Palácio Hotel do Buçaco

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Palácio Hotel do Buçaco
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Localização
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Palácio Hotel do Buçaco.
Palácio Hotel do Buçaco.
Palácio Hotel do Buçaco: pormenor da fachada.

O Palácio Hotel do Buçaco, também designado por Palace Hotel do Buçaco e Palacete Hotel do Buçaco, localiza-se na Mata Nacional do Buçaco, freguesia do Luso, município da Mealhada, distrito de Aveiro, em Portugal.[1]

Considerado como o último legado dos reis de Portugal constitui-se em um conjunto arquitectónico, botânico e paisagístico único na Europa, onde está instalado atualmente o Palace Hotel do Bussaco, categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo.

O Palace Hotel do Buçaco está classificado como Monumento Nacional desde 2018.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O edifício foi projetado no último quartel do século XIX pelo arquiteto italiano Luigi Manini, cenógrafo do Teatro Nacional de São Carlos. Contou ainda com intervenções, em diferentes fases, dos arquitetos Nicola Bigaglia, Manuel Joaquim Norte Júnior e José Alexandre Soares.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996.

Características[editar | editar código-fonte]

O edifício do atual hotel, em estilo neomanuelino, está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes.

A estrutura exibe perfis da Torre de Belém lavrados em pedra de Ançã, motivos do claustro do Mosteiro dos Jerónimos, alguns arabescos e florescências do Convento de Cristo, alegando um gótico florido com episódios românticos em contraste com uma austera severidade monacal.

Em seu interior destacam-se notáveis obras de arte de grandes mestres portugueses da época, desde a colecção de painéis de azulejos do mestre Jorge Colaço, evocando Os Lusíadas, os Autos de Gil Vicente e a Guerra Peninsular, graciosas esculturas de António Gonçalves e de Costa Mota, telas de João Vaz ilustrando versos da epopeia marítima de Luís Vaz de Camões, frescos de António Ramalho e pinturas de Carlos Reis. O mobiliário inclui peças portuguesas, indo-portuguesas e chinesas, realçadas por faustosas tapeçarias. Destaque ainda para o tecto mourisco, o notável soalho executado com madeiras exóticas e a galeria real.

Os jardins e parque envolvente, o Convento de Santa Cruz do Buçaco, o Deserto monacal, o Sacromonte simbolizando Jerusalém e a paixão de Cristo, com os seus passos da Via Sacra, a Cruz Alta, as inúmeras ermidas e capelas, constituem o mais vasto conjunto arquitectónico edificado pela Ordem dos Carmelitas Descalços; o Vale dos Fetos e seus lagos, a Fonte Fria com a cascata artificial, de forte influência italiana pela mão de Maria Pia, e os miradouros românticos, são outras atrações.

Complementarmente, o Museu Militar do Buçaco convida a uma incursão no historial da Guerra Peninsular, com destaque para a batalha do Buçaco na qual, em 1810, as tropas anglo-lusas lideradas pelo Duque de Wellington derrotaram o exército napoleónico.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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