Joaquim Ribeiro de Carvalho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joaquim Ribeiro de Carvalho
Joaquim Ribeiro de Carvalho
Nascimento 1880
Leiria, Portugal Portugal
Morte 1942 (62 anos)
Lisboa, Portugal Portugal
Ocupação Jornalista, poeta, romancista
Assinatura

Joaquim Ribeiro de Carvalho, mais conhecido por Ribeiro de Carvalho (Arnal, freguesia de Maceira, distrito de Leiria, 1880Lisboa, 1942), foi um político da Primeira República Portuguesa, jornalista, escritor, poeta e tradutor.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Joaquim Ribeiro de Carvalho nasceu em Arnal (Leiria), em 1880. Frequentou o Colégio Militar. Na cidade de Leiria frequentou o seminário, que abandonou. Edita os seus primeiros versos.

Torna-se militante da Carbonária. Republicano, participa na implantação da República, sendo um dos homens que em 1910, da varanda da Câmara de Lisboa, proclamaram a República. No novo regime ocupou vários cargos, entre os quais, o de deputado do Partido Liberal (entre 1911 e 1925).

Liga-se à Maçonaria. Continua a escrever e a publicar livros. Como jornalista, fundou e dirigiu o jornal A republica portugueza [1] (1910-1911) e colaborou no jornal humorístico O Xuão [2] (1908-1910) bem como na revista literária Ave Azul[3] (1899-1900), na revista luso-brasileira Brasil-Portugal (1899-1914),[4] e ainda na Semana Portuguesa [5] (1933-1936).

Em 1926, após o pronunciamento militar e com a instauração da Ditadura, vai para a ilha da Madeira, de onde regressa em 1930 para voltar a ocupar direcção do jornal República.

Adquiriu a Quinta da Bela Vista, no Cacém, em Sintra, onde mandou construir uma casa. Inicialmente era utilizada aos fins-de-semana, depois, já no final da sua vida, passou a utilizá-la em permanência. Na Quinta existiu uma vinha e durante vários anos Ribeiro de Carvalho produziu o seu próprio vinho.

Ribeiro de Carvalho morreu em 1942 em Lisboa.

O nome de Ribeiro de Carvalho está ainda ligado à fundação da Associação dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém e a uma escola básica no Cacém.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Livro d'um Sonhador (1897)[6]
  • Margaritas (1898)[6]
  • Dolores (1899)[6]
  • Terra de Portugal (1900)[6]
  • Maria Salomé
  • O Mar de Náufragos

Honras e cargos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Pedro Mesquita (21 de Junho de 2012). «Ficha histórica:A republica portugueza : diario republicano radical da manhan (1910-1911)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  2. Álvaro de Matos (15 de janeiro de 2013). «Ficha histórica:O Xuão: semanário de caricaturas» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 11 de março de 2016 
  3. Rita Correia (26 de Março de 2011). «Ficha histórica: Ave azul : revista de arte e critica (1899-1900)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Junho de 2014 
  4. Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014 
  5. Rita Correia (16 de dezembro de 2016). «Ficha histórica:Semana Portuguesa: revista de informação e crítica (1933-1936)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 8 de setembro de 2017 
  6. a b c d «As Nossa Gravuras : Ribeiro de Carvalho». O Occidente n.º 822. 30 de Outubro de 1901. Consultado em 25 de maio de 2016 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Trigo, Jorge; Baptista, Luís Miguel (2005). Ribeiro de Carvalho - Um republicano com alma de sonhador. Lisboa: SeteCaminhos. 151 páginas. ISBN 989-602-062-0