Isocianeto

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Não confundir com isocianato.

Um isocianeto (também chamado de isonitrila ou carbilamina) é um isómero do ácido cianídrico (ácido isocianídrico) e uma classe de compostos orgânicos de grupo funcional: RN+C- .[1] O radical orgânico é ligado ao grupo isocianeto pelo nitrogênio, não pelo carbono como nas nitrilas. São utilizados como componentes para síntese de outros compostos.[2]

Propriedades[editar | editar código-fonte]

Físicas[editar | editar código-fonte]

No seu estado natural, os isocianetos são líquidos incolores que são facilmente solvidos no éter e álcool.

Químicas[editar | editar código-fonte]

No decorrer de um aquecimento, os isocianetos se transformam em nitrilas, os isocianetos são mais reativas do que estas, contudo, menos estáveis.

Organolépticas[editar | editar código-fonte]

Os odores destas substâncias são desagradáveis, algumas delas podem decompor a sua volta por dias.

Mesomeria[editar | editar código-fonte]

Fórmula que representa a mesomeria de um isocianeto.

O isocianeto é resultado de uma ligação dupla de ligações triplas do nitrogênio (Com a adesão, ou não de outro Radical químico, radical adverso) com o carbono.

Por exemplo, com o radical etil (CH3CH2-), o isocianeto teria a fórmula:

CH3 – CH2 – N ≡ C
(Isocianeto de etila)

Toxicidade[editar | editar código-fonte]

Enquanto alguns isocianetos (por exemplo, o isocianeto de ciclohexila) são tóxicos, outros "não exibem toxicidades relevantes em mamíferos". Estudos toxicológicos feitos pela Bayer nos anos 60 mostraram que "doses orais e subcutâneas de 500-5000 mg/kg são toleradas por camundongos". [3]

Síntese[editar | editar código-fonte]

Podemos obter os isocianetos de duas maneiras adversas, sendo elas:

Na natureza[editar | editar código-fonte]

Apenas alguns compostos naturais possuem função isocianeto. O primeiro foi descoberto em 1957 em um extrato de bolor da espécie Penicillium chrysogenum. Posteriormente, o composto xanthocillin foi usado como antibiótico. Desde então vários outros isocianetos foram isolados. A maioria dos isocianetos marinhos são terpenóides, enquanto alguns dos isocianetos terrestres originam-se de α-aminoácidos.[4]

Nomenclatura[editar | editar código-fonte]

O método adotado pela IUPAC para definir a nomenclatura de compostos do grupo dos isocianetos de acordo com a regra C-833.1 é:[5]


Isocianeto de + radical ligado + a


Exemplos:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Chemistry (IUPAC), The International Union of Pure and Applied. «IUPAC - isocyanides (I03270)». goldbook.iupac.org. Consultado em 26 de novembro de 2022 
  2. Patil, Pravin; Ahmadian-Moghaddam, Maryam; Dömling, Alexander (19 de outubro de 2020). «Isocyanide 2.0». Green Chemistry (em inglês) (20): 6902–6911. ISSN 1463-9270. doi:10.1039/D0GC02722G. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  3. Ugi, I.; Fetzer, U.; Eholzer, U.; Knupfer, H.; Offermann, K. (junho de 1965). «Isonitrile Syntheses». Angewandte Chemie International Edition in English (em inglês) (6): 472–484. ISSN 0570-0833. doi:10.1002/anie.196504721. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  4. «Accounts of Chemical Research». Wikipedia (em inglês). 14 de julho de 2022. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  5. «Rule C-833 Nitriles, Isocyanides, and Their Derivatives (Groups Containing One Nitrogen Atom)». www.acdlabs.com. Consultado em 26 de novembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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