Jorge Eduardo Guinle

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Jorge Eduardo Guinle
Nascimento 14 de março de 1947
Nova Iorque, Nova Iorque
 Estados Unidos
Morte 18 de maio de 1987 (40 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Cidadania Brasil
Progenitores
Ocupação
Causa da morte AIDS

Jorge Eduardo Guinle Filho (Nova Iorque, 14 de março de 1947Rio de Janeiro, 18 de maio de 1987) foi um pintor, desenhista e gravador brasileiro nascido nos Estados Unidos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Jorginho Guinle, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro no ano de seu nascimento. De 1955 a 1962 acompanhou a mãe em Paris e depois, até 1965, em Nova Iorque.

Em França, a par de seus estudos regulares, iniciou como autodidata estudos de pintura, passando a frequentar museus e galerias de arte, hábito que conservou nos Estados Unidos. O contato que este ambiente, quer em termos de obras, quer de artistas contemporâneos, marcou a sua formação artística. Entre essas influências destacam-se a obra do francês Henri Matisse, e a action painting e a pop art estadunidenses.

A partir de 1965 voltou a residir no Rio de Janeiro, alternando temporadas em Londres e em Paris. Retornou para esta última em 1974, permanecendo por três anos. Em 1977 voltou a residir no Rio de Janeiro. Nesta fase, o seu trabalho adquiriu repercussão no mercado e, na década de 1980, passou a integrar as principais exposições de arte do país.

A sua produção, que se concentra nos seus últimos sete anos de vida sob a forma de pintura, chama atenção pelo vigor e pela complexa referência aos movimentos artísticos modernos e contemporâneos. Desse modo, o seu trabalho constitui-se num importante incentivador da revalorização da pintura, promovida por um grupo de jovens artistas conhecido como Geração 80. Um livro sobre sua vida e obra foi publicado em 2001 pela editora Cosac Naify. O livro apresenta a trajetória de Jorge Guinle, autor de uma das mais consistentes e eruditas obras em pintura contemporânea no Brasil. Sua carreira, de apenas sete anos, é definida pela historiadora Christina Bach como um "dínamo de energia solar".[1] Com ressonâncias das cores de Matisse e Picasso, Guinle refletiu plasticamente o momento de abertura política do Brasil, no final dos anos 70.

Assim como o pai, também foi um amante do jazz.

Após a sua morte, por AIDS, o seu companheiro, Marco Rodrigues, entrou na justiça brasileira para receber parte dos seus bens. Este foi um dos primeiros casos jurídicos, no país, sobre união estável entre homossexuais.[2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BACH, C. Jorge Guinle. Cosac Naify, 2001.
  • BENEZIT, E. Diccionnaire, etc.. Paris: Gründ, 1999.

Notas

  1. Bach, Christina (2001). Jorge Guinle:. [S.l.]: Cosac Naify 
  2. «Reportagem na Revista Época». Globo.com. Epoca.globo.com. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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