ROMI S.A.

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Romi
Razão social ROMI S.A.
Empresa de capital aberto
Slogan Tradição em Inovar
Cotação B3ROMI3
Atividade Bens de capital
Gênero Sociedade anônima
Fundação 1930 (94 anos)
Fundador(es) Américo Emílio Romi
Sede Santa Bárbara d'Oeste, São Paulo,  Brasil
Área(s) servida(s) Em todo o Brasil
Presidente Luiz Cassiano Rando Rosolen
Vice-presidente Fernando Marcos Cassoni
Produtos - Máquinas-ferramenta (Centros de Torneamento, Tornos CNC, Tornos Convencionais, Centros de Usinagem e Mandrilhadoras)

- Máquinas para Processamento de Plásticos

- Peças de ferro fundido cinzento e nodular

Website oficial www.romi.com

ROMI S.A. é uma empresa brasileira fundada em 1930, em Santa Bárbara d'Oeste, no interior do estado de São Paulo, por Américo Emílio Romi, a partir de uma oficina de reparo de automóveis. Seus produtos e serviços são consumidos tanto no mercado nacional quanto no mercado externo.[1], é a maior fabrica deste segmento no mundo. Foi a primeira indústria genuinamente brasileira a instalar linha de produção e conceber um automóvel 100%, o Romi-Isetta, um trator 100% brasileiro chamado "Toro", e o primeiro torno horizontal de ferramentaria 100% nacional, batizado de "Imor", anagrama do nome da própria indústria.

Hoje, é uma empresa de renome internacional, cujos produtos e serviços são consumidos no mercado nacional e exportados para todos os continentes. Fornece para os mais variados setores da indústria, como aeronáutica, defesa, fabricantes e fornecedoras da cadeia automobilística, bens de consumo em geral, máquinas e implementos agrícolas e máquinas e equipamentos industriais, com qualidade, tecnologia e confiabilidade.

É uma Companhia de capital aberto, com ações negociadas na BM&FBovespa.[2], e que produz equipamentos utilizados por empresas dos mais variados setores industriais, como o automotivo, energia, bens de consumo, infraestrutura, máquinas e implentos agrícolas, aeronáutico e de bens de capital, entre outros. No final da década de 1950 e início dos anos 1960 a Romi esteve diretamente envolvida com a produção de automóveis no Brasil, tendo sido a primeira indústria a lançar um automóvel produzido no País, o Romi-Isetta[3].

Histórico[editar | editar código-fonte]

Romi-Isetta, o primeiro automóvel do Brasil.

Em 1930 é fundada a Garage Santa Bárbara, para manutenção de automóveis, e em 1934 é inaugurada a primeira fundição da empresa. Durante os primeiros anos, a Romi disponibiliza vários modelos de implementos agrícolas e, em 1938 adota a denominação de Máquinas Agrícolas Romi Ltda.[4]

Em 1940 constrói uma plaina de mesa para a fabricação de barramentos de tornos. Em 1941 inicia a produção de máquinas operatrizes da marca Imor, com o modelo TP-5. Em 1942 produz 300 tornos do modelo TP-5 e no ano seguinte entrega a milésima unidade desse modelo. Em 1944 produz 1.700 tornos de vários modelos e efetua a primeira operação de exportação para a Argentina.[4] Nesse mesmo ano, passa a ocupar uma nova sede, com 12.000 m². Em 1948 lança o trator Toro, primeiro trator fabricado no Brasil.

No início da década de 1950, após a compra de equipamentos nos Estados Unidos e na Inglaterra, lança novos modelos de tornos, com novos patamares de qualidade e de produtividade. Nesse panorama de crescimento, então, a Romi anuncia em 1955 que produzirá o primeiro carro brasileiro, sob licença da Iso, da Itália, o minicarro Romi-Isetta. O modelo se mostrara um sucesso de vendas na Europa, em especial na Alemanha, onde foi produzido pela BMW. Em 1956, é lançado o Romi-Isetta com produção pretendida de mais de mil unidades por ano. Poucos meses depois, a Vemag lançava a perua F91 Universal, produzida com peças importadas da DKW Alemã.

Em 1961 é encerrada a produção do Romi-Isetta, e em 1962 a denominação da empresa passa para ROMI S.A. Em 1966 é inaugurada uma sede em São Paulo e em 1967, é inaugurada a Rominor, em Recife. Em 1968 é instalado o primeiro computador na Romi, um dos primeiros do Brasil.

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Produtos[editar | editar código-fonte]

Portfólio de produtos é composto por:[4]


  • Máquinas-ferramenta (máquinas e equipamentos para trabalhar metal por arranque de cavaco), em especial Centros de Torneamento, Tornos CNC, Tornos Convencionais, Centros de Usinagem e Mandrilhadoras.
  • Máquinas para Processamento de Plásticos (máquinas e equipamentos para moldar plástico por injeção e por sopro).
  • Peças de ferro fundido cinzento e nodular, fornecidas brutas ou usinadas.

Instalações[editar | editar código-fonte]

Entrada da fábrica da Romi no distrito industrial de Santa Bárbara d'Oeste.

Conta com 13 unidades fabris (11 no Brasil e 2 na Alemanha), que ocupam mais de 170 mil m² de área construída, sendo 5 de montagem final de máquinas industriais, 2 fundições, 3 de usinagem de componentes mecânicos, 2 para fabricação de componentes de chapas de aço e 1 planta para montagem de painéis eletrônicos. A capacidade instalada de produção de máquinas industriais é de aproximadamente 2.900 máquinas/ano e a de fundidos é de aproximadamente 50.000 toneladas/ano.

Fundação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Fundação Romi

A Fundação Romi iniciou seu legado em 1957, em Santa Bárbara d’Oeste, pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi. Tendo como missão promover o desenvolvimento social e humano através da educação e cultura, a Fundação Romi é pioneira na promoção da comunidade regional e na realização de ações sociais, beneficiando em média mais de 30 mil pessoas anualmente, através de seus dois grandes eixos: Educação e Cultura.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Indústrias Romi S.A., a empresa. www.romi.com.br/quemsomos Arquivado em 23 de janeiro de 2008, no Wayback Machine.. Acesso em 8 de outubro de 2007.
  2. Linha do tempo Romi. Romi 77 anos Arquivado em 5 de janeiro de 2011, no Wayback Machine.. Bovespa Brasil: São Paulo, 2007.
  3. "Um passeio pela Fundação Romi", revista Auto Esporte, Editora Globo, março de 2010 http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI125911-10142,00.html
  4. a b c Indústrias Romi (ed.). «Institucional». Consultado em 28 de maio de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]