Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Torrão)

Igreja de Nossa Senhora da Assunção
	Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Torrão)Parte da fachada Sul e torre sineira ; da Igreja Matriz do Torrão, no Torrão
Tipo	igreja; património cultural;
Religião	Igreja Católica
Diocese	Arquidiocese de Évora, Diocese de Beja
Património Nacional
DGPC	73703
SIPA	5618
Geografia
País	Portugal
Região	Alentejo Litoral
Coordenadas	38° 17' 46" N 8° 13' 47" O
	Notas: Imóvel de Interesse Público; (1933)

Coordenadas: 38° 17' 45" N, 8° 13' 48" O

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, ou Igreja Paroquial do Torrão, é a Igreja Matriz da vila do Torrão, no Município de Alcácer do Sal, no Distrito de Setúbal.^[1]

Na paróquia do Torrão, pertencente à Arquidiocese de Évora, neste espaço ainda se realizam eucaristias.^[2]

O edifício está, desde 1933, classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP).^[3]

Durante quase 80 anos, foi o único edifício na freguesia torranense com este tipo de classificação mas em 2012 a Igreja e Convento de São Francisco e a Ermida de Nossa Senhora do Bom Sucesso foram classificadas de Monumento de Interesse Público (MIP). A estas seguiriram-se, em 2013, a Ermida de São João dos Azinhais (MIP) e o Monte da Tumba, neste caso com a classificação de Sítio de Interesse Público (SIP).^[4]^[5]^[6]^[7]

História[editar | editar código-fonte]

Sobre esta igreja escreveu Francisco Carneiro de Abreu, à data o prior desta Igreja Matriz, nas Memórias Paroquiais de 1758 aquando das questões sobre a paróquia e o seu orago, referindo a sua semelhança interior com a Igreja de São Nicolau, que tinha sido afectada três anos antes pelo Sismo de Lisboa:

[Torrão] ... Tem Igreja Matrys, e está em hum alto para a parte Poente fora da Villa, junto ao Paço do Gram Mestre Dom Jorge; a que chamão o Castello, hoje aruinado cercado de muro de taipa; [...] Hé o orago da Matrys, Nossa Senhora da Assumpção tem dés altares, o altar mayor bem adornado, a capella grande boa tribuna, hé de naves com colunas, como era a Igreja de Sam Nicolao da cidade de Lisboa. [...] todas tem Irmandades; humas com livro de reçeita e despeza; outras de devoção, ttodas são fundas, e bem pintadas e de abobeda, exçeto [sic] as colatraes, o que tudo se déve ao meu cuidado, e despeza; porque parecia aquella Igreja indecente [...] Hé a ditta Igreja forrada de madeira, estradada com sepulturas divididas, que eu mandei fazer, por ser ladrilhada, e mal hé bastante grande, boa sanchristia, sanchristia do sacramento, ambas de abobeda.
– Francisco Carneiro de Abreu, Prior da Igreja Matriz do Torrão, ANTT, Memórias Paroquiais, vol. 36, nº 68, pp. 595 a 606, Transcrição: Ofélia Sequeira^[8]

No início da década de 1940, aquando de obras da abóbada da capela-mor, o retábulo-mor original foi retirado para fazer parte da Exposição do Mundo Português, ao passo que os azulejos seiscentistas, que revestiam as paredes da nave, foram levados para as Caldas da Rainha para serem aplicados na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.^[9]