Hidrolipoclasia-ultrassônica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Hidrolipoclasia-ultrassônica (HLCUS) é um procedimento para eliminar gordura localizada criado pelo médico italiano Maurizio Ceccarelli, surgindo como alternativa à lipoaspiração.[1] A Hidrolipoclasia Ultrassônica, também conhecida como Hidrolipoclasia Não Aspirativa, é um procedimento minimamente invasivo destinado a reduzir a gordura localizada através da quebra de tecido adiposo. O processo envolve a injeção de uma solução isotônica, como o soro fisiológico, diretamente no tecido subcutâneo, seguido pela aplicação do ultrassom que potencializa a quebra da gordura. Este procedimento é uma alternativa para pessoas que desejam reduzir a gordura localizada sem recorrer a procedimentos mais invasivos como a lipoaspiração.

Ficheiro:Tratamento Ultrassom.jpg
Hidrolipoclasia Ultrassônica

A Hidrolipoclasia Ultrassônica é um procedimento minimamente invasivo destinado a reduzir a gordura localizada através da quebra de tecido adiposo. O processo começa com a injeção de uma solução, que pode ser hipotônica ou isotônica, diretamente no tecido subcutâneo, onde a gordura está localizada. A solução hipotônica é uma combinação de água destilada e/ou soro fisiológico, que tem uma menor concentração de solutos em comparação com as células de gordura, o que promove a entrada de água nessas células e facilita a sua quebra.

A solução isotônica, como o soro fisiológico, é frequentemente usada em procedimentos médicos e estéticos, incluindo a Hidrolipoclasia Não Aspirativa, devido ao seu baixo risco de efeitos adversos. Isso ocorre porque a solução isotônica tem a mesma concentração de solutos que as células do corpo, o que minimiza o risco de danos celulares. Quando a solução isotônica é injetada no tecido adiposo durante a hidrolipoclasia, ela é absorvida pelas células de gordura, tornando a membrana dessas células mais suscetível à ruptura sob as vibrações das ondas ultrassônicas. Isso facilita a quebra das células de gordura, ajudando a reduzir a gordura localizada.


A quantidade de solução isotônica usada no procedimento depende da quantidade de gordura na área a ser tratada e dos objetivos do paciente. O profissional de saúde responsável pelo procedimento determinará a quantidade ideal de solução a ser injetada, com base em uma avaliação minuciosa do paciente.


Depois da aplicação da solução, o ultrassom é utilizado na região que será tratada, com o objetivo de potencializar a desintegração da gordura, sendo um passo essencial no procedimento de Hidrolipoclasia. Ele funciona através de um dispositivo chamado transdutor piezoelétrico, este dispositivo converte energia elétrica em ondas de ultrassom e vice-versa. É alimentado por uma corrente alternada de alta frequência e pode ser ajustado para produzir diferentes modos de ondas de ultrassom, seja contínuo ou pulsado. No contexto terapêutico, como na Hidrolipoclasia, as frequências de ultrassom mais comumente usadas são 1 MHz e 3 MHz.[2]


Vale ressaltar que, apesar da hidrolipoclasia ser um procedimento minimamente invasivo, deve ser conduzido por um profissional com qualificação adequada na área da saúde.

Áreas tratadas[editar | editar código-fonte]

Papada, Abdomen, Flancos, Culote, Parte interna de coxa, Embaixo do glúteo (famosa bananinha), Costas.[3]

Contraindicações[editar | editar código-fonte]

O procedimento possui algumas contraindicações, incluindo: gestantes, lactantes, indivíduos com lesões cutâneas na região a ser tratada, portadores de doenças crônicas não controladas como hipertensão e hipertireoidismo, pessoas com infecções de pele próximas ao local do tratamento, pacientes com diabetes descompensada, dislipidemias, disfunções renais, histórico de AVC, e aqueles que possuem dispositivos eletrônicos implantados, como marcapasso cardíaco.

O que é gordura localizada?[editar | editar código-fonte]

A gordura localizada é caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões do corpo, tais como abdômen, cintura, coxas, quadris e braços. Frequentemente, a gordura nessas áreas mostra-se resistente à eliminação, mesmo com a adoção de dietas e prática regular de exercícios físicos. Tal resistência deve-se a uma combinação de fatores genéticos, hormonais e metabólicos que contribuem para uma distribuição desigual de gordura no corpo.[4]

Referências

  1. Fonseca, BelchiolinaB; Godoy, FúlvioB; Levenhagen, MarceloA; Melo, RobertaT; Franco, MarianeA; Beletti, MarceloE (2011). «Structural changes of fat tissue after nonaspirative ultrasonic hydrolipoclasy». Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery. 4 (2): 105–10. PMC 3183714Acessível livremente. PMID 21976901. doi:10.4103/0974-2077.85025 
  2. Portal UNISEPE. «HIDROLIPOCLASIA – REVISÃO DE LITERATURA» (PDF). Revista Saúde em Foco 
  3. «HIDROLIPOCLASIA NÃO ASPIRATIVA | Clínica Rosa Azul | SP». Clínica Rosa Azul. Consultado em 12 de julho de 2023 
  4. «Como Eliminar a Gordura Localizada e Alcançar o Corpo dos Sonhos». Clínica Rosa Azul. 30 de junho de 2023. Consultado em 12 de julho de 2023 

«Como Eliminar a Gordura Localizada e Alcançar o Corpo dos Sonhos». Clínica Rosa Azul. 30 de junho de 2023. Consultado em 12 de julho de 2023;

«HIDROLIPOCLASIA NÃO ASPIRATIVA». Clínica Rosa Azul. Consultado em 12 de julho de 2023;

Portal UNISEPE. «HIDROLIPOCLASIA – REVISÃO DE LITERATURA» (PDF). Revista Saúde em Foco

Ícone de esboço Este artigo sobre medicina é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.