Guga Chacra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gustavo Chacra)
Gustavo Chacra
Guga Chacra
Nome completo Gustavo Cerello Chacra
Nascimento 27 de maio de 1976 (47 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Formação Faculdade Cásper Líbero
Universidade Columbia
Ocupação jornalista
comentarista
Outros nomes Guga Chacra
Atividade dezembro de 1998 - presente
Trabalhos notáveis
Site oficial

Gustavo Cerello Chacra, conhecido como Guga Chacra (São Paulo, 27 de maio de 1976) é um jornalista brasileiro, comentarista de política internacional dos telejornais Em Pauta e Jornal das Dez, do canal GloboNews, desde abril de 2012. É integrante fixo do programa GloboNews Internacional desde janeiro de 2017.

Chacra também assina uma coluna semanal na editoria Mundo do jornal O Globo desde maio de 2017 e trabalhou no Grupo Estado durante dez anos, até maio de 2018.[1] É correspondente desde Nova Iorque, cidade para onde se transferiu em agosto de 2005. Apresentou também o boletim de notícias internacionais na extinta Rádio Estadão.[2] e foi correspondente internacional de O Estado de S. Paulo em Nova Iorque entre 2009 e 2014.

É mestre em Relações internacionais pela Universidade Columbia. Já morou nas cidades de Beirute, Boston, Buenos Aires, Colúmbia e São Paulo, sendo que atualmente mora em Nova Iorque. Recebeu o Prêmio Comunique-se como Melhor Correspondente Internacional na categoria Mídia Escrita em 2015 e 2017.[3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em São Paulo, neto de imigrantes italianos e libaneses, de origem cristã greco-ortodoxa[5] e filho do endocrinologista Antonio Roberto Chacra,[6] Gustavo Chacra desenvolveu sua paixão pelo jornalismo ainda bem jovem, quando acompanhava os jornais esportivos, em busca de notícias sobre futebol. Daí, surgiu seu interesse por outros campos, onde o jornalismo internacional se destacou.[7]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Após ser diplomado pela Faculdade Cásper Líbero, no final da década de 1990, Gustavo Chacra iniciou a carreira de jornalista em dezembro de 1998, quando foi aprovado no concurso de trainee da Folha de S. Paulo. Em março de 1999, migrou para a Revista ISTOÉ, onde trabalhou como repórter. Em agosto do mesmo ano, retornou à Folha de S. Paulo. Entre janeiro de 2000 e janeiro de 2002, foi correspondente internacional do jornal em Buenos Aires.

Em agosto de 2005, mudou-se para Nova Iorque, onde cursou um mestrado em Relações Internacionais pela Universidade Columbia entre setembro de 2005 e maio de 2007. Em julho de 2007, ingressou no jornal O Estado de S. Paulo, onde tornou-se correspondente internacional no Oriente Médio, região na qual é especializado. Entre abril de 2008 e abril de 2009 (período em que trabalhou como correspondente no Oriente Médio), Gustavo ficou sediado na cidade de Beirute, capital do Líbano. Desde maio de 2009, está sediado em Nova Iorque, de onde atua como correspondente internacional para o referido jornal. Também é comentarista dos telejornais GloboNews Em Pauta, Jornal das Dez e Jornal GloboNews, exibidos pela GloboNews.[8][9]

Gustavo possui uma página na seção de blogs do Estadão desde setembro de 2008. De setembro de 2008 até maio de 2009, o blog atendia pelo nome de "Diário do Oriente Médio". A partir de maio de 2009, logo após Gustavo concluir o seu trabalho no Oriente Médio e assumir o cargo de correspondente do Estadão nos EUA, o blog passa a se chamar "De Beirute a Nova York". No blog, Gustavo escreve textos sobre a geopolítica internacional e os acontecimentos mais importantes do momento. Mesmo tendo um material muito rico em dados e informações sobre outros países (ex: Haiti e Honduras), a grande maioria dos textos do blog "De Beirute a Nova York" estão focados nas questões políticas, econômicas, sociais e religiosas dos países do Oriente Médio. Em 11 maio de 2017 estreou coluna no jornal O Globo em versões impressa e digital.[10]

Cobertura internacional[editar | editar código-fonte]

Gustavo Chacra especializou-se em temas voltados ao Oriente Médio, tendo desenvolvido reportagens e panoramas políticos e sócio-econômicos sobre Cisjordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Faixa de Gaza, Iêmen, Israel, Jordânia, Líbano, Omã, Catar, Síria e Turquia. Na região, cobriu eventos importantes como a Guerra do Líbano entre julho e agosto de 2006 e os conflitos na Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Gustavo também se especializou na questão envolvendo o conflito israelo-palestino, onde busca trazer uma visão mais clara das razões do impasse,[11] e cobriu a expansão do grupo terrorista islâmico Al-Qaeda no Iêmen, em dezembro de 2009.[12]

No âmbito mundial, também cobriu a crise política em Honduras, que derrubou o então presidente Manuel Zelaya em junho de 2009, a crise econômica dos Estados Unidos de 2008 - 2009, com a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers em setembro de 2008 e o terremoto no Haiti em janeiro de 2010.[13]

Livros[editar | editar código-fonte]

Gustavo é autor do livro "Confinado no Front: Notas Sobre a Nova Geopolítica Mundial", 1ª edição lançada em 2020 pela Editora Todavia. É co-autor de dois livros. O primeiro se chama "Fazendo As Malas", lançado em agosto de 2012, pela Editora Saraiva. O segundo livro se chama "Os Hermanos E Nós", escrito em parceria com o jornalista Ariel Palacios e lançado em maio de 2014, pela Editora Contexto. Também, de acordo com a edição bimestral de Setembro-Outubro/2011 da revista norte-americana Foreign Policy, o Twitter de Gustavo foi escolhido pela referida publicação como um dos Twitters mais influentes da América Latina. Além disso, Gustavo é o único brasileiro incluído nesta categoria.[14]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2017, Chacra replicou em seu twitter, uma reportagem do jornal The Guardian, que afirmava que "60 mil nacionalistas marcharam na Polônia, nas comemorações do dia da independência do país, gritando frases xenofóbicas e expondo símbolos de extrema-direita, manifestação que teria sido descrita pelos antifascistas como um chamariz para grupos de extrema-direita a nível mundial".[15]

Na mensagem, o jornalista escreveu: "60 mil pessoas participaram de manifestação nazista na Polônia defendendo uma Europa apenas para os brancos. Antecipo para os supremacistas do Brasil que brasileiros não são considerados brancos por estes nazistas."[16] A declaração gerou controvérsia e recebeu críticas, incluindo da consulesa da Polônia no Brasil, Katarzyna Braiter, que alegou que o evento era uma comemoração da independência da Polônia e do fim da ocupação nazista.[17]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Guga Chacra é casado com Ana Maria Saleme Meirelles Chacra. O casamento foi oficializado em 2014. O casal tem dois filhos: Júlia e Antônio. A data de nascimento da filha Júlia Chacra é 9 de maio de 2016. Antônio nasceu em 2017. A família ainda tem um cachorro. O nome é Messi, como homenagem ao jogador de futebol argentino. [18][19]

Referências

  1. Meu adeus ao blog “De Beirute a Nova York”
  2. «Guga Chacra». Rádio Estadão. Arquivado do original em 28 de setembro de 2017 
  3. Prêmio Comunique-se 2015 consagra os melhores atletas do jornalismo. Confira os vencedores 22/9/2015
  4. Relevados os "monstros sagrados do jornalismo" Prêmio Comunique-se, 27/9/2017
  5. Twitter oficial
  6. «Minha carta para nós brasileiros descendentes de sírios e libaneses». O Estado de S. Paulo. 7 de setembro de 2015 
  7. Frederico Tebar (20 de Outubro de 2012). «Entrevista: Guga Chacra». Diário de S. Paulo. Consultado em 16 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2013 
  8. «Guga Chacra». Portal dos Jornalistas. Julho de 2012. Consultado em 16 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2013 
  9. Augusto Nunes (20 de Outubro de 2012). «O Mapa Mudou». Veja. Consultado em 16 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 30 de setembro de 2009 
  10. «Assad: altão, nerd, tímido... e ditador». O Globo. 11 de maio de 2017. Consultado em 27 de setembro de 2017 
  11. «Gustavo Chacra analisou relações Israel com o Mundo Árabe». PLETZ. 24 de Outubro de 2013. Consultado em 16 de Dezembro de 2013 
  12. Frederico Tebar (24 de setembro de 2009). «Entrevista: Guga Chacra». Diário de S. Paulo. Consultado em 18 de Dezembro de 2013. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2013 
  13. Alvarez, Rodrigo (2010). Haiti depois do inferno. [S.l.]: Globo. pp. Capitulo 4. ISBN 9788525051028 
  14. Mauricio Moura, Sidney Nakao Nakahodo, Gustavo Chacra. Fazendo As Malas. [S.l.]: Saraiva. 304 páginas. ISBN 8502175459 
  15. Matthew Taylor (12 de novembro de 2017). «'White Europe': 60,000 nationalists march on Poland's independence day» (em inglês). The Guardian. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2017 
  16. «Guga Chacra». 12 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2017 
  17. «Cônsul da Polônia no Brasil contesta Guga Chacra no Twitter e é bloqueada». Revista Forum. 14 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2017 
  18. «Guga Chacra revela o porquê do visual descabelado e confessa já ter cortado os fios em casa». Gshow. Consultado em 31 de julho de 2021 
  19. «O que você não sabia sobre o jornalista Guga Chacra». OsPaparazzi. Consultado em 31 de julho de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]