Intercamp

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Ônibus da área 3 fazendo a linha 382 numa rua do bairro do Cambuí.

Intercamp é o sistema de transporte coletivo em implantação desde 2005 na cidade de Campinas que tem por pressupostos a indução de uma racionalização no uso do transporte coletivo (Bilhete Único), a introdução de pontos nos corredores centrais nas avenidas e a utilização de ônibus modelo podium (com portas dos dois lados), etc.

Implantação[editar | editar código-fonte]

Ao contrário dos outros sistemas de transporte anteriores, o Intercamp foi planejado com uma implantação progressiva a médio prazo, isto é, até 2008.

Em 2005, foi feito e realizado o edital, no qual foram escolhidos consórcios a operar as quatro áreas operacionais previstas no sistema (a área central é considerada neutra). O novo contrato passou a contemplar obras com dinheiro dos consórcios. Em contrapartida, pelo edital, estava prevista uma série de melhorias bancadas pela Prefeitura, como corredores de ônibus.

Não houve a introdução de nenhuma empresa nova, apenas a modificação da razão social (em função de dívidas das empresas com a Prefeitura e vice-versa) e a entrega das linhas que não pertencessem à sua área.

Ainda faltam a construção dos corredores do Ouro Verde (pelo eixo contemplado pelas avenidas João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodrigues e Camucim até o Terminal Vida Nova) e do Campo Grande (a partir do Balão do Santa Catarina pela John Boyd Dunlop, Manoel Machado Pereira e Benjamin Moloise até o Terminal Itajaí).

Diversas estações de transferência também foram abandonadas pelo caminho. A Estação Abolição, defronte ao Extra Abolição, chegou a ter linhas alimentadoras, mas nunca recebeu infra-estrutura de estação e as alimentadoras voltaram ao Centro em questão de algumas semanas.

E das estações construídas, todas tiveram seu projeto alterado de maneira que o orçamento fosse o mais enxuto possível. Possuem abrigo de mesmo modelo dos instalados recentemente em pontos de ônibus comuns, melhorias na iluminação e informações ao usuário, por meio de cartazes colados com as linhas que passam no local e intervalos médios, além de um mini-mapa de arredores.

As estações de transferência atuais são:

  • Expedicionários (no antigo ponto das linhas de Hortolândia e Monte Mor, próximo a Estação Cultura)
  • Anarais (defronte ao Aeroporto dos Amarais, com destaque por ser das poucas estações dotadas de linhas alimentadoras)
  • Anchieta (defronte ao prédio da Prefeitura Municipal) - integra o Corredor Central
  • Irmã Serafina (próximo ao cruzamento da R. Irmã Serafina com a R. Conceição) - integra o Corredor Central
  • Dona Libânia (próximo ao cruzamento da R. Dona Libânia com a Av. Orosimbo Maia) - integra o Corredor Central
  • Moraes Salles (defronte ao prédio da Guarda Municipal) - integra o Corredor Central
  • Senador Saraiva (conjunto de pontos de ônibus ao longo da avenida) - integra o Corredor Central
  • Icaraí
  • Sousas (com linhas alimentadoras)
  • Adhemar de Barros
  • Parque Vista Alegre
  • Vila Georgina
  • Parque Industrial (mero ponto de ônibus, pois é atendida por uma única linha, o que descaracteriza a qualidade de "estação de transferência")
  • João Jorge (entre o Corredor Amoreiras e a R. Sales de Oliveira) - integra o Corredor João Jorge
  • Campina Grande/São Luiz
  • Parque dos Eucaliptos
  • Parque Itajaí
  • DIC I
  • Campos Sales (conjunto de pontos de ônibus ao longo da avenida) - integra o Corredor Campos Sales
  • Parque Prado (defronte ao Shopping Prado)
  • PUCC 2 (defronte a PUCC 2)
  • Padre Anchieta
  • Carlos Lourenço
  • Taquaral (defronte ao Espaço Edding)

Bilhete único[editar | editar código-fonte]

O Bilhete Único é a possibilidade de fazer mais de uma viagem de ônibus pagando apenas uma vez a tarifa do sistema (R$ 4,30 no cartão Comum e R$ 4,70 no Vale-transporte em 2019).

Entre 1997 e 1998, o Bilhete Único já havia sido introduzido em Campinas, sem sucesso, principalmente em função da competição com os perueiros. A sua reintrodução foi feita em maio de 2006.

O Bilhete Único permite 3 (três) integrações no período de 2 (duas) horas. A primeira integração é gratuita para quem usa o BU - VT, já a segunda há uma cobrança de R$ 0,40. Para os usuários do BU Comum, a primeira integração custa R$0,40 e a terceira é gratuita. Os BUs Escolar, Universitários, Idoso e Gratuito não cobram integração.

É permitido o uso de mais viagens, justificadas perante o órgão regulador.[1]

As versões do Bilhete Único³ campineiro são:

  • Bilhete Único Comum - cor vermelha¹
  • Bilhete Único Vale-transporte - cor verde¹
  • Bilhete Único Escolar - cor azul
  • Bilhete Único Universitário - cor cinza
  • Bilhete Único Idoso - cor rosa
  • Bilhete Único Especial - cor laranja²
  • Bilhete Único Gratuito - cor rosa

¹ Os cartões BU VT e Comum são também múltiplos. Funcionam de ambos modos, podendo ser recarregado pelo próprio usuário no modo comum e pela empresa pelo modo VT. Os valores não se misturam mas o usuário não tem a possibilidade de escolher qual dos modos usar.

² O BU Especial é vendido apenas para as entidades assistenciais, sendo dificilmente visto dentro dos ônibus.

³ Os créditos do BU tem validade de 1 (um) ano.

Segurança veicular[editar | editar código-fonte]

O Intercamp prevê regras de segurança, controle de poluição, uso de combustíveis ecológicos, etc. Mas também colocou a questão da idade dos veículos: os ônibus comuns não poderão ter mais de 10 anos de uso, os ônibus articulados e bi-articulados, 15 anos e os microônibus, 8 anos.

Padronização visual[editar | editar código-fonte]

A padronização visual do Intercamp permite a fácil identificação do veículo pela sua região operacional.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A frente do veículo tem pára-choques brancos e o restante pintado na cor da área operacional. A traseira tem uma andorinha estilizada na cor da área.

As laterais do veículo são pintadas na cor da área operacional em forma de uma parábola voltada para cima. A parte central é branca e nela ficam três logotipos, da esquerda para a direita: o da Administração Municipal, o do sistema Intercamp e o da empresa, consórcio ou cooperativa (se for de concessionários individuais - perueiros).

Identificação para portadores de daltonismo[editar | editar código-fonte]

O Intercamp também se preocupou com os portadores de daltonismo total ou parcial: em todos os lados do veículo há um símbolo, facilmente reconhecível e exclusivo para aquela área na qual o veículo opera.

São os seguintes símbolos:

  • Área 1 (Azul-claro): círculo;
  • Área 2 (Vermelho): quadrado;
  • Área 3 (Verde): triângulo;
  • Área 4 (Azul-escuro): tetragrama (também conhecido como estrela de quatro pontas).

Numeração das linhas[editar | editar código-fonte]

No final de abril de 2006, todos os números das linhas da cidade foram modificados para se adequar ao padrão Intercamp, inclusive com linhas em uma mesma área possuindo não apenas o primeiro mas também o segundo dígito iguais.

Exemplos:

  • 2.53 (Vl Boa Vista/Swift)
    • 2.: área operacional 2 (vermelha)
    • 5 : região da Bosch
    • 3 : dígito arbitrário identificador da linha
  • 3.66 (Vl. O. Maia via C. Lourenço/Rodoviária)
    • 3.: área operacional 3 (verde)
    • 6 : bacia da área sudeste, região do Guarani e do Carlos Lourenço
    • 6 : dígito arbitrário identificador da linha

Regionalização[editar | editar código-fonte]

Área 1 (Azul-claro)[editar | editar código-fonte]

Operada pela VB Transportes e Turismo S/A - mais conhecida como VB1, e pelas cooperativas Cooperatas e Altercamp
Região Sudoeste (Ouro Verde, Vila União, DICs, Vida Nova, Corredor Amoreiras e Campo Belo)
Terminais Ouro Verde, Vila União e Vida Nova.
Estação de Transferência A. de Barros , Estação de Transferência Parque Vista A , Estação de Transferência Parque Industrial , e Estação de Transferência DIC I ,

Área 2 (Vermelha)[editar | editar código-fonte]

Operada pelo Consórcio Concicamp (Itajaí Transportes e Expresso Campibus), e pelas cooperativas Altercamp e Cotalcamp
Região Oeste (Campo Grande, Itajaí, Jardim Ipaussurama, Cidade Satélite Iris, Padre Anchieta, Jardim Aurélia, Boa Vista, Nova Aparecida e Corredor Jonh Boyd Dunlop)
Terminais Padre Anchieta , Campo Grande e Itajaí
Estação de Transferência Itajaí , Estação de Transferência Campina. G/ São.L,
Estação de Transferência Padre Anchieta , Estação de Transferência Parque dos Eucaliptos , e Estação de Transferência PUCC 2 ,

Área 3 (Verde)[editar | editar código-fonte]

Operada pelo Consórcio Urbcamp (Coletivos Pádova e VB Transportes e Turismo S/A - mais conhecida como VB3) e pelas cooperativas Altercamp e Cotalcamp
Regiões Norte e Leste (Amarais, Barão Geraldo, Jd. Santana, Gargantilha, Sousas, Joaquim Egídio, Carlos Lourenço e São Gabriel)
Terminal Barão Geraldo, Estação de Transferência Parque Prado, Estação de Transferência Vila Georgina, Estação de Transferência Carlos Lourenço, Estação Cidade Judiciária, Estação de Transferência Sousas e Estação de Transferência Amarais

Área 4 (Azul-escuro)[editar | editar código-fonte]

Operada pela Onicamp Transporte Coletivo e pela cooperativa Cooperatas
Região Sul (Nova Europa, Parque Oziel, Jd. Maria Rosa)
Não há terminais nesta área, mas há a Estação de Transferência Icaraí e a Estação de Transferência Parque Prado (limite entre as áreas 3 e 4)
(Com a transferência das linhas da região do Campo Belo para a VB1, a EMDEC realizou alterações no contrato para que essa transferência se tornasse legal)

Área Central (Cinza)[editar | editar código-fonte]

Operada pela VB Transportes e Turismo S/A através da linha 502 (Circular Centro - Terminal Metropolitano / Av. Júlio de Mesquita) e a extinta 501. A linha 501 fazia o sentido contra-rótula e foi desativada por falta de demanda.
Região Central
Terminais Central, Metropolitano, Mercado e Estações de Transferência Senador Saraiva, Anchieta, Irmã Serafina, Moraes Salles, Dona Libânia, Barata Ribeiro, Sacramento.
A Circular Centro possui tarifa reduzida para quem utiliza o cartão, porém a tarifa de 3,00 reais é praticada para quem paga em dinheiro.
Antigamente as linhas 501 e a atual 502 circulavam com veículos brancos com fotos dos pontos turísticos de Campinas. Hoje esses veículos foram baixados do sistema e a linha 502 circula com veículos da cor verde da área 3.

Terminais urbanos de Campinas[editar | editar código-fonte]

Nome Área Cor Tipo Geocoordenadas
Barão Geraldo 3 Verde Fechado 22°49'50.86"S 47°04'46.78"W
Campo Grande 2 Vermelho Fechado 22°56'40.47"S 47°11'12.21"W
Central N N Aberto 22°54'34.12"S 47°03'41.17"W
Itajaí 2 Vermelha Aberto 22°57'42.91"S 47°11'19.44"W
Mercado N N Aberto 22°54'15.45"S 47°03'48.06"W
Metropolitano Magalhães Teixeira² N N Aberto 22°54'24.78"S 47°04'16.54"W
Ouro Verde 1 Azul-claro Fechado 22°57'53.41"S 47°07'59.33"W
Shopping Iguatemi 3 Verde Aberto 22°51'08.57"S 47°03'38.19"W
Shopping Parque D. Pedro 3 Verde Aberto 22°53'32.95"S 47°01'29.98"W
Vida Nova¹ 1 Azul-claro Aberto 22°58'24.24"S 47°10'17.18"W
Vila Padre Anchieta 2 Vermelho Aberto 22°51'40.31"S 47°09'12.15"W
Vila União¹ 1 Azul-Claro Aberto 22°56'29.37"S 47°07'05.51"W
  1. Os terminais Vila União e Vida Nova se tornaram abertos no dia 16 de março de 2019[2]
  2. Atende principalmente linhas metropolitanas da EMTU-SP; entretanto, atende várias linhas municipais.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]