Grande logóteta

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Grande logóteta (em grego: μέγας λογοθέτης; romaniz.:Megas logothetēs) foi um título e ofício atribuídos aos fiscais de todos os departamentos fiscais, chamados secretos (sekreta), do Império Bizantino.

História[editar | editar código-fonte]

Foi estabelecido pelo imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118) como logóteta do secreto (em grego: λογοθέτης τῶν σεκρέτων; romaniz.:logothetēs tōn sekretōn), em uma tentativa de melhorar a coordenação dos vários departamentos.[1] Os departamentos fiscais, em particular, ainda eram agrupados sob dois outros oficiais: os dois principais departamentos do tesouro, o genico (genikon) e o ídico (eidikon), foram colocados sob o grande logariasta ("contador-mor") dos secretos (em grego: μέγας λογαριαστής τῶν σεκρέτων; romaniz.:mégas logariostés ton sekréta), enquanto outro grande logóteta (em grego: μέγας λογαριαστής τῶν εὐαγῶν σεκρέτων; romaniz.:mégas logariastés ton eÚagon sekréton) supervisionou o "gabinete piedoso" (em grego: εὐαγή σεκρέτα; romaniz.:euagē sekreta), ou seja, as fazendas imperiais e as fundações religiosas.[2] Por meados do século XII, o logóteta do secreto tornar-se-ia o grande logóteta, um ofício que sobreviveu até à Queda de Constantinopla em maio de 1453. Hoje, o principal ofício (offikion) entre os arcontes do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla ainda ostenta o título de grande logóteta.[3]

Referências

  1. Kazhdan 1991, p. 1247.
  2. Magdalino 2002, p. 228-230.
  3. «Offikion - Archon Titles» (em inglês). Consultado em 26 de janeiro de 2013 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Magdalino, Paul (2002). The Empire of Manuel I Komnenos, 1143–1180. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-52653-1