Justiça eletrônica

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Justiça eletrônica é a utilização pela Justiça de tecnologias da informação e comunicação em tarefas tais como simplificação e desmaterialização de processos judiciais que tramitam entre tribunais e eliminação e simplificação de atos e procedimentos entre os vários estabelecimentos da área da Justiça.

Histórico[editar | editar código-fonte]

O Poder Judiciário brasileiro está informatizando o processo judicial. O processo judicial eletrônico, regulamentado pela lei nº 11.419, publicada em dezembro de 2006 e em vigor desde 20 de março de 2007, é definido como a união de circuitos elétrico-eletrônicos ao instrumento de solução estatal de conflitos.

Em outras palavras, representa a forma de processamento de ações judiciais por meio de autos digitais. De acordo com o Juiz Fernando Neto Botelho, integrante da Comissão de Tecnologia da Informação (TI) do TJMG, revoga-se o papel e entra os circuitos eletrônicos na atividade jurisdicional, gerando uma nova realidade da Justiça brasileira.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

  • Tramitação de processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais através do Diário da Justiça Eletrônico;
  • O envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em geral por meio eletrônico;
  • Intimações feitas por meio eletrônico;
  • Redução de despesas.

Características da Justiça Eletrônica[editar | editar código-fonte]

  • Dinamismo;
  • Estrategismo;
  • Transversalidade;
  • Globalização;
  • Auto-regulamentação.

Maiores questões[editar | editar código-fonte]

  • Prova de identidade (autoria);
  • Garantia de integridade (não adulteração);
  • Guarda das provas eletrônicas (IP's, Log's, dados de cadastro, login e dados processuais que ficam digitais).

Lei de Informatização Judiciário[editar | editar código-fonte]

A Lei 11.419/06, que foi sancionada em dezembro e entrou em vigor no dia 20 de março de 2007, tem origem no Projeto de Lei 5.828/01 aprovadopelo Plenário da Câmara dos Deputados, tendo em vista proposta da Associação dos Juízes Federais do Brasil à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

A nova lei trata da informatização do processo judicial, contendo dispositivos de natureza procedimental, destinados a regulamentar atramitação dos atos processuais por meio eletrônico - tendo em vista a tendência de que, no futuro, toda a comunicação seja facilitada pela disponibilidade da rede mundial de computadores (internet), de custo relativamente baixo.

Com a vigência da Lei 11.419/06, está ocorrendo o fenômeno da migração do paradigma de uma jurisdição alicerçada no suporte "papel", para uma jurisdição tecnológica, baseada em processos digitalmente constituídos.

Diário da Justiça Eletrônico (DJe)[editar | editar código-fonte]

O Diário da Justiça Eletrônico (DJe) é a nova publicação oficial do STJ. Através dele o Tribunal veiculará, a partir de agora, seus atos judiciais, administrativos e suas comunicações em geral.

O DJe permite o acesso às comunicações oficiais do STJ com mais facilidade e rapidez, sem custos para ambas as partes processuais, que poderão publicar seus documentos. A consulta à versão eletrônica é gratuita. Os atos do Tribunal deixaram de ser veiculados na versão impressa do Diário de Justiça em 29 de fevereiro de 2008.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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