Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia

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Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria
Teodoro II
Teodoro II

Brasão do Patriarcado
Fundador São Pedro e São Paulo Apóstolo
Independência Período Apostólico
Reconhecimento Ortodoxo
Primaz João X de Antioquia
Sede Primaz Damasco, Síria Síria
Território Síria Síria, Líbano, Irã Irão,  Iraque, Kuwait,  Emirados Árabes Unidos,  Bahrein, Omã Omã,  Catar, partes da  Turquia
Posses América, Europa,  Austrália, Predefinição:NZE, parte da Igreja do Santo Sepulcro
Língua Grego koiné, árabe, inglês, francês, português, espanhol
Adeptos 1,5 milhões no Oriente Médio, grande número na diáspora
Site www.antiochpatriarchate.com

A Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia (em grego: Πατριαρχεῖον Ἀντιοχείας, Patriarcheîon Antiocheías; em árabe: بطريركية أنطاكية وسائر المشرق للروم الأرثوذكس, Baṭriyarkiyya Anṭākiya wa-Sāʾir al-Mashriq li'l-Rūm al-Urthūdhuks) é uma igreja cristã ortodoxa grega autocéfala, parte da comunhão do cristianismo ortodoxo. Chama-se Ortodoxia ao grupo de igrejas orientais cristãs que aceitam somente os primeiros sete concílios ecumênicos. Encabeçada pelo patriarca ortodoxo grego de Antioquia, considera-se a sucessora da comunidade cristã fundada em Antioquia pelos apóstolos Pedro e Paulo.

História

Outros reclamantes da Sé de Antioquia : Igreja de Antioquia

A Igreja de Antioquia data do período apostólico, a tradição localizando sua fundação no ano de 34, por São Pedro e São Paulo Apóstolo. Extensamente citada nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas paulinas, na cidade de Antioquia é descrita por São Lucas, ele mesmo membro da comunidade, a primeira vez em que os discípulos de Cristo foram chamados cristãos.[1] A Igreja se tornou um grande centro da Cristandade, com seu patriarca São Serapião de Antioquia, já pelo fim do século II, sendo registrado exercendo poderes fora da Síria (província romana), intervindo em Roso (na Cilícia) e em Edessa (fora do Império Romano).

No começo da era cristã, a comunidade de Antioquia sofreu com muita divisão. Após a eleição de São Melécio, cuja posição cristológica se encontra até hoje ambígua, o Patriarcado se dividiu entre seus sucessores semi-nicenos sem comunhão com Alexandria e Roma, os nicenos estritos seguidores de Eustácio em comunhão com ambas as sés, os arianistas apoiados pelo imperador Valente e os seguidores de Apolinário de Laodiceia. Pouco depois a reunificação destes grupos em conflito, seguiu-se uma alternância entre patriarcas diofisitas (que seriam apoiados pelo Concílio de Calcedônia em 451) e miafisistas. A disputa se agravou depois da escolha do influente miafisista Severo de Antioquia pelo imperador Anastácio I Dicoro em 512. Seis anos depois, Justino I assumiu o império, depôs Severo e elegeu Paulo. Severo, no entanto, liderou um cisma, dando origem à Igreja Ortodoxa Síria, enquanto os sucessores de Paulo permaneceriam como a Igreja Ortodoxa Grega de Alexandria.

Durante o reinado de Justiniano, a importância da Sé de Antioquia foi relevada com a inclusão dela na Pentarquia, estrutura de governo da Igreja Cristã que perdura até o Grande Cisma de 1054, quando Antioquia, junto às outras sés orientais, separa-se de Roma. Em 1386, como consequência da invasão de Antioquia, hoje Antakya, na Turquia, pelo Império Otomano em 1268, a Sé se mudou para Damasco, na Síria, onde permanece até hoje.

No Brasil

O Brasil tem seu próprio metropolita ortodoxo antioquino, Dom Damaskinos Mansour, nascido em Damasco, na Síria. A Arquidiocese Ortodoxa Antioquina de São Paulo e todo o Brasil é sediada na Catedral Metropolitana Ortodoxa, em São Paulo, mas também possui paróquias espalhadas pelo resto do estado e por Goiás, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco, mais o Distrito Federal. Há um Vicariato Patriarcal no Rio de Janeiro, isto é, uma paróquia ligada diretamente ao Patriarca, isto é, não à arquidiocese brasileira.

A primeira missa ortodoxa na América do Sul foi celebrada em São Paulo pelo Padre Mussa Abi Haidar com fiéis antioquinos de origem síria e libanesa em salão devidamente adaptado em 1897. Deste grupo viriam a primeira igreja ortodoxa no subcontinente, a Igreja de Nossa Senhora, sete anos mais tarde, e, em 1922, um bispo para o Brasil, o Bispo Michael Chehade. Em 1958, Dom Ignatios Ferzli assumiria o posto de Metropolita do Brasil, que manteria até sua morte em 1997, quando é ordenado Dom Mansour.[2]

Patriarcas

Ver também

Referências

Ligações externas