Líbia otomana

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 Nota: Para outras regiões chamadas de Tripolitânia, veja Tripolitânia (desambiguação).



ولايت طرابلس غرب
Vilâyet-i Trâblus Gârp

Vilaiete da Tripolitânia

Vilaiete do Império Otomano
(Império Otomano)


 

1551 – 1911

Bandeira de Líbia Otomana

Bandeira
Localização de Líbia Otomana
Localização de Líbia Otomana
Vilaiete de Tripolitânia em 1900
Continente África
Região Norte da África
País Líbia
Capital Tripoli
Governo monarquia hereditária, Província do Império Otomano
História
 • 1551 Fundação
 • 18 de Outubro de 1911 de 1911 Guerra Ítalo-Turca

Em 1517, os otomanos conquistaram a Cirenaica. Em 1551, Solimão I, o Magnífico, incorporou a região da Tripolitânia ao Império Otomano[1] [2], estabelecendo o poder central em Trípoli. A autoridade do regime turco da Porta Sublime, entretanto, mal passava da região para além da costa.

Em 1553, os cristãos foram expulsos por corsários turcos de Argel, agindo em nome do Império Otomano. Até 1711, Ahmed Karamanli tomou o poder em Trípoli e fundou a dinastia Karamanli, que passou a exercer um maior controle sobre as regiões de Fezã (ou Fazânia), Cirenaica e Tripolitânia. Essa dinastia exerceu o poder sobre a região ainda subordinada, mas com grande autonomia em relação ao Domínio Otomano. A região servia de base para corsários, o que motivou inclusive uma intervenção norte-americana, a primeira Guerra Berbere ocorreu entre 1801 e 1805.

Em 1835 o Império Otomano retomou o controle direto sobre o denominado paxalato de Tripoli. Em meados do século XIX, a confraria muçulmana Senussi passou a exercer um domínio sobre os territórios da Cirenaica e de Fezã (interior do país).

A partir de 1864, foi estabelecido o Vilaiete de Tripolitânia (em turco otomano: ولايت طرابلس غرب Vilâyet - i Trâblus Gârp), também conhecido como o Reino de Tripoli, que tecnicamente não era propriamente um reino, mas uma província otomana governada por paxás (governadores), com pederes semelhantes àqueles exercidos pela dinastia Karamanli entre 1711 a 1835 que governaram a província como monarcas hereditários de facto.

Além do território principal de Tripolitânia, Barca foi também considerado parte do reino de Trípoli, porque era de facto governada pelo paxá de Trípoli.[3]

Em 1912, quando o Egito, a Tunísia e a Argélia já estavam sob o controle da Grã-Bretanha ou da França, e o Império Otomano estava muito ocupado com as Guerras dos Balcãs, a Itália obteve o controle do território líbio.

Divisões administrativas[editar | editar código-fonte]

Sanjacos do Vilaiete em meados do século XIX:[4]
  1. Sanjaco de Bengasi
  2. Sanjaco de Trípoli
  3. Sanjaco de Homs
  4. Sanjaco de Djebel
  5. Sanjaco de Gharbi
  6. Sanjaco de Fezã
Sanjacos do Vilaiete:[5]
  1. Sanjaco de Trípoli
  2. Sanjaco de Homs
  3. Sanjaco de Jabal Algarbi
  4. Sanjaco de Fezã
  5. Sanjaco de Bengasi

Referências

  1. Guia del Mundo 2007, acessado em 24 de abril de 2011
  2. Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, 3ª Ed. rev e atualizada - São Paulo Publifolha, Rio de Janeiro: Editora Terceiro Milênio, 2002, p 384
  3. Thomas Salmon, Modern history or the present state of all nations, vol. 3, 1746, p. 84. Archibald Bower et al., An universal history: from the earliest accounts to the present time, 1760, vol. 18, p. 479.
  4. The three eras of Ottoman history, a political essay on the late reforms of..., p. 75, no Google Livros By James Henry Skene
  5. Trablus-Garb Vilayeti | Tarih ve Medeniyet