Hurdia

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaHurdia
Ocorrência: Cambriano

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
(sem classif.) Unikonta
Opisthokonta
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
(sem classif.) Bilateria
Protostomia
Superfilo: Ecdysozoa
(sem classif.) Panarthropoda
Filo: Lobopodia
Classe: Dinocarida
Ordem: Radiodonta
Família: Anomalocaridae
Género: Hurdia
Espécies
Hurdia victoria

Hurdia foi um gênero da família Anomalocaridae que viveu durante o período Cambriano. Esse animal esta relacionado com o Anomalocaris.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Hurdia foi um dos principais organismos do oceano Cambriano, chegando a medir aproximadamente 20 cm de comprimento.[1] Sua cabeça tinha um par de apêndices espinhosos, que ajudavam a transportas os alimentos a sua boca, que parecia um pedaço de abacaxi. Possuíam uma protuberância pontiaguda oca na parte superior de sua cabeça. A função desse órgão permanece desconhecida, uma vez que não poderia ser uma proteção pois não havia tecido mole subjacente.[2] Tinham lóbulos ao longo das laterais do tronco, dos quais se suspenderam suas grandes brânquias.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Hurdia era um predador, ou possivelmente um ser necrófago. Seus apêndices eram mais frágeis que o dos Anomalocaris, sugerindo que ele se alimentava de animais menos robustos. Distribuiu-se de forma cosmopolita; seus fósseis foram encontrados no Folhelho Burgess, assim como em sítios dos EUA, China e Europa.[1]

História taxonômica[editar | editar código-fonte]

Hurdia foi descrito pela primeira vez a partir de fósseis encontrados pelo paleontólogo americano Charles Doolittle Walcott em 1909,[3] enquanto fazia uma catalogação do Folhelho Burgess. No entanto, ele pensou equivocadamente que as várias partes do corpo pertenciam a criaturas diferentes, o que levou a serem classificadas várias vezes incorretamente como uma espécie de água-viva, pepino do mar ou seu parente próximo Anomalocaris.[carece de fontes?]

No final de 1990, o curador do Museu Real de Ontário, Desmond H. Collins ligou os elementos do animal, apresentando suas ideias em artigos informais,[4][5] porém, só em 2009, após três anos de árdua pesquisa, que o organismo foi completamente reconstruído.[1][6][7][8]

69 espécimes de Hurdia são conhecidos do Canteiro Filópode, onde eles compreenderam 0,13% da comunidade.[9]

Referências

  1. a b c d Daley, C.; Budd, E.; Caron, B.; Edgecombe, D.; Collins, D.; Graham E. Budd,1 Jean-Bernard Caron,2 Gregory D. Edgecombe,3 Desmond Collins (Mar 2009). "The Burgess Shale Anomalocaridid Hurdia and its Significance for Early Euarthropod Evolution". Science 323 (5921): 1597–1600. doi:10.1126/science.1169514. ISSN 0036-8075. PMID 19299617.
  2. «ROM collections reveal 500 million-year-old monster predator» (Nota de imprensa). Royal Ontario Museum. 20 de março de 2009 
  3. Probably named for Mount Hurd nearby, itself commemorating Major Hurd, a Canadian Pacific Railway engineer and explorer.
  4. D. Collins, in North American Paleontological Convention, Chicago, Abstracts with Programs, S. Lidgard, P. R. Crane, Eds. (The Paleontological Society, Special Publication 6, Chicago, IL, 1992), p. 66, 11.
  5. D. Collins (1999). Rotunda. 32: 25 
  6. Fossil fragments reveal 500-million-year-old monster predator.
  7. New animal discovered by Canadian researcher.
  8. Scientists identify T-Rex of the sea
  9. Dzik, J.; Lendzion, K. (1988), «The Oldest Arthropods of the East European Platform.», Lethaia, 21: 29–38