Heterotaxis equitans

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Cymbidieae
Subtribo: Maxillariinae
Género: Heterotaxis
Espécie: H. equitans
Nome binomial
Heterotaxis equitans
(Schltr.) Ojeda & Carnevali, 2005
Distribuição geográfica

Sinônimos
ver texto

A Heterotaxis equitans é uma espécie de orquídea que floresce diversas vezes ao ano, durante o verão e outono, e sempre causa surpresa quando é vista pela primeira vez pois apresenta cores diferentes das geralmente encontradas entre estas plantas. Como sua vegetação é única, quem a viu uma vez nunca esquece. Pode reconhecê-la sempre, mesmo quando sem flores. Apesar de não apresentar flores grandes, desperta grande interesse entre os colecionadores de orquídeas.[1]

Publicação da espécie: Heterotaxis equitans (Schltr.) Ojeda & Carnevali, Novon 15: 580 (2005).

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Do latim equitante, uma referência às folhas equitantes desta espécie. Equitante é um termo botânico que se utiliza para folhas que se sobrepõem junto à base, uma após a outra.

Sinônimos[editar | editar código-fonte]

Homotípicos[editar | editar código-fonte]

  • Camaridium equitans Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 7: 176 (1920).
Marsupiaria equitans (Schltr.) Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 2: 71 (1947).
Maxillaria equitans (Schltr.) Garay, Bot. Mus. Leafl. 18: 208 (1958).

Heterotípicos[editar | editar código-fonte]

  • Camaridium vandiforme Schltr., Beih. Bot. Centralbl. 42(2): 137 (1925).
Maxillaria vandiformis (Schltr.) C.Schweinf., Bot. Mus. Leafl. 11: 291 (1945).
Marsupiaria vandiformis (Schltr.) Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 2: 71 (1947).
  • Maxillaria matogrossensis Brade, Arq. Serv. Florest. 1(1): 46 (1939).
Marsupiaria matogrossensis (Brade) Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 2: 71 (1947).

Distribuição[editar | editar código-fonte]

  • Brasil: MT, AM.
  • América do Sul: Venezuela, Colombia, Equador, Peru.

Nota: O mapa de dispersão apresentado aqui reflete apenas os registros oficiais dos herbários do Brasil entretanto esta espécie pode existir em outros estados da Planície Amazônica desde que esta não apresenta barreiras climáticas ou geográficas importantes.

Habitat e hábito[editar | editar código-fonte]

Heterotaxis equitans - flor.
Heterotaxis equitans - vista inferior da flor.
Heterotaxis equitans - inflorescência.
Heterotaxis equitans - morfologia da planta.
Heterotaxis equitans - morfologia da planta onde se podem ver as folhas equitantes.

É planta epífita de porte médio e crescimento monopodial cespitoso, comumente crescendo sobre o cajazeiros da Floresta Amazônica, às margens dos igarapés.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Seu rizoma é nodular, com pouca quantidade de raízes emergindo apenas da base dos caules e rizoma. Não apresenta pseudobulbos, aqui substituídos por caules multifoliados ascendentes vandiformes, inicialmente eretos, mais tarde pendentes, os quais ocasionalmente bifurcam.

As folhas são chatas, alternantes, articuladas na base, coriáceas, rígidas, muito duradouras, medindo até 30 cm de comprimento por 2 cm de largura.

As inflorescências são solitárias, eretas ou levemente arqueadas, emergem da base das articulações foliares em pouca quantidade, medem até 4 cm de comprimento. As flores têm as sépalas e pétalas variando desde branco até amarelo pálido e labelo roxo escuro.

A sépala dorsal fica tombada sobre a coluna medindo até 1,5 cm de comprimento por 0,5 cm de largura. As sépalas laterais são do mesmo tamanho da dorsal mas abrem-se bastante dando à flor um aspécto triangular. As pétalas, acompanham a coluna lateralmente, são levemente menores que as sépalas.

O labelo mede até 1,4 cm de comprimento por 0,4 cm de largura, é levemente trilobado com uma calosidade longitudinal mediana até quase o final da linha dos lobos laterais, roxa brilhante e outra próxima da extremidade. Os lobos laterais são erguidos e o lobo distal obscuramente quadrangular quando distendido. A coluna, de tonalidade branca, mede 0,8 cm de comprimento (incluída a antera), abriga quatro políneas ovóides.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Originalmente descrita por Schlechter, em 1920, com o nome de Camaridium equitans, em 1958 foi transferida por Garay para o gênero Maxillaria, recebendo então o nome Maxillaria equitans, pelo qual ainda é amplamente conhecida dos colecionadores de orquídeas, entretanto, a taxonomia moderna recomenda sua classificação no gênero Heterotaxis.

Cultivo[editar | editar código-fonte]

Varia conforme as condições do local onde está sendo cultivada. Recomenda-se perguntar a orquidófilos que tenham êxito cultivando esta espécie em local próximo ou que reproduzam as mesmas condições presentes em sua estufa ou orquidário.

Referências

  1. «Heterotaxis equitans — World Flora Online». www.worldfloraonline.org. Consultado em 19 de agosto de 2020 
  • Isidro Ojeda, Germán Carnevali Fernández-Concha & Gustavo A. Romero-González; New Species and Combinations in Heterotaxis Lindley (Orchidaceae: Maxillariinae) - Novon: A Journal for Botanical Nomenclature, Volume 15, Issue 4, pp. 572–582 (Dezembro 2005).
  • W. Mark Whitten, Mario A. Blanco, Norris H. Williams, Samantha Koehler, Germán Carnevali, Rodrigo B. Singer, Lorena Endara and Kurt M. Neubig - Molecular phylogenetics of Maxillaria and related genera (Orchidaceae: Cymbidieae) based on combined molecular data sets (2007).
  • F.C. Hoehne, Flora Brasílica, Vol XII, VII. Secretaria de Agricultura, São Paulo (1953).
  • Pabst G. F.J. & Dungs F., Orchidaceae Brasilienses vol. 2, Brücke-Verlag Kurt Schmersow, Hildsheim., Germany (1977).
  • R. Govaerts, D. Holland Baptista (Brazil), M.A. Campacci (Brazil), P.Cribb (K.), World Checklist of Orchidaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew (2008). «Published on the Internet» (em inglês) .
  • Brako, L. & J. L. Zarucchi, Catalogue of the Flowering Plants and Gymnosperms of Peru, Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, 45: i-xl, 1-1286 (1993).
  • Dodson, C. H., Oliveriana, Native Ecuadorian Orchids, 3: 433-651 (2002).
  • Jørgensen, P. M. & S. León-Yánez (eds.), Catalogue of the vascular plants of Ecuador, Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, 75: i-viii, 1-1182 (1999).
  • Steyermark, J. et al., Flora of the Venezuelan Guayana Project (1995).
  • Vásquez Ch., R. & C. H. Dodson, Orchids of Bolivia, Ícones Plantarum Tropicarum, Fasc. 6: 501-600 (1982).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Heterotaxis

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Referências[editar | editar código-fonte]