José Maria Alkmin

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José Maria Alkmin
José Maria Alkmin
15.º Vice-presidente do Brasil
Período 15 de abril de 1964
a 15 de março de 1967
Presidente Castelo Branco
Antecessor(a) João Goulart
Sucessor(a) Pedro Aleixo
Deputado Federal por Minas Gerais
Período 14 de junho de 1973
a 22 de abril de 1974
Período 17 de julho de 1970
a 1 de fevereiro de 1971
Período 19 de junho de 1970
a 13 de julho de 1970
Período 31 de janeiro de 1970
a 15 de junho de 1970
Período 16 de março de 1967
a 14 de abril de 1967
Período 26 de junho de 1958
a 15 de abril de 1964
Período 2 de fevereiro de 1955
a 1 de janeiro de 1956
Período 5 de fevereiro de 1946
a 14 de março de 1951
Período 14 de outubro de 1933
a 10 de setembro de 1935
Secretário de Educação de Minas Gerais
Período 14 de abril de 1967
a 31 de janeiro de 1970
Governador Israel Pinheiro
Antecessor(a) Gerson de Britto Mello Boson
Sucessor(a) Heráclito Mourão Miranda
Ministro da Fazenda do Brasil
Período 1 de fevereiro de 1956
a 24 de junho de 1958
Presidente Juscelino Kubitschek
Antecessor(a) Pereira da Câmara
Sucessor(a) Sebastião Pais de Almeida
Dados pessoais
Nascimento 11 de junho de 1901
Bocaiúva, MG, Brasil
Morte 22 de abril de 1974 (72 anos)
Belo Horizonte, MG, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Esposa Maria das Dores Fonseca Alkmin
Partido PSD, ARENA

José Maria Alkmin GCC (Bocaiúva, 11 de junho de 1901Belo Horizonte, 22 de abril de 1974) foi um político brasileiro. Foi o 15.º vice-presidente do Brasil entre 15 de abril de 1964 e 15 de março de 1967, no governo do General Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente da Ditadura militar no Brasil (1964–1985). Era primo do atual vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Título da Caixa de Amortização com a assinatura de Alkmin como Ministro da Fazenda no governo de Juscelino Kubitschek.

Em Diamantina, Minas Gerais, Alkmin conheceu duas figuras que marcariam sua vida: sua futura esposa, Maria das Dores Fonseca Alkmin, nascida Maria das Dores Kubitschek da Fonseca, com quem teve quatro filhos; e o médico e futuro presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, primo de sua mulher. Alkmin e Kubitschek seriam companheiros no serviço telegráfico do Estado de Minas Gerais, quando estudantes de ensino superior, e entrariam para a política por volta da mesma época: Alkmin candidatando-se a deputado, Kubitschek como secretário da Casa Civil do governo de Benedito Valadares e, logo depois, como prefeito nomeado da capital do Estado, Belo Horizonte.

Em 1929 colou grau pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte. Em 1933 candidatou-se à Assembleia Nacional Constituinte. Promulgada a Constituição em junho de 1934, foi reeleito deputado federal em outubro do mesmo ano. E, em 1945, como fundador do Partido Social Democrático, elegeu-se deputado por Minas Gerais à nova Assembleia Nacional Constituinte. Reeleito para a legislatura seguinte (1951-1955), não assumiu, foi empossado, em 1º de fevereiro de 1951, Secretário de Finanças do governo Juscelino Kubitschek, em Minas. A 19 de outubro de 1953, tornou-se diretor da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil e, como tal, membro do Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), funções das quais se demitiu em 24 de agosto de 1954, com o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Voltou à Câmara, reelegendo-se no pleito seguinte.

Em 1 de fevereiro de 1956 tornou-se ministro da Fazenda do presidente Juscelino Kubitschek, vindo a demitir-se em 21 de junho de 1958.

No dia 17 de maio de 1958 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.[1]

Candidatou-se ao Congresso Nacional e elegeu-se mais uma vez. No ano de 1964, aliou-se ao governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, nas articulações que confluíram para a derrubada de João Goulart no mês de abril.

Alkmin observando Ranieri Mazzilli passar a faixa presidencial a Castelo Branco.

Em 11 de abril, Alkmin foi eleito indiretamente, por 256 votos, vice-presidente da República, em chapa encabeçada pelo marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Auro de Moura Andrade renunciou sua candidatura no segundo turno, deixando Alkmin praticamente sem oposição.[2] Com a extinção dos partidos políticos em 1965, filiou-se à Arena (Aliança Renovadora Nacional), sendo ainda reconduzido à Câmara em novembro de 1966. Em março de 1967, Castelo Branco e Alkmin transmitiram seus cargos a Artur da Costa e Silva e Pedro Aleixo. Logo em seguida, Alkmin renunciou ao seu mandato na Câmara para exercer pela última vez uma secretaria de estado em Minas, a da Educação, no governo Israel Pinheiro.

No pleito de 15 de novembro de 1970 ficou com a primeira suplência na legenda da Arena. Em junho de 1973, com o falecimento de Edgar Pereira, assumiu sua cadeira na Câmara. Seria sua derradeira posse. Hospitalizado em março de 1974, morreu em Belo Horizonte em 22 de abril seguinte. Foi também membro do Instituto e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Era primo de Geraldo Alckmin,[3] atual vice-presidente do Brasil.

Minissérie "JK"[editar | editar código-fonte]

José Maria Alkmin foi uma das personalidades reais retratadas na minissérie brasileira JK, escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira e levada ao ar no primeiro trimestre de 2006 pela Rede Globo. O advogado e político foi interpretado pelos atores Ranieri Gonzalez, na fase jovem, e Paulo Betti, na segunda fase.

Referências

  1. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Maria de Alkimin". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 
  2. Ata da 3ª sessão conjunta, da 2ª sessão legislativa ordinária, da 5ª legislatura, em 11 de abril de 1964. Coleção de Anais da Câmara dos Deputados - 12/04/1964. camara.gov.br. Consultado em 07/01/2017.
  3. Carvalho, Mário César (27 de setembro de 2000). «Alckmin é candidato que não diz não». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de agosto de 2018 

Precedido por
Mário Leopoldo Pereira da Câmara
Ministro da Fazenda do Brasil
1956
Sucedido por
Sebastião Paes de Almeida
Precedido por
Sebastião Paes de Almeida
Ministro da Fazenda do Brasil
1956 — 1957
Sucedido por
João de Oliveira Castro Viana Júnior
Precedido por
João de Oliveira Castro Viana Júnior
Ministro da Fazenda do Brasil
1957 — 1958
Sucedido por
Lucas Lopes
Precedido por
João Goulart
15º Vice-presidente do Brasil
1964 — 1967
Sucedido por
Pedro Aleixo