cerca de 2,5 vezes maior e 90% das imagens são novas. Ainda assim, os organizadores da Jabuti consideraram que houve infração do regulamento, que exige ineditismo nas obras premiadas. Tanto o autor quanto a editora questionaram e não acataram a decisão, por considerá-la injusta.[5][6] Em 2019, a editora Melhoramentos publicou uma quadrinização de Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto, com arte de Franco de Rosa.[7] Em outubro de 2020, lançou uma campanha de financiamento coletivo no Catarse de uma biografia de Jacob do Bandolim.[8]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • País da TV, Conrad Editora, 2001.
  • 50 anos de Tex no Brasil, Opera Graphica, 2003.
  • Tatuagem de Cadeia, Editora Escala 2003.
  • Medicina para leigos, Editora Garçoni, 2004. (Não comercializado)
  • Alceu Penna e as Garotas do Brasil, CLUQ, 2004.
  • A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964, Editora Companhia das Letras, 2004.
  • Tentação à Italiana, Opera Graphica Editora, 2005.
  • O Homem-Abril, Opera Graphica, 2005.
  • Benício - Um perfil do mestre das pin-ups e dos cartazes de cinema, CLUQ, 2006.
  • A Biblioteca dos Quadrinhos, Opera Graphica, 2006.
  • O Incrível Homem que Encolheu (infantil), Manole, 2008.
  • Enciclopédia dos Monstros, Ediouro, 2008.
  • Vida Traçada, um perfil de Flavio Colin, Marca de Fantasia, 2009.
  • O Mocinho do Brasil, Laços Editora, 2009.
  • O Beijo nos Quadrinhos, Centopéia, 2010.
  • Maria Erótica e O Clamor do sexo, Peixe Grande, 2010.
  • Alceu Penna, Manole, 2010.
  • Ora, Bolas, Alameda, 2011.
  • A Morte do Grilo, Peixe Grande, 2012.
  • E Benício criou a mulher, Opera Graphica, 2012.
  • Quem Samba Tem Alegria, Civilização Brasileira, 2014.
  • Versão Brasileira: Herbert Richers, Criativo Editora, 2014.
  • É Uma Pena não Viver, Editora Planeta, 2015.
  • Belmonte, Publifolha, 2015.
  • O inventor do fanzine: um perfil de Edson Rontani, Marca de Fantasia, 2015.
  • É uma pena não viver - Uma biografia de Rubem Alves, Planeta, 2015
  • Milo Manara – Subversão pelo prazer, Editora Noir, 2017.
  • Eu Não Sou Lixo - A trágica trajetória do cantor Evaldo Braga, Editora Noir, 2017.
  • Pra que Mentir? - Vadico, Noel Rosa e Samba, Editora Noir, 2017.
  • José Luis Salinas - Visionário dos Quadrinhos, Editora Noir, 2017.
  • O Deus da Sacanagem - A Vida e o Tempo de Carlos Zéfiro, Editora Noir, 2018
  • Famigerado! — A História de Luz Vermelha, o bandido que aterrorizou São Paulo, Editora Noir, 2019
  • Jacob do Bandolim - Um coração que chora, Editora Noir, 2020.

Histórias em quadrinhos:

  • Claustrofobia, (com Júlio Shimamoto), Devir, 2004.
  • O Messias (graphic novel, com Flávio Luiz), Opera Graphica, 2006.
  • Natureza Humana (com Nestablo Ramos), HQM, 2012.
  • A Noiva Zumbi, (com Fábio Cruz) Opera Graphica, 2014.
  • Até Que a Morte Nos Separe, (com Júlio Shimamoto), Editora Noir, 2017.
  • Triste Fim de Policarpo Quaresma (com Franco de Rosa), Melhoramentos, 2019.

Livros Organizados:

Livros coletivos:

  • Glória in (TV) Excelsior, organizado por Álvaro de Moya, Imprensa Oficial, 2004.
  • Menino de Engenho, 40 anos Depois, organizado por Lúcio Villar e Antônio Vicente Filho, Editora UFPB, 2004.
  • Um Mundo de Impressões: 60 Anos da Editora Globo, co-escrito com Thiago Blumenthal, Editora Globo, 2012 (não comercializado, brinde da editora).[9]

Referências

  1. «Gonçalo Junior». Portal dos Jornalistas. Consultado em 2 de setembro de 2022 
  2. a b «Entrevista: Gonçalo Junior». Bigorna. 16 de novembro de 2007 
  3. «9º Troféu HQ Mix premia artistas de 96». Folha de S.Paulo. 23 de maio de 1997. Consultado em 26 de dezembro de 2022 
  4. «UHQ entrevista Gonçalo Junior». Universo HQ. 2005. Consultado em 14 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 6 de novembro de 2011 
  5. «Ferreira Gullar e Laurentino Gomes vencem o Jabuti». O Globo. 1 de dezembro de 2011 
  6. «Exclusivo: mudança no resultado do Jabuti». Folha de S.Paulo. 19 de outubro de 2011 
  7. «Coleção da Editora Melhoramentos traz clássicos da literatura brasileira em quadrinhos». 15 de maio de 2020 
  8. «JACOB DO BANDOLIM - A BIOGRAFIA». Catarse. Consultado em 8 de outubro de 2020 
  9. Marcelo Naranjo (26 de março de 2015). «A importância dos quadrinhos na trajetória de sucesso da Editora Globo». Universo HQ 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]