Jornalismo político

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Chama-se Jornalismo Político a especialização da profissão jornalística nos assuntos relativos à política (em níveis local, regional e nacional), ao parlamento, aos partidos e a todas as esferas de poder formal na sociedade.

Em vários veículos, a cobertura política é fundida com a editoria Nacional.

Temas[editar | editar código-fonte]

As pautas do Jornalismo Político incluem a cobertura de eventos (eleições, revoluções, golpes, votações parlamentares, decretos, negociações entre partidos e blocos de poder e inúmeros outros), as instituições que geram produtos e fatos (governos, ministérios, secretarias, partidos, órgãos oficiais, institutos de pesquisa de opinião), as políticas públicas (ministérios da área institucional, secretarias de governo) e o dia-a-dia do poder.

Nestes assuntos do cotidiano, incluem-se: negociações, acordos e trâmites de projetos de lei, mudanças de cargos, processos contra políticos e ocupantes de cargos públicos, além de escândalos de crimes políticos, abuso de poder, tráfico de influência e corrupção.[1]

Fontes[editar | editar código-fonte]

Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Política são divididas entre protagonistas (políticos, inclusive sem cargo público), autoridades (presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretários, senadores, deputados, vereadores), especialistas (analistas políticos, cientistas políticos, politólogos, sociólogos) e usuários (eleitores, contribuintes, correligionários).

Jornalistas que cobrem política em nível nacional costumam ser concentrados na capital do país, e geralmente trabalham em contato constante com políticos e ocupantes de cargos públicos, inclusive almoçando e fazendo refeições em conjunto. Vários prédios de parlamentos e palácios de governo têm salas de imprensa, onde as assessorias atendem aos repórteres. Eles se dividem entre setoristas de governo, do parlamento (câmara alta e câmara baixa), dos ministérios/secretarias e dos partidos, entre outras instituições.

Jornalismo Político no Brasil[editar | editar código-fonte]

As editorias de política dos principais jornais diários brasileiros são chamadas de "País" no JB, "Poder" na Folha de S.Paulo, "Nacional" em O Estado de S.Paulo, "O País" em O Globo, "Brasil" em O Dia, "Política" no Zero Hora, "Política" no Estado de Minas, "Brasil" em A Tarde, "Política" no Diário de Pernambuco, "Política" no Correio Braziliense, "Política" em O Popular e "Poder" em O Liberal, "Nacional" em Diário do Nordeste e "Política" em O Povo.

No entanto, é sempre interessante estar atento ao viés nem tão imparcial dos jornais no que se refere à cobertura política. No Brasil, os jornais têm uma linha política, que fica oculta sob a aparência da imparcialidade.

Referências

  1. Somma Neto, João (2007). Ações e relações de poder: a construção da reportagem política no telejornalismo paranaense - um estudo comparativo. Col: Série Pesquisa / UFPR. Curitiba, Paraná, Brasil: Editora UFPR 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CONTI, Mário Sérgio. Notícias do Planalto.
  • MARTINS, Franklin. Jornalismo Político, São Paulo: Contexto, 2005.
  • MESQUITA, Mário (org.). Comunicação e Política. Revista de Comunicação e Linguagens 21-22. Lisboa: Cosmos, 1995.
  • WOODWARD, Bob, e BERNSTEIN, Carl. Todos os Homens do Presidente.

Ver também[editar | editar código-fonte]