José Torres (futebolista)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de José Augusto Torres)
José Torres
José Torres
José Torres antes de um jogo do Sport Lisboa e Benfica.
Informações pessoais
Nome completo José Augusto da Costa Sénica Torres
Data de nascimento 8 de setembro de 1938
Local de nascimento Torres Novas, Portugal
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Data da morte 3 de setembro de 2010 (71 anos)
Local da morte Amadora, Portugal
Altura 191 cm
Apelido O Bom Gigante
Informações profissionais
Posição Avançado centro
Clubes de juventude
1953-1957 Portugal Torres Novas
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1957–1959
1959–1971
1971–1975
1975–1980
Portugal Torres Novas
Portugal Benfica
Portugal Vitória de Setúbal
Portugal Estoril Praia

0171 00(151)
0120 000(59)
0088 0000(7)
Seleção nacional
1963–1973 Portugal Portugal 0033 000(14)

José Torres de nome completo José Augusto da Costa Sénica Torres MPIHOM (Torres Novas, 8 de setembro de 1938 — Amadora, 3 de setembro de 2010)[1] foi um antigo jogador de futebol jogou grande parte da sua carreira no sport Lisboa e Benfica sendo considerado um dos melhores jogadores da história do clube jogou também na seleção selecção portuguesa. Jogava na posição de avançado e tinha a alcunha de O Bom Gigante.

Sofria de doença de Alzheimer há vários anos, acabando por falecer aos 71 anos. O funeral realizou-se no cemitério da Amadora. O Benfica, através do site oficial, lamentou a morte do antigo jogador e enviou condolências à família e amigos. 'Neste momento de profunda tristeza para os adeptos de futebol, em particular para os benfiquistas, o Sport Lisboa e Benfica endereça as mais sentidas condolências à família e amigos de José Torres'.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Representou o Benfica entre 1959 e 1971. Desde cedo deu nas vistas, devido ao seu imponente jogo aéreo. Servindo-se da elevada estatura, o ponta-de-lança ganhou estatuto dentro do Clube e foi, durante a década de 60, titular, actuando ao lado de Eusébio na frente de ataque e sendo apoiado por figuras como Mário Coluna, António Simões e José Augusto. Teve papel activo na presença do Benfica nas finais europeias de 1963, 1965 e 1968, mas não pôde fazer a festa, como tanto desejava.

Foi mais feliz no Nacional da I Divisão, cujo título saboreou por nove vezes. Individualmente teve a sua coroa de glória na temporada de 1962/63, quando se sagrou (com 26 golos) o melhor marcador do Campeonato Nacional. Torres iniciou-se no clube da sua terra natal (o Torres Novas) e terminou a actividade no Grupo Desportivo Estoril Praia, em 1980, com 42 anos.

Selecção Nacional[editar | editar código-fonte]

Ao serviço da selecção nacional, marcou 14 golos, média significativa para o panorama nacional. Estreando-se com a camisola das quinas a 2 de Janeiro de 1963 num Portugal-Bulgária (0-1) Torres apenas teve de esperar pelo encontro seguinte para dar o seu primeiro tento a Portugal.

Tal como Eusébio, Coluna e Simões, Torres foi um dos poucos atletas que fizeram os seis encontros da qualificação, assim como efectuaria, já na Inglaterra, todos os desafios da fase final (marcando três golos em Inglaterra) do Campeonato do Mundo de 1966.

A 19 de Dezembro de 1967 recebeu a Medalha de Prata da Ordem do Infante D. Henrique.[2]

A carreira do futebolista de Torres com a camisola das quinas terminou a 13 de Outubro de 1973 curiosamente, de novo num Portugal-Bulgária (2-2) para o Campeonato da Europa precisamente, também, o jogo de despedida de Eusébio e Simões.

Torres já não se encontrava nessa altura no Benfica, mas sim no Vitória de Setúbal, clube pelo qual registou as suas duas últimas internacionalizações.

Chegava ao fim o percurso do jogador Torres, mas não o de José Torres na selecção nacional. De facto, haveria de ser ele a comandar os destinos da equipa técnica que conseguiu, o apuramento para o Mundial do México, de 1986. Na época ficou célebre a sua frase "deixem-me sonhar" quando, ao contrário de quase todo o país, continuava a acreditar no apuramento.

O seu sonho realizou-se com o triunfo em Estugarda (a vitória frente à Alemanha), mas, depois, os problemas que surgiram em Saltillo foram um autêntico pesadelo.

Após o final da carreira, este apaixonado pela columbofilia ainda treinou clubes como o Estrela da Amadora, o Varzim ou o Boavista, mas foi na Selecção Nacional que voltou a estar em destaque. De facto, conseguiu levar Portugal à presença num Mundial, o de 1986, precisamente 20 anos depois de ter ele mesmo estado em campo, em representação da equipa lusa, mas enquanto jogador.

A 7 de Novembro de 1991 foi feito Oficial da Ordem do Mérito.[2]

Legado[editar | editar código-fonte]

Todos os anos realiza-se o torneio de futebol de 7 no escalão de Infantis que visa honrar a memória do antigo futebolista internacional e selecionador nacional de Portugal, José Augusto da Costa Sénica Torres, o qual viveu durante várias décadas no Concelho da Amadora.

Títulos[editar | editar código-fonte]

  • 9 Campeonatos de Portugal
  • 6 Taças de Portugal

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Morreu José Torres». Diário de Notícias. 3 de setembro de 2010. Consultado em 20 de setembro de 2010 
  2. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Augusto Costa Sénica Torres". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de julho de 2014 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • A História dos Europeus de Futebol, 2004

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) treinador(a) de futebol é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.