Língua macuxi

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Pemon
Outros nomes:Macusi, Makushi, Makusi, Makuxi, Teueia, Teweya
Falado(a) em:  Brasil (Roraima)
Guiana
 Venezuela
Região: Nordeste de Roraima[1]
Total de falantes: 19 000 ( Brasil)[1]
Família: Caribe
 Setentrional
  Guiana Oriental e Ocidental
   Macuxi-Kapon
    Macuxi
     Pemon
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: mbc

Macuxi é a mais populosa das línguas caribes, sendo falada por 30 mil pessoas no Brasil e na Guiana. Seu nome também é escrito Makushi, Makusi, Makuxi, Macusi e Macussi e também conhecido como Teweya ou Teueia. Abbot (1991) descreve Macushi como tendo ordem de palavras OVS (objeto – verbo – sujeito), porém, para destacar o sujeito se usa SOB.[2]

No estado de Roraima, nos municípios de Bonfim sob a Lei de Nº 211 de 04 de dezembro de 2014 e no Cantá sob a Lei de Nº 285 de 2015[3] tornou cooficiais as Língua Macuxi e a Wapichana, na região da Serra da Lua à qual engloba oito comunidade indígenas. De acordo com as referidas Leis, o status de língua cooficial obriga os municípios a:

Art.2º. §1º- A prestar os serviços públicos básicos de atendimento ao público nas repartições públicas na língua oficial e nas duas línguas cooficiais, oralmente epor escrito;

§2º- A produzir a documentação pública, bem como as campanhas publicitarias institucionais na língua oficial e nas duas línguas

§3º- A incentivar e apoiar o aprendizado e o uso das línguas cooficiais nas escolas, comunidades e nos meios de comunicação.

Art.3º- São validas e eficazes todas as atuações administrativas feitas na língua oficial ou em qualquer das cooficiais.

Art. 4º- Em nenhum caso alguém pode ser discriminado por razão da língua oficial ou em qualquer da cooficial que use.

Art. 5º - As pessoas jurídicas devem ter também um corpo de tradutores no município, o estabelecido no caput do artigo anterior, sob pena da lei.

Art. 6º- o uso das demais línguas indígenas faladas no município será assegurada nas escolas indígenas, conforme a legislação.

De acordo com Sagica (2021) Dada lei, garante oficialmente, ações importantíssimas para a valorização e resistência da língua makuxi. Posto que, assegura aos educadores o desenvolvimento de projetos e ações que envolvam suas dimensões linguísticas e as firmem no Projeto Político Pedagógico (PPP), de forma contextualizada aos eventos a serem realizados durante todo o calendário escolar e, não mais restrito a um período folclórico, imposto pela cultural colonial. [4]

Fonologia[editar | editar código-fonte]

Consoantes[5]
Labial Dental Alveolar Pós-alveolar Velar Glotal
Oclusiva surda p
 
t
 
k
 
ʔ
sonora b d ɡ
Fricativa surda s ʃ h
sonora β ð z ʒ
Nasal m n ɲ ŋ
Vibrante ɾ
Aproximante w j

Amostra de texto[editar | editar código-fonte]

Pai Nosso:

Mîrîrî yeꞌnen tauya sîrîrî, epîrematî see warantî: “Paapa anna yunkon, amîrî kaꞌ po tîîkoꞌmansen.Tamîꞌnawîronkonya morî pe puꞌkuru amîrî wanî epuꞌtî yuꞌse wai. A mîrî wanî tamîꞌnawîronkon esaꞌ pe.Asiꞌkî anna pia, anna esaꞌ pe awanîpa.Ituꞌse aweꞌtoꞌ yawîrî ikupî annaya yuꞌse wai,tarîniꞌ sîrîrî non pona, morî pe puꞌkuru kaꞌ po awanî manniꞌ warantî. S îrîrîpe ituꞌse anna eꞌtoꞌ tîîkî, anna yekkari ton.Itîîkî anna pia îꞌ ton pra anna wanî namai, Paapa. M oropai Paapa, anna nîkupîꞌpî imakuiꞌpî awinîkîi ikuꞌkî aawanmîra,anna wanmîra tamîꞌnawîronkon nîkupîꞌpî imakuiꞌpî anna winîkîi kupî annaya warantî. M oropai anna pîikaꞌtîkî, imakuiꞌpî ena namai anna yentai.Moropai Makui moꞌkakî anna piapai, Paapa.Maasa pra amîrî wanî anna esaꞌ pe.Meruntî ke amîrî wanî tamîꞌnawîronkon yentai ipatîkarî.Morî pe aakoꞌmamî ikîꞌpî ton pra.Mîrîrî warantî awanî pe man”.

Referências

  1. a b Lewis, M. Paul (ed.), 2009. Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International. Online version.
  2. Abbott, Miriam (1991). «Macushi». In: Derbyshire, Desmond C.; Pullum, Geoffrey K. Handbook of Amazonian Languages. 3. [S.l.]: Mouton de Gruyter. pp. 23–160 
  3. «LEI Nº 281/15- Dispõe sobre a Co- Oficialização das línguas Wapichana e macuxi, no município de cantá e dá outras providências . — Câmara Municipal de Cantá» (PDF). www.canta.rr.leg.br. Consultado em 2 de abril de 2024 
  4. Sagica, Vanessa (21 de dezembro de 2021). «A RESISTÊNCIA DAS LÍNGUAS MINORITARIAS: : MAKUXI MAIMU "NOSSA LINGUA É NOSSA GENTE"». REVISTA ANTÍGONA (2): 39–57. ISSN 2763-9533. Consultado em 2 de abril de 2024 
  5. Carla Maria Cunha (2004). «Um estudo de fonologia da língua Makuxi (karib): inter-relações das teorias fonológicas» (PDF) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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