História da animação

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A história da animação começa com os primeiros momentos do cinema mudo e continua até os dias de hoje.

O primeiro desenho animado é um curta metragem de Émile Reynaud, que criou o praxinoscópio, sistema de animação de 12 imagens, e filmes de aproximadamente 500 a 600 imagens, projetados no seu próprio théatre optique, sistema próximo do moderno projetor de filme, no Musée Grévin em Paris, França, em 28 de outubro de 1892.[1] Apesar do sucesso dos filmes de Reynaud, demorou algum tempo até que a animação fosse adaptada na indústria cinematográfica. O pioneiro do cinema Georges Méliès, ocasionalmente usou animações de objetos em seus filmes.[1]

O primeiro desenho animado em um projetor de filmes moderno foi Fantasmagorie, do diretor francês Émile Courtet (também chamado de Émile Cohl),[1] projetado pela primeira vez em 17 de Agosto de 1908 no Théâtre du Gymnase, em Paris. Courtet foi à cidade de Fort Lee em 1912, onde trabalhou para o estúdio francês Éclair e espalhou sua técnica pelos Estados Unidos.

O primeiro longa-metragem animado foi El Apóstol, (1917) do argentino Quirino Cristiani, mostrado na Argentina. O segundo filme de animação foi As Aventuras do Príncipe Achmed (1926), da alemã Lotte Reiniger e do franco-húngaro Berthold Bartosch.

Animação nas Américas[editar | editar código-fonte]

História da animação brasileira[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Animação no Brasil

A história da animação no Brasil é relativamente recente. Na primeira metade do século XX foram produzidas algumas pequenas experiências em animação sem muita continuidade, como as realizadas por Eugênio Fonseca Filho.

Na década de 1950 o panorama começa a se alterar, o primeiro longa-metragem de animação feito no País foi Sinfonia Amazônica, produzido por Anélio Lattini Filho em 1953. Filmado em preto e branco, demorou 6 anos para ser concluído pois foi realizado unicamente por Anélio Lattini, sem a ajuda de nenhum outro desenhista. Durante os anos de 1960 a animação passa a ter presença regular na publicidade e surgem os primeiros profissionais da área.

Existem divergências sobre qual seria o primeiro longa-metragem colorido de animação produzido no país. Piconzé estreou nos cinemas em 1973, feito pelo japonês Ypê Nakashima (1926-1974), que imigrou para o Brasil em 1956 e trabalhou com animação publicitária. No Japão, Ypê Nakashima foi chargista e trabalhou em jornais como Mainichi Shimbun, Yomiuri Shimbun e Asahi Shimbun.

No Rio de Janeiro, em 1965 o desenhista Wilson Pinto animou e dirigiu o primeiro curta metragem em cores do Brasil, em parceria com Wanda Latini, irmã de Anélio Latini. Encomendado pela Petrobrás, "Um Rei Fabuloso" narrava a história do petróleo e foi exibido por décadas em escolas públicas de todo o país. Wilson Pinto continuou trabalhando com animação em publicidade como nas campanhas da ESSO, com a famosa Gotinha da Esso.

"Presente de Natal", produzido pelo amazonense Álvaro Henrique Gonçalves sem incentivo de qualquer empresa, governo ou assistentes. Álvaro começou a produzi-la em 1965, e o mais interessante é que, além de criar tudo sozinho, ele ainda construiu a máquina de projeção e sonorização. Álvaro finalizou o fotograma número 140 000 em 1971, levou a animação finalizada em 35mm a um produtor paulista e fracassou, voltou para Manaus onde foi exibido e teve grande repercussão no Brasil, que assim reconheceu o trabalho do artista, que também era advogado.[2]

O estúdio NBR Filmes, do animador Clóvis Vieira produziu o primeiro longa-metragem de animação produzido inteiramente em computação gráfica do Brasil, Cassiopéia, em 1996.

História da animação canadense[editar | editar código-fonte]

  • Primeiros trabalhos.
  • Contribuição do departamento de animação do National Film Board of Canada.
  • Primeiras produções comerciais.
  • Contribuições de gravações de atores de voz Canadenses.
  • Os anos 1980 - crescimento da maior companhia indígena.

História da animação cubana[editar | editar código-fonte]

História da animação estadunidense[editar | editar código-fonte]

A Animação estadunidense é divida em períodos:

Cinema Mudo (Década de 1900 - Década de 1920)[editar | editar código-fonte]

Era de Ouro (Década de 1920 - Década de 1960)[editar | editar código-fonte]

  • A dominância de Walt Disney em toda a década de 1930, por meio de animações revolucionárias: Silly Symphonies, Mickey Mouse e Pato Donald.
  • A ascensão da Warner Bros. e da MGM.
  • Fleischer Studios lança Betty Boop e Popeye.
  • Branca de Neve e os Sete Anões marca o início da "Era de Ouro" na Disney.
  • 1938:. Chad Groskopf cria animação experimental de oito minutos Willie the Worm, citado como o primeiro filme de animação criado para a televisão.
  • A saída do realismo e o surgimento da United Productions of America (UPA).

Era da Televisão (Década de 1960 - Meados da década de 1980)[editar | editar código-fonte]

  • O aparecimento das séries animada para a televisão da Hanna-Barbera Productions.
  • O declínio de animações para os cinemas.
  • As tentativas de reviver filmes de animação na década de 1960.
  • A ascensão de animação para adultos no início de 1970.
  • A investida de desenhos animados comerciais na década de 1980.

Era Moderna (Meados da década 1980 - atualmente)[editar | editar código-fonte]

Europa[editar | editar código-fonte]

História da animação francesa[editar | editar código-fonte]

O primeiro desenho animado (1908), e a maioria das técnicas de animação: (transformação) (1909), animação com fantoches e desenho animado colorido (1910), pixilation (1911), primeiras séries animadas (Le chien Flambeau, 1917).

História da animação alemã[editar | editar código-fonte]

- 1918 -1925, Trabalho de Lotte Reiniger

Pioneira da animação de silhuetas. Seus diversos trabalhos no campo da ilustração com técnica de paper cutting tornaram-se conhecidos publicamente através de suas ilustrações de livros. Menos conhecida é a sua grande contribuição para o desenvolvimento de uma terceira técnica, a do teatro de sombras.

Reiniger fez mais de 40 filmes ao longo de sua carreira, todos eles usando a sua própria técnica.[1] Seus  filmes mais conhecidos são As Aventuras do Príncipe Achmed (1926) – o mais antigo longa-metragem de animação sobrevivente – lançado mais de 10 anos antes do longa-metragem de Walt Disney Branca de Neve e os Sete Anões (1937) – e Papageno (1935), com músicas de Mozart. Reiniger também é conhecida pela elaboração de uma precursora à primeira câmera multiplano.[2]

História da animação italiana[editar | editar código-fonte]

História da animação portuguesa[editar | editar código-fonte]

História da animação russa[editar | editar código-fonte]

  • 1911-1913 Vladislav A. Starevitch (ou Ladislaw Starewicz) cria animação com volume.
  • Animação soviética.[3]

História da animação na antiga Croacia[editar | editar código-fonte]

Ásia[editar | editar código-fonte]

História da animação chinesa[editar | editar código-fonte]

História da animação japonesa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História dos animes

Cerca de 1915: Descoberto em Quioto em 2005, o primeiro filme de animação japonesa conhecida é Katsudō Shashin (Imagens em Movimento), que descreve um urso vestindo um uniforme de marinheiro executando uma saudação ao fim do mundo. O filme, sem data é considerado um dos primeiros exemplos de animação japonesa. [4]

Referências

  1. a b c A evolução da animação
  2. FERREIRA, Evaldo. O Primeiro Desenho Animado Colorido do Brasil. Revista Cinemin da Ebal, Rio de Janeiro, v. 18, p. 10- 11, set. 1985.
  3. Desenho animado russo: filosofia adulta para crianças
  4. «日本最古?明治時代のアニメフィルム、京都で発見» (em japonês). China People's Daily Online (Japanese Edition). 1 de agosto de 2005. Consultado em 5 de março de 2007