Jorge de Moscou

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Iuri da Rússia)
Jorge de Moscou
Jorge de Moscou
Grão-Príncipe de Moscou
Reinado 13031325
Antecessor(a) Daniel
Sucessor(a) Ivã I
Grão-Príncipe de Vladimir
Reinado 13181322
Predecessor(a) Miguel de Tver
Sucessor(a) Demétrio de Tver
 
Casa ruríquida
Pai Daniel

Jorge[1][2] ou Iuri de Moscou[3] (português brasileiro) ou Moscovo[4] (português europeu) ou Jorge III ou Iuri III de Vladimir, nascido Jorge[5] (português brasileiro) ou Iuri Danilovitch[4] (português europeu) (em russo: Юрий Данилович; romaniz.:Iúriy Danilovitch; 1281Sarai, 21 de novembro de 1325), foi grão-príncipe de Moscou de 1303 a 1325 e Grão-príncipe de Vladimir de 1318 a 1322.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jorge foi o primogênito de Daniel, o primeiro príncipe de Moscou. A sua primeira ação importante foi defender Pereslávia contra o grão-príncipe André III. Com a morte de André no ano seguinte, Jorge teve que aceitar o título de grão-príncipe de Vladimir junto com Miguel de Tver. Enquanto os tvérios sitiavam Pereslávia e até mesmo Moscou, Miguel foi até a Horda Dourada, onde o cã elevou-o para uma posição de maior importância entre os príncipes russos.

Enquanto isso, Jorge preparou o assassinato do príncipe Constantino de Riazã. Este monarca havia sido capturado pelo pai de Jorge em 1302 e ficou encarcerado em Moscou a partir de então. Enquanto Riazã se recuperava de tal atrocidade, Jorge anexou o forte de Kolomna (um ponto estratégico de Riazã) para a Moscóvia. Também capturou Mojaisk, que sempre pertenceu aos príncipes de Esmolensco. Em 1314, Jorge forjou uma aliança com Novogárdia contra Tver. Assim, ele estaria forte o suficiente para desafiar Miguel de Tver, que estava aliado à Horda.

Em 1315, Jorge foi até a Horda Dourada e, após dois anos, conseguiu uma aliança com Usbeque Cã. Após o seu casamento com a irmã do cã, Konchaka, Usbegue Cã depôs Miguel e nomeou Jorge como Grão-Duque de Vladimir. Voltou para a Rússia com forças Mongóis e desafiou Tver. No entanto, o exército de Jorge foi derrotado e o seu irmão Bóris e a sua esposa foram feitos prisioneiros. Logo a seguir, ele foi para Novogárdia e suplicou por paz. Neste mesmo tempo, a sua esposa falece inesperadamente em Tver. Jorge informou ao cã que ela havia sido envenenada por ordem de Miguel. O Cã amaldiçoou o príncipe em Sarai e, depois de uma tentativa, Miguel foi assassinado.

Em 1319, Jorge retornou à Rússia, odiado por outros príncipes e com baixa popularidade. Ele era agora encarregado de recolher os tributos de toda a Rússia para a Horda. Porém, o filho de Miguel, Demétrio, ainda lhe opunha. Em 1322, Demétrio, buscando vingança pelo assassinato do seu pai, foi até Sarai e persuadiu o cã de que Jorge se apropriara de grandes porções dos tributos para a Horda. Jorge foi amaldiçoado pela Horda, mas, sem que houvesse investigações maiores, foi morto por Demétrio. Oito meses depois, Demétrio foi assassinado pela Horda.

Pouco antes de sua morte, Jorge liderou o exército de Novogárdia contra os Suecos e fundou um forte próximo ao Rio Neva. Após assinar o Tratado de Orekhovo em 1323, continuou suas expansões pelo leste e conquistou Velikiy Ustyug neste mesmo ano.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Daniel
Grão-príncipe de Moscou
1303–1325
Sucedido por
Ivã I
Precedido por
Miguel de Tver
Grão-príncipe de Vladimir
1318–1322
Sucedido por
Demétrio de Tver

Referências

  1. Menezes 1911, p. 34.
  2. Campos 1942, p. 84.
  3. Paula 1971, p. 167.
  4. a b Freeze 2007, p. 845.
  5. Enciclopédia Brasileira Mérito 1967, p. 142.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Campos, Pedro Moacir (1942). História da Civilização Antiga e Medieval. São Paulo: Universidade de São Paulo 
  • Enciclopédia Brasileira Mérito Vol. XX. Rio de Janeiro e São Paulo: Mérito S. A. 1967 
  • Freeze, Gregory L. (2007). História da Rússia. Lisboa: Edições 70. 845 páginas. ISBN 9789724420837 
  • Menezes, José de Azevedo e (1911). Ninharias. Lisboa: Tipografia Minerva de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão 
  • Paula, Eurípides Simões de (1971). Anais do V Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História. São Paulo: Universidade de São Paulo