Joaquim Antônio de Moraes Sarmento

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Coronel Sarmento
Polícia Militar do Paraná

Revolta de 1924 - Catanduvas
Nome completo Joaquim Antônio de Moraes Sarmento
Dados pessoais
Nascimento 17 de maio de 1882
 Ceará
Morte 21 de abril de 1934 (51 anos)
 Paraná
Nacionalidade  Brasil
Vida militar

Joaquim Antônio de Moraes Sarmento (Ceará, 17 de maio de 1882 - Paraná, 21 de abril de 1934) foi militar do Exército Brasileiro e da Polícia Militar, e que em 1968 foi instituído como Patrono da Polícia Militar do Paraná.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no Estado de Ceará e incorporou no Exército Nacional, antiga denominação do Exército Brasileiro; atingindo a graduação de primeiro sargento. E em 29 de julho de 1907 ingressou na 1ª Companhia do 1º Batalhão de Infantaria do Regimento de Segurança (PMPR), com a mesma graduação militar do Exército.

Promoções[editar | editar código-fonte]

1908 - Alferes[editar | editar código-fonte]

Em 1908 passou a ser comissionado como alferes;[2] tornando-se efetivo a partir de 6 de novembro de 1909.

Assumiu como instrutor de tiro do regimento, período no qual a corporação conquistou o primeiro lugar no Campeonato de Tiro da 2ª Circunscrição Militar, atual 5ª Região Militar.

1913 - Tenente[editar | editar código-fonte]

Em 6 de outubro de 1913 foi promovido a tenente, por Ato de Bravura na batalha do Irani (Guerra do Contestado).

Batalha do Irani
Com o adentramento de um movimento messiânico na área de litígio entre os Estados de Santa Catarina e Paraná, o Regimento de Segurança foi enviado à região, com o intuito de evitar uma intervenção do Governo Federal.
Acabaram ocorrendo graves divergências quanto ao emprego do efetivo, pois o Chefe de Polícia, cargo político que atualmente corresponde a um Secretário de Segurança, desejava distribuir o efetivo pelas localidades circunvizinhas; assumindo uma posição defensiva. Entretanto, o Coronel João Gualberto, comandante do Regimento de Segurança, desejava avançar de imediato sobre os revoltosos, para prender seus líderes e dispersar seus seguidores. A tropa acabou sendo dividida, e apenas foi liberado um pequeno efetivo para o Coronel João Gualberto atingir seus desígnios.
Na localidade de Irani esse destacamento se defrontou com um elevado número de revoltosos, armados e dispostos à luta; ocorrendo um elevado número de mortes e feridos.
O Tenente Sarmento compunha esse destacamento e foi ferido gravemente; tendo perdido o olho direito por golpe de arma branca. Tombou no local e foi dado por morto, e somente resgatado posteriormente.

O Tenente Sarmento exerceu ainda, nesse período, as funções de Tesoureiro do Conselho Econômico e Inspetor da Banda de Música.

1921 - Capitão[editar | editar código-fonte]

Em 3 de janeiro foi promovido a capitão, por merecimento.

Revolta de 1924
A Revolta de 1924 se iniciou em 5 de julho, segundo aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (primeira revolta tenentista), na cidade de São Paulo; e a seguir se estendeu ao interior do Estado.
O Capitão Sarmento foi nomeado comandante do 1° Batalhão de Infantaria, e a Unidade posta à disposição da 5ª Região Militar. A seguir foi transportado por trem para o Estado de São Paulo, onde participou dos confrontos na cidade de Itu (27 de julho), Botucatu (1 de agosto), e Ourinhos (12 de agosto).
Posteriormente, no mês de setembro, os amotinados da cidade de São Paulo retiraram-se para o oeste do Paraná, procurando se unirem aos do Estado do Rio Grande do Sul. O 1° Batalhão retornou ao Paraná (14 de setembro) até a cidade de Irati, onde foi reequipado; partindo então em direção oeste. Atuando ativamente nos combates da Serra dos Medeiros (novembro de 1924) e Catanduvas (janeiro de 1925), dentre outros.
Em fevereiro de 1925 o 1° Batalhão foi substituído pelo 2° Batalhão de Infantaria.

1925 - Major[editar | editar código-fonte]

Em 5 de março foi promovido a major, por bravura nos combates ocorridos durante a Revolta de 1924.

1925 - Tenente-coronel[editar | editar código-fonte]

Foi promovido a tenente-coronel, pelos relevantes serviços prestados em defesa da Lei e da Ordem.[3]

1926 - Coronel[editar | editar código-fonte]

Em 18 de dezembro de 1926 foi reformado (aposentadoria militar) e promovido a coronel.

Após a aposentadoria assumiu a função de Inspetor Geral da Guarda Civil do Paraná. Tendo sido também, Comissário de Polícia em São José da Boa Vista e Volta do Timbé, e Delegado de Polícia na cidade de Ponta Grossa.

Condecoração[editar | editar código-fonte]

Medalha de Mérito - 1915 - Guerra do Contestado.[4]

Referências

  1. Decreto n° 8.871, de 7 de fevereiro de 1968.
  2. Decreto de 30 de março de 1908.
  3. Decreto n° 700, 25 de julho de 1925.
  4. Decreto n° 700, 19 de dezembro de 1915.

Fonte[editar | editar código-fonte]

  • Ata da Comissão da Polícia Militar do Paraná para instituir o Patrono da Corporação. Boletim do Comando Geral da PMPR n° 275, de 11 de dezembro de 1967.
  • Episódios da História da PMPR - Volume V; do Capitão João Alves da Rosa Filho; Edição da Associação da Vila Militar; 2001.