Jean-Frédéric Lobstein

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Jean Lobstein
Jean-Frédéric Lobstein
cirurgião e anatomista francês
Nascimento 8 de maio de 1777
Gießen, Alemanha
Morte 7 de março de 1835 (57 anos)
Estrasburgo, Alemanha
Nacionalidade francês-alemão
Alma mater Universidade de Estrasburgo
Ocupação Cirurgião, médico patologista, e anatomista

Jean Georges Chrétien Frédéric Martin Lobstein (ortografia alemã: Johann Friedrich Georg Christian Martin Lobstein) (Gießen, 8 de maio de 1777Estrasburgo, 7 de março de 1835) foi um patologista e cirurgião nascido na Alemanha, mas de nacionalidade francesa, natural de Gießen. Era sobrinho do renomado cirurgião Johann Friedrich Lobstein (1736-1784).

Em 1803, obteve seu doutorado pela Universidade de Estrasburgo, trabalhando posteriormente como anatomista e assistente do médecin-accoucheur en chef no Hospital Civil (Estrasburgo). Em 1805, tornou-se professor na École d'obstétrique du Rhin inférieur (Escola de Obstetrícia do Baixo Reno), onde serviu por trinta anos. Em 1819, alcançou uma cátedra em anatomia patológica.

Jean Lobstein é lembrado por suas contribuições no campo da anatomia patológica. Ele cunhou o termo 'osteoporose'.[1] Também descreveu uma doença conhecida hoje como osteogênese imperfeita tipo I, às vezes chamada de "doença de Lobstein". Essa doença é uma desordem hereditária generalizada do tecido conjuntivo, caracterizada por fragilidade óssea e uma coloração azul-acinzentada das escleras dos olhos. Em 1813, fundou um impressionante museu patológico em Estrasburgo, uma coleção que permaneceu intacta até os anos seguintes à Guerra Franco-Prussiana, quando seus artefatos foram dispersos ou perdidos.

A melhor obra escrita de Lobstein foi um trabalho inacabado em quatro volumes intitulado "Traité d’anatomie pathologique", baseado em suas experiências pessoais como patologista. No segundo volume, ele cunhou a palavra "arteriosclerose" em uma seção sobre doença arterial.[2][3][4] Além de seu trabalho na medicina, ele era um ávido arqueólogo, historiador e numismata.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1803 doutorou-se pela Universidade de Estrasburgo, atuando subsequentemente como prossector anatômico[5] e também assistente do diretor-médico do cidadão em Estrasburgo. Em 1805 tornou-se professor da Escola de Obstetrícia do Reno Inferior,[6] onde trabalhou durante trinta anos. Em 1819 conseguiu o direito de lecionar anatomia patológica.

Jean Lobstein é lembrado pelas suas contribuições no campo da anatomia patológica. Em 1813 ele fundou o museu patológico de Estrasburgo, uma coleção que permaneceu intacta até os anos que se seguiram à Guerra Franco-prussiana, quando todo o material foi destruído ou desapareceu.

A publicação mais bem conhecida de Lobstein é a obra "Tratado de Anatomia Patológica", em 4 volumes, onde trata suas experiências particulares como patologista. Além da medicina tinha interesses por arqueologia, história, numismática, além de ter cunhado o termo "arteriosclerose".

Obras[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Gerald N. Grob (2014). Aging Bones: A Short History of Osteoporosis. [S.l.]: Johns Hopkins UP. p. 5. ISBN 9781421413181. Cópia arquivada em 23 de julho de 2014 
  2. Jean Georges Chrétien Fréderic Martin Lobstein - bibliography @ Who Named It
  3. [1] Physiological Reviews
  4. [2] Haimovici's vascular surgery, Volume 151 By Enrico Ascher, Henry Haimovici
  5. Prossector anatômico: Aquele que corta e prepara as peças anatômicas para as lições de um professor numa faculdade de medicina.
  6. (em francês) École d'obstétrique du Rhin inférieur