Amaggi

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AMAGGI
Amaggi
Amaggi
Sede da Amaggi em Cuiabá
Razão social Amaggi Exportação e Importação Ltda.
Empresa de capital fechado
Atividade Trading, Logística, Produção agrícola
Fundação 1977 (47 anos) em São Miguel do Iguaçu, Paraná
Fundador(es) André Maggi
Sede Cuiabá, Mato Grosso, Brasil
Área(s) servida(s)  Brasil
 Argentina
 Noruega
 Países Baixos
Suíça
 Paraguai
Presidente Judiney Carvalho
Pessoas-chave Blairo Maggi (acionista)
Judiney Carvalho (Presidente Executivo)

Sergio Luiz Pizzato (Presidente do Conselho)

Empregados 8.600[1]
Produtos Agricultura, Navegação, Trading, Sementes, Energia, Finanças
Subsidiárias Amaggi Energia
Amaggi Logística e Operações
AMAGGI & LD Commodities
AMAGGI Serviços Financeiros
AMAGGI Agro
Denofa
Unitapajós
Acionistas Blairo Maggi, Lucia Borges Maggi, Hugo Ribeiro, Itamar Locks
Website oficial amaggi.com.br

Amaggi (anteriormente Grupo André Maggi) é uma empresa multinacional brasileira do agronegócio de propriedade de Lucia Borges Maggi, seu filho Blairo Maggi e suas quatro irmãs, sendo uma herança construída em família junto ao patriarca André Antonio Maggi (1927-2001).[2] Sediada em Cuiabá, atualmente é uma das empresas líderes em seu segmento na América Latina e com atuação em 7 países. Além de trading a companhia tem ramificação nas áreas de sementes, transporte fluvial, beneficiamento de soja, geração de energia e na área financeira.

História[editar | editar código-fonte]

A trajetória da Amaggi começou em 1977 em uma localidade chamada Vila Gaúcha, que mais tarde, depois de emancipada, passou a se chamar São Miguel do Iguaçu, no estado do Paraná com a Sementes Maggi. O proprietário era o produtor rural André Maggi, sua esposa Lucia Borges Maggi e seu filho Blairo Maggi.

Em 1979, a família adquiriu suas primeiras terras em Mato Grosso, no município de Itiquira. Em 1984 a empresa mudou a sua sede de São Miguel do Iguaçu para Rondonópolis, no estado de Mato Grosso. No mesmo ano é inaugurado o primeiro armazém, em Itiquira.

Entre 1994 e 1997, a companhia construiu sua primeira Pequena Central Hidrelétrica (PCH), a Santa Lucia, localizada no município de Sapezal, no Rio Juruena. Mais tarde foram construídas mais três PCHs no Rio Juruena e uma no Rio Formiga, município de Campos de Julio.

No ano de 1997, a Amaggi deu início à navegação fluvial por meio do Corredor Madeira-Amazonas, onde as barcaças saem de Porto Velho, Rondônia e seguem para Itacoatiara, Amazonas, onde a Amaggi construiu também um terminal de transbordo de grãos. De lá, saem para exportação pelo Oceano Atlântico. Anos mais tarde, a companhia expandiu seus negócios para esses dois estados, inaugurando em 2002 a indústria de esmagamento de soja em Itacoatiara, e o porto próprio Portochuelo, em Porto Velho, em 2015.

No ano de 2001 morre o empresário e fundador André Maggi, com esse evento, Blairo (ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Michel Temer), assume e se torna o presidente e principal executivo do Grupo Andre Maggi.[3]

Em 2005 a Amaggi se tornou signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, que busca a erradicação de toda forma de trabalho análogo ao escravo no país.

Em 2009 a Amaggi inicia processo de transferência da sede de cidade para Cuiabá, motivado pela expansão física, logistica e de estratégica, inicialmente a empresa transferiu as áreas de produção e Engenharia Corporativa, os Departamentos de Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Suprimentos.[4]

Em 2011 a Amaggi avança no processo de internacionalização com a abertura de um escritório na Argentina localizado na capital Buenos Aires e iniciou suas atividades como trading.[5]

No ano 2022, a Amaggi conquistou pelo segundo ano consecutivo a liderança mundial no combate contra o desmatamento, e é reconhecida como uma das empresas mais sustentáveis do mundo. [6]

Divisão[editar | editar código-fonte]

Considerada a 4º maior empresa em exportação de commodities em Mato Grosso e sendo a 18º maior do Brasil, a Amaggi é atualmente formada por quatro áreas de negócios:

  • Ciapar – Companhia Agricola dos Parecis, também referida pela sigla (Ciapar), é uma empresa agrícola controlada pela Amaggi desde 2018, foi de propriedade do empresario Olacyr de Moraes, que controla a fazenda Itamarati Norte.[10]

A companhia tem atuação em todas as etapas da cadeia produtiva do agronegócio, desde a produção agrícola até o transporte fluvial e rodoviário, passando por originação, processamento de soja e comercialização de grãos, insumos, energia elétrica e operações portuárias. Possui ainda escritórios de representação na Holanda, Suíça, Argentina, Paraguai e China.[11]

Fundação André e Lucia Maggi[editar | editar código-fonte]

Fundação André e Lucia Maggi (FALM) é uma organização sem fins lucrativos, responsável pela gestão das ações de Investimento Social Privado da AMAGGI nas regiões de atuação da empresa.

História da Fundação André e Lucia Maggi[editar | editar código-fonte]

Em 1997 André Maggi cria a FALM com o objetivo de angariar recursos para construção do Hospital e Maternidade “Renato Sucupira” em Sapezal, desenvolveu, nos anos seguintes, projetos de complementação alimentar à base de soja e o Programa de Apoio às Instituições Sociais (Seleção Pública de Projetos).

Inaugura-se em 2009, dois projetos de estrutura física a Casa Maggica, em Rondonópolis e o Centro Cultural Velha Serpa, em Itacoatiara.[12]

Em 2015 a fundação cria a Política de Investimento Social Privado da AMAGGI, que direciona as formas de apoio às comunidades de maneira clara e transparente. Também houve o encerramento da Seleção Pública de Projetos e o início dos projetos Potencializa, Transformar e do Prêmio Fundação André e Lucia Maggi.

Em 2018, a Fundação passa por uma revisão estratégica, que definiu sua atuação até o 2025. Com isso, os projetos Potencializa, Transformar e Prêmio Fundação André e Lucia Maggi são encerrados para dar lugar a novas ações e projetos, como o Desafio Global, Municípios Prioritários e Cedência dos seus Espaços Coletivos.

Atuação[editar | editar código-fonte]

Por meio de sua atuação, a FALM busca contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas; e com o Posicionamento Global de Sustentabilidade da AMAGGI, com a premissa de fortalecer o protagonismo social de jovens e lideranças para o desenvolvimento local sustentável. Com sede em Cuiabá conta ainda com duas outras unidades físicas, o Espaço Coletivo Fundação André e Lucia Maggi, em Rondonópolis, e o Espaço Coletivo Centro Cultural Velha Serpa, em Itacoatiara, em 2016 chegou a atuar em 20 municípios nos estados do Mato Grosso, Amazonas, Paraná e Rondônia.[13]. Já em 2018 chega a 30 municípios dos estados do Mato Grosso, Rondônia,Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

Em 2011 a instituição investiu R$ 3 milhões em projetos sociais, tendo como resultado cerca de 49440 beneficiários diretos e mais de 167000 indiretos.[14]

Premiações e certificações[editar | editar código-fonte]

Prêmio Ano Resultado
Prêmio Brotar 2018[15] Venceu
PMD Pro Venceu
Certificado de Responsabilidade Social de Mato Grosso 2018[15] Venceu
Prêmio ANU 2012 Indicado
Prêmio Transformadores 2019[16] Venceu

Referências

  1. Amaggi. «Relatório 2017». Consultado em 17 de maio de 2023 
  2. «Família do senador Blairo Maggi entra na lista de bilionários da Forbes». Estado de Minas. 11 de abril de 2014. Consultado em 7 de setembro de 2016 
  3. Amaggi. «História». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  4. Rd News. «Grupo Amaggi decide trocar Rondonópolis por Cuiabá». Consultado em 18 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2015 
  5. Rural Centro. «Amaggi dá o maior passo para internacionalização». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  6. «Amaggi lidera pelo segundo ano consecutivo ranking mundial Forest 500» 
  7. Agro Olhar. «Grupo André Maggi agora é AMAGGI; Empresa passa a usar nome de sua trading». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  8. Exame.com. «Grupo André Maggi compra 100% da Denofa». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  9. Plantão News. «Amaggi compra 51% das ações da norueguesa Denofa». Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  10. valor. «Cade já aprovou aquisição das ações da Ciapar pela Amaggi». Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  11. Amaggi. «História». Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  12. Tribuna, A. «Sarau encerra atividades da Casa Maggica em 2011 – A Tribuna». Consultado em 3 de junho de 2019 
  13. «Fundação André e Lucia Maggi divulga Relatório de Atividades 2016 | Portal Mato Grosso». Fundação André e Lucia Maggi divulga Relatório de Atividades 2016 | Portal Mato Grosso. Consultado em 3 de junho de 2019 
  14. «Fundação faz bazar para implantar projeto "Casa Maggica" em Cuiabá | RDNEWS - Portal de notícias de MT». Fundação faz bazar para implantar projeto "Casa Maggica" em Cuiabá | RDNEWS - Portal de notícias de MT. Consultado em 3 de junho de 2019 
  15. a b «MidiaNews | Fundação recebe Certificado de Responsabilidade Social de MT». MidiaNews. Consultado em 3 de junho de 2019 
  16. Mídia News (22 de março de 2019). «Fundação recebe prêmio internacional por sua atuação nas comunidades». Consultado em 12 de julho de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]