Invasão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1977

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A Invasão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ocorrida durante a ditadura militar no dia 22 de setembro de 1977, foi uma invasão ao campus sede da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) por policiais militares, investigadores civis e tropas de choque, chefiadas pelo então Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Coronel Erasmo Dias. Na ocasião, ocorria o 3° Encontro Nacional dos Estudantes, que buscava a reorganização da União Nacional dos Estudantes (UNE), então proibida pelo regime. A assembleia estudantil abrigou milhares de alunos, professores e funcionários das mais diversas universidades brasileiras, e foi descrito pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUC-SP no Jornal Folha de S.Paulo, e publicado em 28 de novembro do mesmo ano.[1]

A assembleia decidia as medidas a serem tomadas em protesto pelo cerco policial da Universidade de São Paulo (USP), da PUC e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no dia anterior, que impediu a realização do "Encontro Nacional dos Estudantes".

Durante a invasão, os policiais atacaram com cassetete e bombas de gás. vários estudantes caíram na rampa e foram pisoteados ou queimados.

Cerca de 900 estudantes foram conduzidos em ônibus da prefeitura ao Batalhão Tobias de Aguiar. Alguns foram conduzidos ao DOPS - Departamento de Ordem Política e Social. Entre os presos, um grande número de estudantes que estavam sem documentos, perdidos durante a invasão.

Na manhã seguinte, o então Cardeal-Arcebispo e Grão-Chanceler da PUC-SP, Dom Paulo Evaristo Arns, ao saber dos fatos e voltando com urgência de Roma, manifestou a frase que emocionou muitos brasileiros: "Na PUC só se entra prestando exame vestibular. E só se entra na PUC para ajudar o povo, não para destruir as coisas"[2].

Referências

  1. Gaspar, Alberto (22 de setembro de 2017). «PUC-SP lembra os 40 anos da invasão por policiais para impedir ato contra ditadura». G1. Consultado em 19 de abril de 2023 
  2. Celso Lungaretti. «D. Paulo Evaristo Arns, um imprescindível». Congresso em Foco. Consultado em 10 de fevereiro de 2015 

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