João Ernesto Viriato de Medeiros

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Viriato de Medeiros
João Ernesto Viriato de Medeiros
Viriato de Medeiros
Senador do Império do Brasil
Período 24 de janeiro de 1882
a 15 de novembro de 1889
Dados pessoais
Nome completo João Ernesto Viriato de Medeiros
Nascimento 23 de junho de 1823
Brasil Sobral
Morte 27 de junho de 1900 (77 anos)
Brasil Rio de Janeiro
Partido Partido Liberal

João Ernesto Viriato de Medeiros (Sobral, 23 de junho de 1823Rio de Janeiro, 27 de junho de 1900) foi engenheiro, militar e político brasileiro. Foi deputado geral e senador do Império do Brasil de 1882 a 1889.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era o segundo filho do coronel Antônio Viriato de Medeiros, oriundo da Paraíba, e de Maria Jerônima Figueira de Melo, irmã do conselheiro Jerônimo Martiniano Figueira de Melo e de João Capistrano Bandeira de Melo. Eram ambos casados pela segunda vez. Antônio Viriato era viúvo de Rita de Castro, e Maria Jerônima, de Vicente de Castro e Silva. Tanto Rita quanto Vicente eram filhos de Antônio José de Castro e Silva, capitão-mor de Fortaleza, o qual também era sogro do coronel Joaquim José Barbosa. O coronel Vicente de Castro teve morte trágica, assassinado em 1822. Sobre isto, escreveu o gen. Wicar Parente de Paula Pessoa (pai do ex-deputado Euclides Wicar), que era contraparente dos Castro e Silva, em artigo para a revista do Instituto do Ceará, em 1976:

O Capitão-Mor Antônio José de Castro e Silva faleceu em 31 de agosto de 1817, deixando a liderança dos Castro e Silva, na ribeira do Acaraú, ao seu filho Cel. Vicente de Castro e Silva e ao seu genro Capitão-Mor Joaquim José Barbosa, fortes comerciantes em Sobral. [...] Depois da morte do Capitão-Mor Antônio José de Castro e Silva, o Padre Francisco Gomes Parente, vigário colado de Santa Quitéria, político evidente, desencaminhou a jovem Isabel da Hungria de Castro e Silva. [...] O procedimento do Padre Francisco molestou à família Castro e Silva. De um choque entre o Cel. Vicente de Castro e Silva e meu terceiro avô Cel. Diogo Gomes Parente, irmão do virtuoso Padre, resultou a morte do Cel. Vicente de Castro e Silva. Esse funesto acontecimento motivou a retirada de Sobral dos Castros e Silva, com exceção da família Saboia e dos filhos do Cel. Antônio Viriato de Medeiros, já viúvo de Rita de Castro e Silva...[1]

Eram irmãos de João Ernesto José Gonçalves Viriato de Medeiros e Trajano Viriato de Medeiros, dentre outros. Era também meio-irmão, pelo lado materno do coronel Francisco Frederico Figueira de Melo, destacado na Guerra da Tríplice Aliança.

Doutor em Matemática pela antiga Academia Militar e formado em Engenharia. Aos seus esforços, aliados aos de José Júlio de Albuquerque Barros, o barão de Sobral, deve-se a construção da Estrada de Ferro Camocim-Sobral, perante o ministério Sinimbu. Considerado técnico de respaldo em questão de ferrovias, foi contratado para dirigir a Estrada de Ferro Pedro II, concernente ao que foi encarregado de diversas comissões na Europa e nos Estados Unidos.

Em política, foi membro ativo do Partido Liberal. Eleito deputado, representou o Ceará na câmara temporária (constituinte). Em 8 de março de 1879, tendo o Senado anulado a eleição procedida no ano anterior para as vagas dos finados Pompeu e Figueira de Melo, ficaram sem efeito as cartas imperiais de 8 de fevereiro do dito ano, que nomearam senadores Viriato de Medeiros e José Liberato Barroso. O motivo alegado era o estado anormal da província por causa da seca. Cessada a causa, que justificava o adiamento da eleição para os referidos lugares que já então eram três, em consequência do falecimento de Paula Pessoa, procedeu-se a segunda eleição, em 4 de janeiro de 1880, e em virtude dela foram escolhidos senadores Viriato, Vicente Alves e Castro Carreira, que tomaram assento em janeiro de 1882. Com o advento da República, retirou-se da vida pública. Faleceu aos 76 anos no Rio de Janeiro[2].

Referências

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