Religião em Marrocos

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O islão é a religião maioritária em Marrocos, incluindo os povos berberes. A grande maioria dos marroquinos segue o islã sunita.

Islão[editar | editar código-fonte]

Apesar da tolerância dada aos cristãos e judeus para praticar a sua fé nos seus locais de culto, o islão é a religião do estado sendo beneficiada em todos os níveis da sociedade por direito constitucional (artigo 6.º da constituição de Marrocos). Por exemplo, é um crime possuir uma Bíblia cristã escrita em língua árabe, parte de uma lei mais ampla que proíbe proselitismo de muçulmanos para qualquer outra crença[1]. O código penal marroquino proíbe conversões para outras religiões que não o islão. Contudo, Marrocos continua a ser o país muçulmano mais tolerante, permitindo por exemplo que uma mulher muçulmana case com um não-muçulmano e protegendo os locais de culto cristãos e judeus[2][3].

Cristianismo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Igreja Católica em Marrocos
Basílica romana em Volubilis (Zona montanhosa de Marrocos) em 1982

O Cristianismo apareceu em Marrocos durante os tempos romanos, quando foi praticado por cristãos berberes (285–788) e desapareceu após as conquistas islâmicas. Idris I (r. 788–791) dedicou-se a subjugar as tribos cristãs e judaicas[4]. Presentemente[quando?] há cerca de 20 mil católicos em Marrocos, a maioria deles expatriados europeus, com uma grande maioria de origem francesa e espanhola. A população cristã é bem aceita, no entanto, a população tem dificuldade em aceitar marroquinos que abandonaram o Islão para o cristianismo. Estas comunidades de convertidos são socialmente excluídos, estigmatizados[5]. Convertidos marroquinos não têm acesso a igrejas oficiais, que de acordo com o governo marroquino são para o povo cristão "original", ou seja, estrangeiros.

Judaísmo[editar | editar código-fonte]

Após a criação do estado judeu de Israel, em 1948, a população de judeus marroquinos diminuiu significativamente devido à emigração. Judeus marroquinos também emigraram para outros países, como a França e o Canadá. Um total de 486 000 israelenses são de origem marroquina.[6]

Fé Baha'i[editar | editar código-fonte]

A Fé Bahá'í em Marrocos começou em 1946. Em Marrocos houve episódios de perseguição religiosa em 1962-1963, com base na condenação de Allal El Fassi quando 15 bahá'ís foram presos por suas convicções religiosas; três foram condenados à pena de morte.[7]

Referências

  1. «Morocco travel advice - GOV.UK». www.fco.gov.uk. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  2. «Morocco / Religions - LookLex Encyclopaedia». looklex.com. Consultado em 18 de janeiro de 2016 
  3. «» Religious Tolerance in Morocco Envisioning Spain's Border». pages.vassar.edu. Consultado em 18 de janeiro de 2016 
  4. The Encyclopaedia of Islam, Vol. III. [S.l.: s.n.] 1986  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5. «Le calvaire des Marocains chrétiens | Slate Afrique». Slate Afrique. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  6. «Statistical Abstract of Israel 2009 - No. 60 Subject 2 - Table No. 24». www.cbs.gov.il. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  7. «Divinity School Members Protest Verdict on Baha'i | News | The Harvard Crimson». www.thecrimson.com. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
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