Isabel de Avis, Rainha de Portugal

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Isabel
Infanta de Portugal
Rainha Consorte de Portugal e Algarves
Reinado 6 de maio de 1447
a 2 de dezembro de 1455
Antecessor(a) Leonor de Aragão
Sucessor(a) Joana de Castela
 
Nascimento 1 de março de 1432
Morte 2 de dezembro de 1455 (23 anos)
  Évora, Portugal
Sepultado em Mosteiro da Batalha, Batalha, Leiria, Portugal
Marido Afonso V de Portugal
Descendência João, Príncipe de Portugal
Joana, Princesa de Portugal
João II de Portugal
Casa Avis
Pai Pedro, Duque de Coimbra
Mãe Isabel de Urgel

Isabel de Coimbra[1] (1 de março de 1432Évora, 2 de dezembro de 1455), foi uma Infanta de Portugal, esposa do rei Afonso V e Rainha Consorte de Portugal e Algarves de 1447 até a sua morte. Filha do Infante-Regente D. Pedro, Duque de Coimbra e de sua esposa Isabel de Urgel, filha de Jaime II de Urgel.

Isabel casou-se em 6 de maio de 1448[2] com o seu primo direito D. Afonso V.

Vida[editar | editar código-fonte]

A rainha D. Isabel viveu desde a infância um belo caso de amor com o seu rei e primo, junto de quem foi criada na corte de seu pai, o regente, e que lhe retribuía com fervor essa afeição. Sofreu cruel desgosto com a intriga urdida pelo 1.º Duque de Bragança contra seu pai, que veio a culminar na Batalha de Alfarrobeira, não tendo este incidente no entanto diminuído a afeição e confiança absoluta existentes entre o Rei e a sua Rainha.[2]

As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos, na sua grande maioria, por doação. D. Isabel foi donatária de todas as vilas de D. Leonor, sua sogra. Morreu nova, como todos os infantes seus irmãos. Foi mãe de D. João II e de Santa Joana Princesa, ou princesa Santa Joana de Portugal.

A sua irmã mais nova e solteira, D. Filipa de Lancastre (ou Filipa de Coimbra) infanta de Portugal, que vivia recolhida, embora sem professar, no Mosteiro de Odivelas, serviu então de mãe aos filhos da Rainha. Criou D. João II na veneração da memória do avô materno, preservada por D. João ao criar o título de (segundo) Duque de Coimbra, e ao reconstituir a Casa do avô regente a favor de seu filho natural, D. Jorge de Lancastre, 2.º Duque de Coimbra.

Antes de morrer, a rainha D. Isabel de Aviz vai obter do rei e marido o arrependimento pelo tratamento dado ao Infante das Sete Partidas, cuja desgraça causara espanto, escândalo e consternação na Europa de 1449; a reabilitação da memória de D. Pedro ficou manifesta nas grandes cerimónias, ordenadas por D. Afonso V, de trasladação processional do corpo do Infante assassinado - pois deslocava-se para a corte, obedecendo ao chamado do rei, acompanhado apenas de uma pequena comitiva e não armados para a guerra - da humilde igrejinha de Alverca, onde por caridade o haviam sepultado em segredo, sob os degraus de pedra da entradinha, alguns pescadores do rio Tejo, para Sta. Maria da Vitória da Batalha, junto de seus pais e irmãos. Ali, na Capela do Fundador, jaz também D. Isabel e seu marido, pais, filhos e netos, por ser esta o panteão da Dinastia a que todos pertenciam.

Descendência[editar | editar código-fonte]

Do casamento com Afonso V, nasceram três filhos:[2]

  • João, nascido a 29 de janeiro de 1451. Morreu novo.
  • Joana, nascida a 6 de fevereiro de 1452.
  • João, nascido a 3 de março de 1455. Tornou-se rei de Portugal.


Ancestrais[editar | editar código-fonte]

Realeza Portuguesa
Casa de Avis
Descendência

Precedida por
Leonor de Aragão

Rainha de Portugal

14471455
Sucedida por
Joana de Trastâmara
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Referências

  1. Rodrigues, Ana Maria S. A. (2014). As tristes rainhas. Leonor de Aragão e Isabel de Coimbra. Lisboa: Temas e Debates. ISBN 9789896442385 
  2. a b c http://www.infopedia.pt/$d.-isabel-(1432-1455)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]