Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isabel Cristina
Duquesa de Brunsvique-Volfembutel
Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern
Retrato por Antoine Pesne, c. 1739
Rainha Consorte da Prússia e
Eleitora Consorte de Brandemburgo
Reinado 31 de maio de 1740
a 17 de agosto de 1786
Predecessora Sofia Doroteia de Hanôver
Sucessora Frederica Luísa de Hesse-Darmstadt
 
Nascimento 8 de novembro de 1715
  Palácio de Bevern, Volfembutel, Brunsvique-Volfembutel, Sacro Império Romano-Germânico
Morte 13 de janeiro de 1797 (81 anos)
  Palácio da Cidade de Berlim, Berlim, Prússia
Sepultado em Catedral de Berlim, Berlim, Alemanha
Marido Frederico II da Prússia
Casa Brunsvique-Bevern (por nascimento)
Hohenzollern (por casamento)
Pai Fernando Alberto II, Duque de Brunsvique-Volfembutel
Mãe Antonieta Amália de Brunsvique-Volfembutel
Religião Luteranismo

Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern (em alemão: Elisabeth Christine von Braunschweig-Wolfenbüttel-Bevern; 8 de novembro de 171513 de janeiro de 1797) foi duquesa de Brunsvique-Volfembutel por nascimento e rainha da Prússia como esposa de Frederico, o Grande.

Família[editar | editar código-fonte]

Isabel Cristina foi a terceira filha do duque Fernando Alberto II, Duque de Brunsvique-Volfembutel e da princesa Antonieta Amália de Brunsvique-Volfembutel. Entre os seus irmãos estavam o duque Antônio Ulrico de Brunsvique-Volfembutel, pai do czar Ivan VI da Rússia e a princesa Juliana Maria de Brunsvique-Volfembutel, esposa do rei Frederico V da Dinamarca. Os seus avós paternos eram o duque Fernando Alberto I, Duque de Brunsvique-Luneburgo e a condessa Cristina de Hesse-Eschwege. Os seus avós maternos eram o príncipe Luís Rudolfo, Duque de Brunsvique-Luneburgo e a princesa Cristina Luísa de Oettingen-Oettingen.[1]

Casamento[editar | editar código-fonte]

Palácio de Schönhausen ao norte de Berlin

Em 1733, quando o príncipe-herdeiro Frederico da Prússia não conseguiu fugir do regime tirânico do pai, foi forçado a escolher uma das filhas do duque de Brunsvique-Luneburgo para se casar.[2] A escolha recaiu sobre Isabel Cristina, sobrinha do imperador Carlos VI. O casamento foi arranjado pela corte austríaca com a esperança de garantir a sua influência sobre a Prússia por outra geração. Deve-se mencionar que Frederico é amplamente considerado homossexual, não tendo demonstrado interesse sexual ou mesmo platônico por mulheres; a única mulher que ele considerava uma amiga íntima era sua irmã mais velha, Guilhermina [2]

Vida na Prússia[editar | editar código-fonte]

Isabel Cristina em roupas de viuvez
Por Anton Graff, 1789
Schloss Schönhausen

No dia 12 de junho de 1733, Isabel casou-se com o príncipe herdeiro Frederico da Prússia no palácio de verão do seu pai, Schloss Salzdahlum, mudando-se depois com o seu marido primeiro para Neu-Ruppin e depois para o palácio de Rheinsberg. Diz-se que antes do casamento se encenou uma peça e o melhor flautista dos três que entravam na peça teria como prémio a mão de Isabel. Frederico foi o vencedor.

Devido às circunstâncias que tinham levado ao noivado, todos sabiam que Frederico ressentiu o casamento desde o princípio.[2] Frederico ignorava quase completamente Isabel e do casamento não nasceram filhos. Em 1740, o pai de Frederico morreu e este subiu ao trono da Prússia iniciando imediatamente a sua separação da esposa. Isabel passou a viver separada dele, passando a residir no Palácio de Schönhausen a norte de Berlim. Durante toda a sua vida, Frederico nunca tinha demonstrado qualquer interesse por mulheres e não tinha qualquer caso amoroso com nenhuma além da sua esposa, já que estas quase não existiam na sua corte espartana onde não tinham qualquer influência.

Frederico nunca visitava a sua esposa nem a convidava a visitá-lo. O casal apenas se encontrava em reuniões de família. Entre 1757-58 e novamente entre 1760-63, durante a Guerra dos Sete Anos, Isabel foi forçada a fugir de casa e a mudar-se para Magdeburg. Quando o seu marido a voltou a ver pela primeira vez em seis anos, em 1763, o seu único comentário foi: "A Madame ficou gorda."

Isabel gostava de literatura e escrevia livros em francês sobre valores morais. Foi ela que introduziu a plantação de seda na Prússia.

Referências

  1. Alison Weir, Britain's Royal Family: A Complete Genealogy (London, U.K.: The Bodley Head, 1999), page 275.
  2. a b c Biskup, p. 304.


Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Biskup, Thomas. (2004). "The Hidden Queen: Elisabeth Christine of Prussia and Hohenzollern Queenship in the Eighteenth Century" em Queenship in Europe 1660-1815: The Role of the Consort. Clarissa Campbell Orr (ed.). Cambridge University Press. ISBN 0521814227.
  • Hans-Henning Grote (2005) Schloss Wolfenbüttel. Residenz der Herzöge zu Braunschweig und Lüneburg. S. 228. ISBN 3-937664-32-7.
  • Paul Noack: Elisabeth Christine und Friedrich der Große. Ein Frauenleben in Preußen. 2. Auflage. Klett-Cotta, Stuttgart 2002, S. 185, ISBN 3-608-94292-0
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel-Bevern