Línguas karen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Karen
Falado(a) em: Mianmar fronteira com a Tailândia
Total de falantes: 3 milhões
Família: Sino-tibetana
 Tibeto-Birmanesa (?)
  Karen
Escrita: birmanesa
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: kar

As línguas Karen (en|k|ə|ˈ|r|ɛ|n) [1] são línguas tonais faladas por cerca de três milhões de pessoas da etnia Karens. A sua real afiliação às línguas tibeto-birmanesas não estão ainda confirmadas. [2] As línguas Karen são escritas com o alfabeto birmanês .[3] Os três principais ramos das Karen são Sgaw, Pwo Karen e Pa'o.

A língua Karen (chamada também Kayah ou Karen Vermelho) e a língua do povo Padaung se relacionam ao grupo Sgaw. São as únicas línguas Tibeto-Birmanesas a ter ordem de palavras SVO (Sujeito0Verbo-Objeto), as demais usam a ordem SOV (Sujeito-Objeto-Verbo). ordem.[4] Essa característica SVO se deve à proximidade geográfica com a língua mon (do povo mon) e das línguas tai.[5] Outra característica é o fato de não terem sofrido influência da língua chinesa.[6]

Classificação[editar | editar código-fonte]

Com as línguas Karen são linguisticamente conservadoras em muitos aspectos, Benedict (1972) removeu as línguas Karen da família Tibeto-Birmanesa e criou família Tibeto-Karen, mas isso não mais é aceito..

A estrutura interna da família é o seguinte:

  • língua Pa'o
  • línguas Pwo Karen (Oriental), Pwo Ocidental, Pwo Karen do Norte, Pwo Karen Phrae.
  • Sgaw–Bghai
    • Bghai: línguas Lahta, Padaung (Kayan), Bwe (Bghai), Geko, Geba.
    • língua Brek (Bwe)
    • Kayah: línguas Kayah Oriental, Kayah Ocidental, Yintale, Manumanaw.
    • Sgaw: línguas S'gaw Karen, Paku Karen (própria), Mopwa .

Manson (2011)[editar | editar código-fonte]

Manson (2011)[7] classificou as línguas Karen como se segue. As classificações das Geker, Gekho, Kayaw e Manu são ambíguas, pois elas podem ser da Central ou do Sul.

  • Periférica
    • língua Pa'o
    • língua Pwo Karen
  • Norte
    • língua Padaung Kayan
    • língua Lahta
    • Yinbaw
    • língua Yintale
  • Central
    • línguas Kayah ocidentais e línguas orientais
    • Geba, Bwe
    • Paku (?)
    • Geker, Geko (Gekho) – podem ser Central ou Sul
    • Kayaw, Manu - podem ser Central ou Sul
  • Sul
    • línguas S'gaw Karen e Paku
    • Dermuha, Palaychi

Shintani (2012)[editar | editar código-fonte]

Shintani (2012:x)[8] dá a seguinte classificação provisória, proposta em 2002, para o que chama de linguagens "Brakaloungic", dentro das Karen; Linguagens individuais são marcadas em itálico. Brakaloungic

  • Pao
    • Pao
  • Karen
    • Kayah-Padaung
      • Kayah
      • Pado-Thaido-Gekho
        • Thaidai
        • Pado-Gekho
          • Gekho
          • Padaung
            • Padaung
            • Gekho (Yathu Gekho)
    • Bwe
      • Bweba-Kayaw
        • Kayaw
        • Bweba
          • Geba
          • Bwe
    • Sgaw-Pwo
      • Pwo
      • Mobwa
        • Mopwa
        • Blimaw
      • Pako-Sgaw
        • Sgaw
        • Pakubwa
          • Paku
          • Monebwa
          • Thalebwa

Porém, quando da publicação Shintani (2012) relatou a existência de mais de 40 idiomas Brakaloungic (ou dialetos), muitos dos quais só recentemente foram relatados e documentados. Shintani também relata que a influência Mon está presente em todas as línguas Brakaloungic, havendo algumas também influenciadas pelo Birmanês e pelo Shan.

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Laurie Bauer, 2007, The Linguistics Student’s Handbook, Edinburgh
  2. Graham Thurgood, Randy J. LaPolla (2003). The Sino-Tibetan Languages. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-7007-1129-5 
  3. Omniglot
  4. Description of the Sino-Tibetan Language Family
  5. Matisoff, James A. (1991). «Sino-Tibetan Linguistics: Present State and Future Prospects». Annual Reviews Inc. Annual Review of Anthropology. 20: 469–504. doi:10.1146/annurev.an.20.100191.002345 
  6. «Thai Cultural Tourism». Consultado em 20 de novembro de 2013. Arquivado do original em 13 de março de 2007 
  7. http://jseals.org/seals21/manson11subgroupingd.pdf
  8. Shintani Tadahiko (2012). A handbook of comparative Brakaloungic languages. Tokyo: ILCAA.
  • George van Driem (2001) Languages of the Himalayas: An Ethnolinguistic Handbook of the Greater Himalayan Region. Brill.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]