Guilherme I da Aquitânia

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Guilherme I da Aquitânia
Guilherme I da Aquitânia
Nascimento 22 de março de 875
Morte 6 de julho de 918
Brioude
Progenitores
Cônjuge Engelberga da Provença
Filho(a)(s) Gerberga
Irmão(ã)(s) Adelinda de Auvergne
Ocupação soberano
Título conde da Auvérnia
Religião Igreja Católica

Guilherme I da Aquitânia, também conhecido como Guilherme "O Piedoso" ou Guilherme de Auvérnia (22 de março de 875Brioude, 6 de julho de 918) foi duque da Aquitânia de 893 a 918 e conde da Auvérnia.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi marquês da Septimânia, e conde de Auvérnia após a morte de seu pai. Foi conde de Berry, de Limoges, de Lyon, e de Mâcon.

No ano de 893 deu de guarida e protecção Ébalo da Aquitânia e tomou-lhe o título e as propriedades, facto que contribuiu para que fosse um dos maiores senhores feudais da França medieval.

Durante o seu governo, os seus territórios, tanto a Aquitânia como a Auvérnia sofreram grandes ataques e destruições por parte dos viquingues, em 897, quando o rei de França. Odo I, pagou avultadas quantias aos viquingues para que deixassem o Vale do Sena, este atravessaram então o Vale do Loire e no ano seguinte, depois da morte de Odo I, foram além do Loire, sem que o novo rei de França, Carlos III de França, tivesse feito alguma coisa para os impedir ou para ajudar o Guilherme I.

Dado o facto de um número incerto, mas elevado, de viquingues se ter instalado ao largo do Vale do Loire os ataques destes aos territórios de Guilherme continuaram até que foi estabelecido o tratado de Saint-Clair-sur-Epte[1] assinado no outono de 911 entre Carlos o Simples e Rollo, chefe dos viquingues.

Entre os anos de 909 e 910 Guilherme fundou a Abadia de Cluny,[2] sob a ordem dos Monges Beneditinos, nomeando como Abade Berno de Baume. Concedeu por doação, à igreja de Roma todos os direitos sobre a abadia e estendeu este direito a todos os mosteiros que se uniram à Congregação cluniacense.[3]

Guilherme veio a morrer sem deixar descendentes directos em 6 de Julho de 918 na localidade de Brioude, pelo que os seus títulos nobiliárquicos de duque de Aquitânia e de conde de Auvérnia ficaram para seu sobrinho Guilherme II da Aquitânia "o Jovem", filho da sua irmã Adelaide.

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Foi filho de Bernardo Plantevelue (22 de março de 841886), conde de Toulouse e de Hermengarda de Chalon, filha de Bernardo I de Auvérnia.

Casou-se m 898 com Engelberga, filha de Bosão da Provença (844 - 11 de janeiro de 887), rei da Provença e da Borgonha Cisgiurana e de Irmengarda de Itália (c. 852 - 22 de junho de 896), filha do Imperador Luís II da Germânia.

Guilherme morreu sem descendentes directos, a 6 de julho de 918 em Brioude, deixando os títulos de Duque da Aquitânia e Conde de Auvérnia ao seu sobrinho, Guilherme II da Aquitânia, filho, da sua irmã Adelinda e do marido desta, Acfredo I de Carcassonne, morto em 905.

Segundo alguns historiadores do seu casamento, no entanto terá tido um filho a quem foi dado o nome de Bosão. Este filha terá morrido antes de pai, tendo no entanto deixado uma filha:

  1. Ermengarda da Aquitânia casada com Robaldo de Arles (900 - 936), conde de Arles, filho de Bosão de Arles e Avinhão.[4][5][6]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • RENÉ POUPARDIN, "I regni carolingi (840-918)", en Storia del mondo medievale, vol. II, 1999, pp. 583–635.
  • ALLEN MAWER, "I vichinghi", en "Storia del mondo medievale", vol. II, 1999, pp. 734–769.
  • LOUIS HALPHEN, "La chiesa da Calomagno a Silvestro II", en Storia del mondo medievale, vol. IV, 1999, pp. 5–20.
  • ALEXANDER HAMILTON THOMPSON, "Gli ordini monastici", en Storia del mondo medievale, vol. V, 1999, pp. 245–294.
  • E. W. WATSON, "Lo sviluppo dell'organizzazione ecclesiastica e le sue basi economiche", en Storia del mondo medievale, vol. V, 1999, pp. 425–460.
  • Luiz de Mello Vaz de São Payo, A Herança Genética de D. Afonso Henriques, Universidade Moderna, 1ª Edição, Porto, 2002, pág. 290.

Referências

  1. No Tratado de Saint-Clair-sur-Epte foi concordado que os viquingues poderiam continuar a ocupar a bacia do rio Sena, entre Ruão, Lisieux e Evreux, na condição de que iriam prestar homenagem ao rei dos francos, Carlos, iria receber o Batismo e que se comprometeu para defender o reino dos francos ou França ocidental.
  2. O trabalho coletivo: Oxford - Grande História do Mundo. A Idade Média. Império Alemão - os árabes na Península Ibérica. T. 17o Poznan: Polaco Mídia Amer.Com, 2006, p 29 ISBN 978-83-7425-697-1.
  3. J.-Henri Pignot - História da Ordem de Cluny, desde a fundação da abadia até que a morte de Pedro, o Venerável - Volume 1 - página 1868, 57 - Paris / Autun
  4. Thijs L. herança carolíngia. IX - século X / Traduzido do francês TA Chesnokova. - M . "Scarab", de 1993. - T. 2. - 272. - (Uma Nova História da França Medieval). - 50 000. - ISBN 5-86507-043-6
  5. Duques da Aquitânia
  6. Histoire de la Bourgogne médiévale de Franche-Comté: Histoire de Mâcon