Julião Quintinha

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Julião Quintinha
Nascimento 9 de dezembro de 1886
Silves
Morte 23 de julho de 1968
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação escritor, jornalista

Julião Quintinha (Silves, 9 de Dezembro de 1886Lisboa, 23 de Julho de 1968) foi um jornalista e escritor que desempenhou importante papel na direcção das associações que deram origem à Casa da Imprensa de Lisboa[1].

Carreira[editar | editar código-fonte]

Esteve ligado às organizações operárias e ao anarco-sindicalismo[2]. Na área jornalística colaborou na II série da revista Alma nova [3] (1915-1918), Renovação (1925-1926) [4] Contemporânea (1915-1926).

Fez parte do Grande Oriente Lusitano, tendo sido iniciado em 1912 em Portimão, com o nome simbólico de Danton.[5]

Viajou pelas colónias portuguesas da África Ocidental, de onde escreveu África misteriosa: crónicas e impressões duma viagem jornalística nas colónias da África Portuguesa em 1928. Continuou a sua viagem em direcção ao Mar Vermelho, seguindo depois, para o Egipto. De lá escreveu A derrocada do Império Vátua, em parceria com Francisco Toscano[6].

Julião Quintinha foi um dos autores mais agraciados nos concursos literários da Agência Geral das Colónias:

  • a obra África misteriosa recebeu o terceiro lugar em 1928;
  • a obra Oiro africano ficou empatada na segunda categoria com Augusto Casimiro em 1929;
  • a obra A derrocada do Império Vátua, em co-autoria com Francisco Toscano, venceu a primeira categoria de 1930.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Terras do Sol e da febre : impressões do Congo Belga, África Equatorial Francesa, Transvaal, Nyasaland, Tanganyka, Zanzibar, Mombaça, Adem e Egipto (1900);
  • Assistência à mendicidade (1915);
  • "A solução monárquica" do senhor Alfredo Pimenta (1916);
  • No fim da guerra: um sonho (1917);
  • Visinhos do mar (1921);
  • África misteriosa: crónicas e impressões duma viagem jornalística nas colónias da África Portuguesa (1928);
  • Oiro africano: crónicas e impressões duma viagem jornalística na áfrica Oriental portuguesa (1929);
  • A derrocada do império Vátua e Mousinho d' Albuquerque (1930) com Francisco Toscano;
  • Imagens de actualidade (1933);
  • Novela africana (1933);
  • Figuras das guerras de África (1936);
  • Rescaldo da guerra: através do "Livro Branco" (1936) com Manuel de Brito Camacho;
  • Oiro do Rand (1936);
  • Reis negros (1938);
  • Manica e Sofala (1938).
  • Terras de fôgo: novelas;
  • Cavalgada do sonho : novelas;

Notas

  1. Julião Quintinha.
  2. Almanaque Republicano : Julião Quintinha
  3. Rita Correia (19 de julho de 2011). «Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de março de 2015 
  4. Jorge Mangorrinha (1 de Março de 2016). «Ficha histórica:Renovação : revista quinzenal de artes, litertura e atualidades (1925-1926)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de maio de 2018 
  5. Mateus, Luís Miguel (2003). Franco-Mações Ilustres nas Ruas de Lisboa. Lisboa: Biblioteca-Museu República e Resistência. p. 190 
  6. Rodrigues, Flavia (2010). Narrativas da Dominação no concurso de literatura colonial da Agência Geral das Colónias (1926-1951), PUC-Rio.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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