Guerra Civil Afegã (1996–2001)

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Guerra Civil Afegã (1996–2001)
Parte de Guerra Civil do Afeganistão

Situação do país em 1996.
Período 27 de setembro de 19967 de outubro de 2001
Local Afeganistão
Resultado Militantes do Talibã derrotam as forças de Dostum (Aliança do Norte) em 1998. Impasse estratégico sem vitoriosos em várias frentes de batalha entre os fundamentalistas e os apoiadores de Massoud. O Talibã mantém controle de Cabul e de boa parte do país, se tornando o de facto governo (embora não reconhecido internacionalmente). O conflito seguiria em pequena intensidade até que um invasão por parte dos países membros da OTAN (liderados pelos Estados Unidos) removeria o Talibã do poder em 2001.
Participantes do conflito
Emirado Islâmico do Afeganistão
(Talibã)

Apoiado por:
Al-Qaeda
Arábia Saudita
Paquistão
 Emirados Árabes Unidos

Estado Islâmico do Afeganistão
(Aliança do Norte)

Apoiado por:
Irã Irão
Tajiquistão
 Rússia
 Uzbequistão
 Turquia
 Índia
 Estados Unidos (a partir de setembro de 2001)

Líderes
Mohammed Omar
Obaidullah Akhund
Mullah Dadullah
Osama bin Laden
Ayman al-Zawahiri
Pervez Musharraf
Mahmud Ahmed
Hamid Gul
Naseem Rana
Ziauddin Butt
Amir Tarrar
Ahmad Massoud
Burhanuddin Rabbani
Haji Abdul Qadir
Qari Baba
Bismillah Khan
Mohammed Fahim
Hussain Anwari
Arif Noorzai
Haji M. Mohaqeq
Rashid Dostum
Ismail Khan
*Número de mortos incerto (presume-se muito alto)

A fase da Guerra Civil do Afeganistão que durou de 1996 a 2001 começou quando os fundamentalistas do Talibã tomaram a capital do país, Cabul, e estabeleceram o chamado Emirado Islâmico Afegão. Seus rivais da Aliança do Norte permaneceram como o governo internacionalmente reconhecido, embora não exercesse controle sobre o país. O Emirado Talibã conseguiu reconhecimento apenas da Arábia Saudita, do Paquistão e dos Emirados Árabes Unidos. O ex ministro da defesa do Estado Islâmico do Afeganistão, Ahmad Shah Massoud, criou a chamada Frente Unida de Salvação como oposição aos extremistas no poder.[1] A Aliança do Norte, como era conhecida, tinha em suas fileiras várias etnias afegãs como os tajiques, uzbeques, hazaras, turcomenos, alguns pachtuns e outros. Durante o conflito, os talibãs receberam auxílio militar paquistanês, além de apoio financeiro do governo saudita. De fato, combatentes do Paquistão foram enviados para o Afeganistão em algumas ocasiões, com vários batalhões se distribuindo pela fronteira e chegaram a combater militantes da Aliança do Norte.[2] A organização terrorista Al Qaeda também apoiou os talibãs com vários combatentes estrangeiros de diversas nações árabes.[3] Seu líder, Osama bin Laden, usou o país como base para orquestrar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, o que provocou uma resposta militar internacional. Em outubro do mesmo ano, forças dos Estados Unidos e de nações aliadas (da OTAN) invadiram o Afeganistão e derrubaram o Talibã do poder. Os fundamentalistas então iniciaram uma insurgência contra a força de ocupação estrangeira.[4]

Referências

  1. Grad, Marcela (2009). Massoud: An Intimate Portrait of the Legendary Afghan Leader. Webster University Press. p. 310. ISBN 0982161506.
  2. «"Profile: Ahmed Shah Massoud"». History Commons. 2010 
  3. «Afghanistan resistance leader feared dead in blast». Londres: Ahmed Rashid in the Telegraph. 11 de setembro de 2001 
  4. "U.S. War in Afghanistan". Página acessada em 29 de junho de 2014.

Bibliografia

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