Henrique de Coimbra

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Henrique Soares de Coimbra
Bispo da Igreja Católica
Bispo de Ceuta
Info/Prelado da Igreja Católica
Detalhe da A Primeira Missa no Brasil de Victor Meirelles (1861)
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Frades Menores
Diocese Diocese de Ceuta
Nomeação 30 de janeiro de 1506
Predecessor Dom Diogo Ortiz de Vilhegas
Sucessor Dom Diogo da Silva O.F.M.
Mandato 1506 — 1532
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 30 de janeiro de 1506
Brasão episcopal
Dados pessoais
Nascimento Coimbra
1465
Morte Olivença
14 de setembro de 1532 (67 anos)
Nacionalidade português
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Henrique Soares de Coimbra O.F.M. (Coimbra, c., — Olivença, 14 de setembro de 1532) foi um frade e bispo português. Célebre missionário na Índia e na África, viajou na frota de Pedro Álvares Cabral em 1500. No Brasil é conhecido por ter celebrado a primeira missa no país, em 26 de Abril de 1500.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Frei Henrique de Coimbra no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa

D. Frei Henrique de Coimbra foi confessor de D. João II e do Convento de Jesus de Setúbal. Foi observante em Alenquer, no primeiro Convento Franciscano de Portugal. Na expedição de Pedro Álvares Cabral, Henrique de Coimbra dirigia um grupo de religiosos destinados às missões do Oriente. Já em Calecute, após o descobrimento do Brasil e a viagem até à Índia, cinco dos oito religiosos foram mortos no recontro com muçulmanos, na sequência da traição do samorim. Face ao fracasso da missão, Henrique de Coimbra regressou a Portugal.

D. Manuel I escolheu-o então para bispo de Ceuta Primaz da África e Administrador Apostólico de Valença, cuja confirmação foi dada pelo papa Júlio II a 30 de Janeiro de 1506.

Em 1512 celebrou um acordo com o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, que levou à inclusão de Olivença no território do bispado de Ceuta. E foi em Olivença que estabeleceu a sede do seu bispado. Nesta localidade, Henrique de Coimbra construiu os paços episcopais, o tribunal e o aljube, para além da igreja de Santa Maria Madalena, que serviu como sé catedral e é "um dos espécimes mais nobres e mais puros do estilo manuelino" (Reinaldo dos Santos, O Manuelino). Seria neste templo que os restos mortais de Henrique de Coimbra seriam conservados.

Usou por Armas, como se vê no Livro do Armeiro Mor de 1509: de púrpura, um cordeiro passante de prata e um cordão de São Francisco do mesmo, posto em orla, o que parece modificação das Armas do próprio apelido, certamente por intenção religiosa.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Afonso Eduardo Martins Zúquete (1987). Armorial Lusitano 3.ª ed. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 170 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Dom Diogo Ortiz de Vilhegas

Bispo de Ceuta

1506 — 1532
Sucedido por
Dom Diogo da Silva O.F.M.
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