HCESAR
HCESAR (pronúncia:/ɐga sɛzaɾ/) foi uma disposição de teclado de máquinas de escrever que vigorou em Portugal entre 1937[1] e 1971[2], conforme o Decreto-Lei n.º 27 868 de 1937, que o tornou o teclado nacional. Foi criado como uma forma de proteger a indústria nacional de máquinas de escrever, representada pela empresa Messa, da concorrência estrangeira.[3] A produção de máquinas com este teclado cessou em 1985[4], na antiga fábrica da Messa, em Mem Martins.
À semelhança das normas doutros países (QWERTY, AZERTY, etc), o seu nome baseia-se nas seis primeiras letras da primeira linha.
A disposição das teclas teve em conta a frequência de utilização das letras na língua portuguesa, situando-se as de maior utilização ao centro. Entre as características deste teclado, destacam-se:
A dupla função da mesma tecla para representar o digito 0 e a letra O maiúscula, assim como o digito 1 e o L minúsculo. Não existia o símbolo cardinal e o sinal de desigualdade conseguia-se através do sinal de igual e sobrepondo-lhe uma barra. O asterisco era conseguido à custa de um X minúsculo, sobreposto ao sinal mais.
Modelos[editar | editar código-fonte]
Este teclado foi adotado por diversas marcas de máquinas de escrever, originárias de vários países, tais como: Adler (Alemanha), Antares e Olivetti (Itália), Alpina, Consul, Continental, Facit, Hermes, Baby, Imperial e Optima (Alemanha), Corona, Remington, Royal, Singer e Underwood (Estados Unidos da América), Messa/Oliva (Portugal) - com os modelos M1, M8, Dacti, mini 2000, 2000s, 2002, 3000, 3002 e 5000 - e Olympia. Além disso, foram produzidas máquinas de escrever elétricas com este teclado pelas empresas Brother e IBM.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Decreto-Lei n.º 27 868, de 17 de julho de 1937.
- ↑ «Da caneta ao Macintosh (passando pela esferográfica e máquina de escrever)» (PDF)
- ↑ Matos, Helena. «O menino da bolha». PÚBLICO. Consultado em 7 de abril de 2022
- ↑ Tavares, Jorge (6 de agosto de 2018). «Edifício 3 da antiga Fábrica da Messa em Mem Martins em hasta pública». Sintra Notícias. Consultado em 7 de abril de 2022
