João Guilherme Greenhalgh

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Greenhalgh
João Guilherme Greenhalgh
Greenhalgh.
Nome completo João Guilherme Greenhalgh
Nascimento 1845
Rio de Janeiro, Brasil
Morte 11 de junho de 1865 (20 anos)
Rio Paraná
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Militar
Escudo naval que desde 1941 a Marinha do Brasil confere a belonaves com o nome de Greenhalgh em que a heráldica representa o militar defendendo a então bandeira do Brasil ante o ataque de forças inimigas.

João Guilherme Greenhalgh (Rio de Janeiro, 26 de junho de 1845 - Arroio Riachuelo, 11 de junho de 1865) foi um militar brasileiro da Marinha Imperial. Destacou-se como herói durante a Guerra da Tríplice Aliança.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

João Guilherme Greenhalgh (S. A. Sisson).

De ascendência inglesa e luso-brasileira,[2] era filho de Guilherme Greenhalgh e de sua esposa, Eugênia Vidal. Matriculou-se na Escola Naval em fevereiro de 1862. Nos exames prestados, obteve o quarto lugar numa turma de trinta e um aprovados. Dessa turma, nove foram indicados para o acesso a Guarda-Marinha. De acordo com o Conselho de Instrução, Greenhalgh foi classificado em primeiro lugar, como Chefe de Classe, pois obtivera a "maior soma de melhores notas de aprovação nas matérias do terceiro ano e exibe melhor comportamento e respeito dos outros".

Nomeado Guarda-Marinha em 1864, foi designado para embarcar na Corveta Imperial Marinheiro, passando a seguir para a Fragata Constituição.[1]

Em princípios de 1865, passou para a Corveta Parnahyba, então sob o comando de Aurélio Garcindo de Sá, a fim de adquirir a necessária prática de serviço em operações de guerra.

A 30 de abril, a Parnahyba zarpou de Buenos Aires, juntamente com a Canhoneira Ivaí e a Fragata a vapor Amazonas, esta com a insígnia do Chefe-de-Divisão, Francisco Manuel Barroso da Silva.[1]

A 11 de junho de 1865 participou na Batalha Naval do Riachuelo, em que veio a tombar em defesa do pavilhão brasileiro, juntamente com o Imperial-Marinheiro Marcílio Dias, os oficiais do Exército capitão Pedro Afonso Ferreira e o Tenente Inácio de Andrade Maia.[1][3]

Morte do Guarda-Marinha Greenhalgh em defesa do pavilhão brasileiro durante a Batalha do Riachuelo.

Para homenagear a sua memória, ainda no ano de 1865, o governo imperial deu o seu nome a uma canhoneira, que veio a prestar destacados serviços nesse mesmo conflito.[1] Posteriormente, outras embarcações da Armada Brasileira perpetuaram-lhe o nome.[4]

  • um pequeno vapor de casco de madeira, transformado em torpedeira;
  • um contratorpedeiro, líder de flotilha, construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro;
  • a atual Fragata Greenhalgh (F-46);
  • a turma de 1982 da EFORM - Escola de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha colocou seu nome em homenagem; e
  • a Turma de 2000 da EN (Escola Naval) colocou seu nome em homenagem.
  • O CN (Colégio Naval) colocou seu nome em sua sociedade acadêmica em sua homenagem, SAG (Sociedade Acadêmica Greenhalgh).

Referências

  1. a b c d e «Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh». NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 502, abr./mai/jun. 1985; n.º 686, jun. 1999. Consultado em 23 de dezembro de 2021 
  2. «Greenhalgh». Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM). Revista Marítima Brasileira (00142): 3347. 7 de agosto de 1941. Consultado em 28 de março de 2022 
  3. Greenhalgh, Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha
  4. Nomes de navios brasileiros não refletem história do país, RICARDO BONALUME NETO, Folha de S. Paulo 1999

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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