Higino Cunha

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Higino Cunha
Nascimento Timon
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação escritor, advogado

Higino Cícero da Cunha (São José das Cajazeiras, 11 de janeiro de 1858Teresina, 16 de novembro de 1943) foi um escritor, jornalista, advogado e político brasileiro.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no sítio Bacuri, no município maranhense de São José das Cajazeiras, atualmente Timon, bem próximo a Teresina, capital do Piauí.

Iniciou os estudos na casa paterna, orientado pelos irmãos mais velhos. Aos 12 anos mudou-se para Teresina para estudar e trabalhar no comércio. Aos vinte anos de idade, foi continuar os estudos em São Luís, onde realizou os preparatórios para o curso jurídico, entre 1878 e 1880.[3] Em 1881 ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Durante o curso colaborou no jornal pernambucano Folha do Norte. Diplomado em 1885, retornou ao Piauí, dando início à sua trajetória política.[1]

Após a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca em 23 de novembro de 1891, o governador do Piauí Gabriel Luís Ferreira foi deposto em 21 de dezembro mesmo ano, sendo substituído por uma junta governativa presidida pelo tenente-coronel João Domingos Ramos, e da qual fez parte Higino Cunha juntamente com Clodoaldo Freitas, José Eusébio de Carvalho Oliveira, Elias Firmino de Sousa Martins e José Pereira Lopes, até 29 de dezembro, quando João Domingos Ramos assumiu sozinho o governo do estado.[1]

Em 1895 mudou-se para o Amazonas, onde trabalhou como advogado e jornalista, colaborando com os jornais A Federação e O Estado do Amazonas. No ano seguinte, em razão de desentendimentos políticos com o governador Fileto Pires Ferreira, retornou ao Piauí e tornou-se juiz de direito na cidade de Itamarati no estado do Piauí.[1]

Foi um dos fundadores da Academia Piauiense de Letras,[4] e o primeiro ocupante da cadeira nº 7, cujo patrono era Anísio Auto de Abreu.[5] Presidiu a academia por dois períodos: de 1919 a 1924, em sucessão a Clodoaldo Freitas, e no período de 1929 a 1943, somando cerca de vinte anos.[3] Em 1918 foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí.

Foi também professor do Liceu Piauiense, da Escola Normal e da Faculdade de Direito do Piauí. Como jornalista colaborou no Diário do Piauí, A Democracia, Correio de Teresina, Gazeta do Comércio e A República. também procurador dos feitos da Fazenda estadual, cargo no qual se aposentou em 1925.[1]

É autor das seguintes obras: Pro Veritate (1883), Asineide (1897), O idealismo filosófico e o ideal artístico (1913), Discursos acadêmicos (1921), O teatro em Teresina (1923), O ensino normalista no Piauí (1923), Histórias das rebeliões no Piauí (1924), Os revolucionários no Sul do Brasil (1926), O assassínio do juiz federal (1928), A defesa do professor Leopoldo Cunha (1934), A Igreja Católica e a nova constituição da República (1934) e Memórias: traços autobiográficos (1940).[1]

Referências