José Carlos Loureiro

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José Carlos Loureiro
Nascimento 2 de dezembro de 1925 (98 anos)
Covilhã
Morte 30 de agosto de 2022
Nacionalidade Portugal portuguesa
Ocupação Arquiteto
Edifício da Capelinha das Aparições, Santuário de Fátima, 1980-82
Pavilhão dos Desportos, Porto

José Carlos Loureiro (Covilhã, 2 de Dezembro de 1925Valbom, Gondomar, 30 de agosto de 2022[1]) foi um arquiteto português, figura destacada no seio da terceira geração de arquitetos modernistas.[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Até 1972, foi assistente da cadeira de Arquitetura[2] e, depois, docente na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde se licenciara[2] com uma tese denominada "Azulejo na Arquitectura". A sua intensa atividade como arquiteto foi variada e abrangeu vários projetos e estudos para habitação, renovação urbana, construção de edifícios comerciais e de serviços e planeamento urbanístico.

De entre os diversos trabalhos realizados ou iniciados na sua longa vida de arquiteto, destacam-se os seguintes: o Edifício Parnaso e o Pavilhão dos Desportos, nos jardins do demolido Palácio de Cristal, ambos no Porto,[2] a sua habitação própria em Valbom, Gondomar, uma residência paroquial em Oliveira do Hospital, habitações para bombeiros voluntários, em Leça da Palmeira, uma pousada em Bragança,[2] um prédio na Foz do Douro, a Central Térmica do Douro ou da Tapada do Outeiro,[2] a cadeia do Sabugal, a Estação Fronteiriça de Valença, blocos residenciais, habitações individuais, etc.[2]

A partir de 1960, trabalhou sempre em associação com o arquiteto Luís Pádua Ramos. Com ele e com o Arq.º Luís Cunha, obteve o 1.º Prémio no Concurso de Anteprojetos para uma Colónia de Férias de 1300 pessoas.[2] Nessa época, projetou a moradia para o pintor Júlio Resende,[4] em Gondomar, o Hotel D. Henrique no Porto, o mercado de Barcelos, vários edifícios habitacionais na cidade de Aveiro e um conjunto habitacional no antigo campo do Luso no Porto.

Participou na 1.ª Bienal de São Paulo e no Congresso da U.I.A., em Lisboa, e obteve Menção Honrosa na Exposição de Arte dos Jogos Olímpicos de Verão de 1952, em Helsínquia.[2]

Na década de 1970 trabalhou em vários projetos em regime de coautoria: o Conservatório Regional de Aveiro, edifícios da UAP, no Porto; uma agência bancária em Braga e a Igreja de Valbom.

Com projeto dos anos 80, mas com inauguração em 1991, concebeu também o Fórum da Maia. José Carlos Loureiro fez ainda o Plano de Urbanização da cidade de Barcelos, para onde projetou também o edifício do Tribunal.

Foi membro da Organização de Arquitectos Modernos.[3]

Referências

  1. «Faleceu o arquiteto José Carlos Loureiro». www.jn.pt. Consultado em 1 de setembro de 2022 
  2. a b c d e f g h i Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 40 Apêndice. 29 
  3. a b França, José Augusto - A Arte em Portugal no Século XX: 1911-1961 [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 438, 439
  4. «Lugar do Desenho — Fundação Júlio Resende». lugardodesenho.org. Consultado em 1 de setembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]